A missão Kepler da NASA, que procura exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar) que possam conter vida, chegou a mais uma descoberta. A agência anunciou nesta quinta-feira, 23, que encontrou um planeta de tamanho similar à Terra na zona habitável ao redor de um astro como o Sol.
O Kepler-452b, como foi batizado, é o menor planeta descoberto até hoje na zona habitável de uma estrela de tipo G2, como é o nosso Sol. A região habitável é definida pela área em que é possível haver água líquida na superfície de um planeta.
Em diâmetro, o Kepler-452b é cerca de 60% maior do que a Terra. Ele orbita a estrela Kepler-452, com um ano de 385 dias, apenas 20 dias a mais do que a órbita terrestre ao redor do Sol. A NASA estima que o astro seja bem similar ao nosso Sol, com aproximadamente o mesmo tamanho e temperatura, mas com 20% a mais de brilho. A estrela também é 1,5 bilhão de anos mais velha do que a nossa, totalizando cerca de 6 bilhões de anos.
Apesar de empolgante, a descoberta está longe de significar uma nova casa para a humanidade. O planeta está a 1,4 mil anos-luz do nosso Sistema Solar, o que significa que, viajando à velocidade da luz, só seria possível chegar até ele depois de 1,4 mil anos.
“Você e eu não poderemos viajar para estes planetas, mas talvez os filhos dos filhos dos nossos filhos poderão”, afirma Jenkins.
A descoberta também não é a primeira do programa Kepler. No ano passado, pesquisadores da NASA também encontraram o Kepler-186f, também em uma zona habitável. A diferença é que o planeta encontrado no ano passado orbita uma anã-vermelha, enquanto o Kepler-452 é um astro muito mais parecido com o Sol.
A sonda Kepler foi lançada em 2009, com o objetivo claro de encontrar a “Terra 2.0”, buscando planetas similares ao nosso pela Via Láctea. Até agora, ela catalogou 4.696 candidatos a exoplaneta, sendo que, após análise, 1.030 deles tiveram sua existência confirmada. Junto com outros esforços, já foram catalogados 1.927 planetas além do nosso Sistema Solar.
0 Comentários