Dólar fecha em alta, após dados fracos sobre a China
Moeda dos EUA encerrou a semana a R$ 3,496, em alta de 1,05%.
Na semana, o dólar subiu 0,37%.
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (21), refletindo o quadro de aversão ao risco nos mercados globais após a atividade no setor industrial da China recuar no maior ritmo em seis anos, a mais recente notícia que traz preocupação sobre a desaceleração da segunda maior economia do mundo.
A moeda norte-americana encerrou a semana vendida a R$ 3,496, em alta de 1,05%. Veja cotação
Na semana, o dólar subiu 0,37%. No mês, a valorização acumulada é de 2,08%.
Já no ano, a moeda dos EUA tem alta de 31,49% frente ao real.
"Os fatores para o câmbio ainda são negativos, com a situação da China piorando e o lado político aqui que não mostra sinais de melhora", disse à Reuters o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.
A surpreendente desvalorização do iuan na semana passada e o quase colapso das bolsas de valores vêm provocando temores sobre a economia da China, levando os mercados financeiros a derraparem.
Nesse contexto, o dólar valorizava-se frente às principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano. As bolsas de valores no mundo também sofreram, com os índices acionários norte-americanos despencando mais de 3%.
O cenário político turbulento também levou investidores a adotarem cautela. Na véspera, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF), tornando-se o primeiro político com foro privilegiado a ser acusado por envolvimento no escândalo de corrupção apurado pela operação Lava Jato.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou US$ 7,033 bilhões, ou cerca de 70% do total de US$ 10,027 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote
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