Centenas de pastores no vazamento de site de infidelidade
por Jarbas Aragão
Robert Charles (R. C.) Sproul foi um importante pastor e teólogo norte-americano. Fundador e presidente do Ligonier Ministries, seu filho R. C. Sproul Jr. herdou um grande ministério após a morte do pai.
Contudo, desde o vazamento dos dados de pessoas registradas no site de infidelidade Ashley Madison, surgiu um grande problema entre igrejas norte-americanas. São centenas de pastores cujos nomes aparecem listados, incluindo R. C. Sproul Jr, de acordo com Christianity Today.
Com resultado da divulgação, Sproul Jr. foi afastado das suas funções no Ligonier Ministries. Logo em seguida, também perdeu o cargo no Reformed Bible College, onde lecionava cadeiras de teologia e filosofia.
O teólogo confessou ter visitado o site que reúne pessoas interessadas em cometer adultérios. Viúvo desde 2011, ele tem oito filhos e um neto. Justificou-se em nota em seu site: “Em agosto de 2014, num momento de fraqueza, dor, e movido por uma curiosidade doentia, visitei o Ashley Madison. Meu objetivo não era reunir material para fazer um comentário crítico a respeito, mas acender as chamas da minha imaginação”. Ressaltou ainda que sempre foi fiel à sua mulher.
Ainda não foi anunciado que posição tomará a Covenant Presbyterian Church, onde é um dos pastores. Por causa de sua importância para a igreja americana, o caso de R.C. Sproul Jr., está recebendo destaque.
Ele veio a público pedir perdão e afirmou que aprendeu uma “lição sobre graça”. Disse ainda crer que Deus perdoou o seu pecado. Por fim, acredita que todo o imbróglio envolvendo o nome de tantos líderes pode ser uma “bênção disfarçada”.
O pastor Ed Stetzer, do ministério Lifeway, que escreve para várias revistas e trabalha com estatísticas, escreveu em seu blog que aproximadamente 400 pastores e líderes cristãos da América do Norte estão na lista vazada por hackers. Para ele, isso indica que as igrejas do Canadá e dos Estados Unidos deveriam fazer uma profunda reflexão.
Afirmou que muitos pastores estão pedindo demissão de suas igrejas, após os nomes serem divulgados. Contudo, há muitos pastores, diáconos, presbíteros e evangelistas que não estão sendo acompanhados por suas igrejas. Em alguns casos, apenas pediram perdão às congregações.
Stetzer fez um apelo para que as igrejas não deixem o assunto ser ignorado. Afirmou que a infidelidade de um líder afeta todo o rebanho. Pediu ainda que haja arrependimento público.
Estimulou os culpados a pedirem perdão e os fiéis a perdoarem. Mas deixou bem claro que todos precisam ser tratados, especialmente as esposas dos homens cujos nomes foram revelados.
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