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Universal é condenada a indenizar fiel que contraiu AIDS por não usar preservativo sob orientação da igreja

Universal é condenada a indenizar fiel que contraiu AIDS por não usar preservativo sob orientação da igreja

Universal é condenada a indenizar fiel que contraiu AIDS por não usar preservativo sob orientação da igreja
A Igreja Universal do Reino de Deus foi sentenciada a indenizar um fiel que contraiu o vírus da AIDS após ser incentivado pelos líderes da denominação a se relacionar com a esposa sem o uso de preservativos e a interromper o tratamento médico para obter a cura pela fé.
O valor que a Universal deverá pagar ao homem é de R$ 300 mil, de acordo com a decisão da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Segundo informações que constam dos autos do processo, os pastores da igreja o incentivaram a se relacionar sexualmente com sua mulher sem o uso de preservativos, o que o levou a contrair o HIV, em 2005. Durante o tempo em que ele frequentou a denominação do bispo Edir Macedo, teria sido obrigado a ceder bens a título de oferta.
O valor da indenização foi definido pelos magistrados após relatórios sobre o estado crítico de saúde que o homem chegou em setembro de 2009, por ter ficado sem tomar a medicação. Meses depois, ele precisou ser internado em coma induzido por 40 dias devido à queda de sua defesa imunológica, resultante do período sem a ingestão do coquetel, de um total 77 no hospital.
De acordo com informações do iG, o desembargador Eugênio Facchini Neto, relator do processo, destacou que os laudos médicos e o depoimento de uma psicóloga são provas de que o abandono do tratamento pelo paciente, assim como o próprio contato com o vírus, resultou das orientações recebidas pelo homem na Universal.
Os advogados de acusação somaram reportagens aos testemunhos de amigos e parentes, o que convenceu o tribunal sobre a culpa da denominação: “Assim, apesar de inexistir prova explícita acerca da orientação recebida pelo autor no sentido de abandonar sua medicação e confiar apenas na intervenção divina, tenho que o contexto probatório nos autos é suficiente para convencer da absoluta verossimilhança da versão do autor”, destacou Neto.

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