2. BÍBLIA HEBRAICA
A Bíblia Hebraica é conhecida em hebraico como Tanakh: O termo Ta-Na-Khé o acróstico das iniciais das palavras Torá, Nevyim e Ketuvim. A palavra Torá se
refere à Lei de Moisés, conhecida em grego como Pentateuco. As palavras
hebraicas Nevyim e Ketuvim significam, respectivamente, em português, "Profetas" e
"Escrituras". O Tanakh é também conhecido como a "Tradição Escrita do Povo de
Israel."
Em Deuteronômio (17:8), portanto no quinto livro do Pentateuco, está escrito:
" ...para não se desviar à direita ou à esquerda de tudo que eles vão te dizer". A
terminologia "o que eles vão te dizer" concede uma autoridade suprema, apoiada no
próprio texto da Tradição Escrita do Povo de Israel, aos líderes que de geração em
geração transmitem e interpretam o texto bíblico hebraico orientando seus fiéis.
Acredita-se que "Tradição Oral do Povo de Israel" acompanha a "Tradição
Escrita do Povo de Israel" desde os primórdios de sua história. Os textos das
homilias dos líderes do Povo de Israel são, portanto, a sua Tradição Oral,
transmitidos de geração em geração, que compilados e editados formalizaram a
hermenêutica da doutrina da literatura rabínica. O Midrash Rabá (12:12), que é um
compêndio exegético rabínico que terminou de ser compilado e editado no século IV
e V da Era comum, explica que a Bíblia Hebraica é composta por 24 tomos ou
volumes.
A tradução do Pentateuco para o grego, conhecida como Septuaginta, feita
por Setenta Anciões no século II antes da Era comum, não é aceita na literatura
rabínica. Um dos motivos é que as traduções transformam os conteúdos originais,
dando-lhes novos sentidos e, também, por questões técnicas e religiosas, por
exemplo, o nome de Deus não é passível de tradução.
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