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Lepra: lições a aprender

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OBRIGADO.


Há ainda a história dos quatro leprosos que nos ensinam grandes lições, a saber: II Rs 7.3-20.

Os leprosos tinham seus corpos doentes, porém em sua alma estavam estabelecidos os princípios e leis do Senhor, e com seu ato manifestaram o amor que sentiam pelo seu próximo.

Em 7:2 temos a frase: “Poderia suceder isso?” A descrença, a ausência de fé, não somente é um grande pecado contra D-us, mas também priva indivíduos e nações das bênçãos que D-us lhe deseja outorgar. O pecado individual, no caso, tem conseqüências nacionais. A passagem de Nm 13:25 a 14:38 mostra-nos o povo de Israel forçado a errar quarenta anos no deserto por causa de idêntico pecado (Hb 3:16-19 – Mt 13:58).

Em 7:4 aprendemos que a lepra não destruíra o raciocínio daqueles homens: estavam pensando de maneira bem lógica. Legalmente, não haveria para eles possibilidade de licença para penetrar na cidade (Lv 13:46 – Nm 5:2). Estavam nas mesmas condições dos sitiados: a morte pela peste ou pela fome dentro da cidade, e pela espada, ao redor da cidade.

Em 7:7 está dito que eles fugiram, pois fogem os perversos, sem que ninguém os persiga (Pv 28:1). Esta é a punição da desobediência (Lv 26:36-37).

Em 7:9 há outro fato. Estes leprosos tinham recebido riquezas acima de todas as suas mais ambiciosas expectativas, sem nenhum merecimento ou qualquer esforço. Aquelas riquezas eram suficientes para abastecer o povo inteiro, como se vê no versículo 16. Era, portanto, num dia de boas novas, e esconder aquelas boas novas seria uma grande maldade. De igual modo quem recebe a salvação eterna, a qual vem da graça de D-us e não do merecimento pelas obras humanas (Ef 2:8-10), tem grande responsabilidade de espalhar essa boa nova (Mc 16:15). A melhor pregação é ter vidas frutíferas segundo a vontade divina. Ef 2:10.

Já em 7:16, o mesmo D-us que outrora mandara o maná para o seu povo, no deserto, agora estava provendo, com abundância de alimento, as necessidades de seu povo afligido pelo inimigo, a um preço reduzido (o alqueire mencionado é a palavra hebraica seah, e essa medida equivale a 7,3 litros. E o siclo é equivalente a 11,4 gramas de prata,

Em 7:17 temos o oficial do rei que se apoiara na porta. Este oficial era um dos favoritos particulares do rei, e foi colocado para supervisionar a venda de alimentos. A violência da fome do povo culminou com uma situação de desespero tão grande, que a massa popular debandou, causando a morte do oficial e cumprindo assim a profecia de Eliseu (verso 2). Aqui os leprosos foram os heróis nacionais num tempo de crise!

Agora temos a lepra invadindo não a vida de uma pessoa, mas uma residência! Vejamos o texto e seus paralelos para entendermos que profundas relações existem aqui! “Falou mais o IHVH a Moshe e a Aharon, dizendo: quando tiverdes entrado na terra de Canaã que vos hei de dar por possessão, e eu enviar a praga da lepra em alguma casa da terra da vossa possessão, então aquele, de quem for a casa, virá e informará ao sacerdote, dizendo: Parece-me que há como que praga em minha casa. E o sacerdote ordenará que desocupem a casa, antes que entre para examinar a praga, para que tudo o que está na casa não seja contaminado; e depois entrará o sacerdote, para examinar a casa; e, vendo a praga, e eis que se ela estiver nas paredes da casa em covinhas verdes ou vermelhas, e parecerem mais fundas do que a parede, então o sacerdote sairá da casa para fora da porta, e fechá-la-á por sete dias. Depois, ao sétimo dia o sacerdote voltará, e examinará; e se vir que a praga nas paredes da casa se tem estendido, então o sacerdote ordenará que arranquem as pedras, em que estiver a praga, e que as lancem fora da cidade, num lugar imundo; e fará raspar a casa por dentro ao redor, e o pó que houverem raspado lançarão fora da cidade, num lugar imundo; depois tomarão outras pedras, e as porão no lugar das primeiras pedras; e outro barro se tomará, e a casa se rebocará. Porém, se a praga tornar a brotar na casa, depois de arrancadas as pedras e raspada a casa, e de novo rebocada, então o sacerdote entrará e examinará, se a praga na casa se tem estendido, lepra roedora há na casa; imunda está. Portanto se derribará a casa, as suas pedras, e a sua madeira, como também todo o barro da casa; e se levará para fora da cidade a um lugar imundo. E o que entrar naquela casa, em qualquer dia em que estiver fechada, será imundo até à tarde. Também o que se deitar a dormir em tal casa, lavará as suas roupas; e o que comer em tal casa lavará as suas roupas” (Lv 14:33-47).

A lepra que invade uma casa pode simbolizar o pecado que querendo tomar conta de uma igreja, que é comparada neste texto: “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Elohim; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Ieshua o Ungido é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Elohim em Espírito” (Ef 2:19-22). Os membros são as pedras: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Elohim por Ieshua o Ungido” (I Pe 2:5). A primeira coisa a ser feita é remover os móveis (v.36), que simbolizam todos os hábitos, costumes, cerimônias, e tradições que não têm fundamento na Palavra de D-us. Depois, com a casa vazia, procuram-se os sinais de corrupção e de podridão, (v. 37); estes se reconhecem logo, seja na prática, na doutrina ou no culto, pelo contágio que produzem, (v. 39). Procede-se então à remoção das pedras contaminadas, (v.40) -a excomunhão individual, conforme está registrado em I Co 5:1-15. Se depois disto não há cura e nem arrependimento, só resta a eliminação da casa, (v. 45), que significa a rejeição da igreja, conforme nos está dito em Ap 2:5 e 3:16, onde lemos:“Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap 2:5) e também “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Ap 3:16). A lepra – pecado – é um mal que deve ser evitado a todo o custo e precisa ser tratado quando assim for detectado; não devemos subestimar o tamanho –extensão – da “mancha” causada pela “lepra”!

Assim como o problema é detectado, a solução para o mesmo é também oferecida. “Porém, tornando o sacerdote a entrar na casa e examinando-a, se a praga não se tem estendido, depois que a casa foi rebocada, o sacerdote a declarará por limpa, porque a praga está curada. Depois tomará, para expiar a casa, duas aves, e pau de cedro, e carmesim e hissopo; e degolará uma ave num vaso de barro sobre águas correntes; então tomará pau de cedro, e o hissopo, e o carmesim, e a ave viva, e os molhará no sangue da ave degolada e nas águas correntes, e espargirá a casa sete vezes; assim expiará aquela casa com o sangue da ave, e com as águas correntes, e com a ave viva, e com o pau de cedro, e com o hissopo, e com o carmesim. Então soltará a ave viva para fora da cidade, sobre a face do campo; assim fará expiação pela casa, e será limpa” (Lv 14:84-53). Aplicando-se o caso da lepra de uma casa a uma igreja invadida pelo pecado, descreve-se aqui a cura. O sangue da ave sugere o sangue precioso e purificador de Messias; sem esta doutrina da salvação pelo sacrifício de Messias, uma igreja passa a ser apenas uma sinagoga de Satanás. As águas correntes lembram o Espírito o Santo, cuja inspiração e poder trazem reavivamento a uma igreja pecadora. A ave viva é comparável ao pecador libertado, que voa livre e alegre pelo mundo depois de ser salvo, e o pau de cedro com o Madeiro que torna o crente capaz de participar da crucificação do Messias para que o Messias viva nele (Gl 2:19-20). O hissopo é aquilo que aplica o sangue purificador e sugere a fé despertada e aplicada ao coração do homem pelo Espírito o Santo. O carmesim fala de purificação e de segurança que é o caminho diário dos membros de uma igreja verdadeira.

Quando a Torah fala sobre fluxos, devemos entender quais são estes e também a implicação de cada um deles na vida cotidiana dos judeus.“Falou mais o IHVH a Moshe e a Aharon dizendo: falai aos filhos de Israel, e dizei-lhes: Qualquer homem que tiver fluxo da sua carne, será imundo por causa do seu fluxo. Esta, pois, será a sua imundícia, por causa do seu fluxo; se a sua carne vasa o seu fluxo ou se a sua carne estanca o seu fluxo, esta é a sua imundícia” (Lv 15:1-3). Certos fluxos do corpo eram normais, mas causavam impureza cerimonial. Outros fluxos eram anormais e indicavam doenças. As doenças venéreas eram usualmente transmitidas através das relações sexuais promiscuas, sendo, pois, claramente associadas ao pecado. A palavra “fluxo” em hebraico é zôb e significa “fluxo, descarga”. Ela vêm de uma raiz – zûb – que significa “fluir, jorrar, emitir, manar”. Esta palavra está também presente na expressão: “que mana leite e mel” (Lv 20:24); aqui porém se refere ao fluxo menstrual e seminal. A mesma raiz produz a palavra zûb, também traduzida “fluxo” (na segunda ocorrência no versículo três), que se refere a alguma impureza e que a Septuaginta traduz “gonorréia” doença conhecida desde a antiguidade mais remota, sendo tão antiga como o pecado que a produz. Este termo “fluxo” pode também significar diarréia!

Já nos versículos posteriores temos também: “Toda a cama, em que se deitar o que tiver fluxo, será imunda; e toda a coisa, sobre o que se assentar, será imunda. E qualquer que tocar a sua cama, lavará as suas roupas, e se banhará em água, e será imundo até à tarde. E aquele que se assentar sobre aquilo em que se assentou o que tem o fluxo, lavará as suas roupas, e se banhará em água, e será imundo até à tarde. E aquele que tocar a carne do que tem o fluxo, lavará as suas roupas, e se banhará em água, e será imundo até à tarde. Quando também o que tem o fluxo cuspir sobre um limpo, então lavará este as suas roupas, e se banhará em água, e será imundo até à tarde. Também toda a sela, em que cavalgar o que tem o fluxo, será imunda. E qualquer que tocar em alguma coisa que esteve debaixo dele, será imundo até à tarde; e aquele que a levar, lavará as suas roupas, e se banhará em água, e será imundo até à tarde. Também todo aquele em quem tocar o que tem o fluxo, sem haver lavado as suas mãos com água, lavará as suas roupas, e se banhará em água, e será imundo até à tarde. E o vaso de barro, que tocar o que tem o fluxo, será quebrado; porém, todo o vaso de madeira será lavado com água” (Lv 15:4-12). Pelo contexto do texto acima citado percebemos que aqui a palavra “fluxo” significa diarréia, ou seja, um incontrolável emitir de fezes que compromete inclusive o local onde tal pessoa se encontra! Tal falta de controle é característica de enfermidades que atingem o aparelho digestivo e excretor.

O homem continuava a constar como sendo imundo até que, fisicamente curado, era também cerimonialmente purificado. “Quando, pois, o que tem o fluxo, estiver limpo do seu fluxo, contar-se-ão sete dias para a sua purificação, e lavará as suas roupas, e banhará a sua carne em águas correntes; e será limpo. E ao oitavo dia tomará duas rolas ou dois pombinhos, e virá perante o IHVH, à porta da tenda da congregação e os dará ao sacerdote. E o sacerdote oferecerá um para expiação do pecado, e o outro para holocausto; e assim o sacerdote fará por ele expiação do seu fluxo perante o IHVH” (Lv 15:13-15). A sua purificação dar-se-ia após sete dias, tendo início com um banho em águas correntes; já a purificação cerimonial dar-se-ia através da morte de dois pombinhos, que representavam o estado anterior do homem com fluxo – impuro – e a sua atual condição de agora um homem puro e que novamente ascende, sobe, à presença do Eterno!

Na Torah temos três mandamentos para aqueles que tocassem numa pessoa com fluxo:

lavar suas roupas 5-11

Banhar seu corpo – 11

3) Permanecer imundo até à tarde, isto é, passar o resto do dia observando a separação exigida pela impureza cerimonial e física, 13:45-46.

Um outro caso de impureza está registrado a seguir: “Também o homem, quando sair dele o sêmen da cópula, toda a sua carne banhará com água, e será imundo até à tarde” (Lv 15:16). Aquilo que a Escritura chama de “semente da cópula” é o sêmen que é ejaculado durante o ato de uma relação sexual ou através de manipulação. Tal emissão de fluxo seminal tornava o homem – e conseqüentemente a mulher – impuro até o entardecer. Pressupunha-se que eles haveriam de higienizarem-se através do banho para que, após isso e ao final da tarde eles pudessem ser declarados puros novamente.

Um outro caso de emissão de fluxo está relacionado agora com a mulher. “Também a mulher, quando tiver o fluxo do seu sangue, por muitos dias fora do tempo da sua separação, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua separação, todos os dias do fluxo da sua imundícia será imunda, como nos dias da sua separação” (Lv 15:25). O fluxo de sangue aqui citado é a menstruação que na mulher ocorre num ciclo – nem sempre regular – de vinte e oito dias. Esse período de emissão de sangue através da menstruação torna a mulher “impura”. Esta palavra não deve ser interpretada como “suja”, mas sim como “separada” dos demais, pois nesta época a mulher está emitindo para fora de seu corpo a vida que não foi fecundada (óvulos) juntamente com o sangue! Devemos também compreender que na época em que estas leis foram dadas não existiam condições de higiene e de “preparo e manutenção” do período menstrual como existem hoje. Havia a necessidade da mulher ficar separada dos demais, pois sua condição física assim o exigia.

Quanto ao local e os objetos que esta mulher tocasse, seria assim: “Toda a cama, sobre que se deitar todos os dias do seu fluxo, ser-lhe-á como a cama da sua separação; e toda a coisa, sobre que se assentar, será imunda, conforme a imundícia da sua separação. E qualquer que a tocar será imundo; portanto lavará as suas vestes, e se banhará com água, e será imundo até à tarde. Porém quando for limpa do seu fluxo, então se contarão sete dias, e depois será limpa. E ao oitavo dia tomará duas rolas, ou dois pombinhos, e os trará ao sacerdote, à porta da tenda da congregação. Então o sacerdote oferecerá um para expiação do pecado, e o outro para holocausto; e o sacerdote fará por ela expiação do fluxo da sua imundícia perante o IHVH” (Lv 15:26-30). Devemos perceber que tudo o que está sendo utilizado por esta pessoa torna-se assim como ela: impuro! Há então a necessidade de fazer-se a purificação de tais objetos e também do sacrifício dos dois pombinhos, que, ao oitavo dia seriam oferecidos ao Eterno a fim de que essa pessoa começasse novamente um novo ciclo de sua vida!

O capítulo termina com estes versos: “Assim separareis os filhos de Israel das suas imundícias, para que não morram nas suas imundícias, contaminando o meu tabernáculo, que está no meio deles. Esta é a lei daquele que tem o fluxo, e daquele de quem sai o sêmen da cópula, e que fica por eles imundo; como também da mulher enferma na sua separação, e daquele que padece do seu fluxo, seja homem ou mulher, e do homem que se deita com mulher imunda” (Lv 15:31-33). Estas leis tinham como objetivo principal gravar nas mentes dos israelitas a necessidade da reverência para com o santuário de D-us. Para que o culto prestado a D-us Lhe fosse aceitável, era necessário uma grande prudência religiosa, para andar em pureza de coração e santidade de vida. Estas leis faziam os adoradores compreenderem seu papel de pecadores neste mundo transitório, tão cheio de tentações e de corrupção, e que por isto mesmo sempre haveria a necessidade da misericórdia divina, do perdão através da grande expiação que se prefigurava em todos esses sacrifícios e purificações.

Nós percebemos aqui também a intenção do Eterno em nos ensinar que existe uma grande necessidade de tomarmos certos cuidados com o lugar da habitação do Senhor. Não seria possível ao homem entrar na presença do Eterno estando num estado de impureza, contaminado. Para isso o Eterno promulgou leis e mandamentos que apontam para uma realidade futura em nossa relação com D-us! Ainda hoje há a necessidade de termos um santuário puro para que o Eterno venha ali habitar. Isso nos fala sobre pureza espiritual, moral e física que ainda hoje são pré-requisitos para que o Espírito de D-us possa em nós habitar e também nos usar a fim de que proclamemos estas verdades ao mundo.

Que o Eterno nos ajude a compreender o cumprirmos os seus desígnios em nossas vidas!

Mário Moreno

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