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O que significa coar um mosquito e engolir um camelo?







O que significa coar um mosquito e engolir um camelo?

(1) Em primeiro lugar é preciso compreender que os fariseus eram extremos na obediência mínima as leis do Antigo Testamento. Eram tão exagerados que davam, por exemplo, dízimos até mesmo contando os ramos das plantas que tinham (Mateus 23:23). O problema não era o desejo de ser extremamente obedientes a Deus, antes, o problema era praticar uma obediência apenas para se mostrar aos outros como mais espirituais e, no entanto, por causa desse extremismo, deixar para trás outros preceitos importantes como a justiça, a misericórdia e a fé (Mateus 23:23).




(2) O mosquito era o menor animal impuro que constava nas leis de restrições alimentares do Antigo Testamento: “Mas todos os outros insetos que voam, que têm quatro pés serão para vós outros abominação” (Levítico 11:23). Isso fazia com que os fariseus tivessem o hábito de coar suas bebidas para que não ingerissem um animal imundo e transgredissem essa lei.


(3) Já o maior animal impuro que constava nas leis de restrições alimentares era o camelo: “Destes, porém, não comereis: dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas: o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; este vos será imundo…” (Levítico 11:26). Esse era um animal mais fácil de se ver, bem grande e que não era tão fácil engolir como um pequeno mosquito.

(4) Jesus usa, então, a figura desses dois animais para apresentar uma lições forte aos fariseus. Coar um mosquito e engolir um camelo significa que os fariseus haviam perdido o sentido de proporção, ou seja, se preocupavam demais com coisas insignificantes como um mosquito, mas não tinham a mesma preocupação com aquilo que era muito maior, que representava pecados terríveis como a hipocrisia, a desonestidade, a crueldade, a ganância, etc. em suas vidas. Coisas grandes e imundas tal qual um camelo. Jesus não estava dizendo que pequenos erros e pecados estavam liberados, antes, que não adiantava tanto rigor em alguma áreas da vida (coar um mosquito) quando não existia nenhum rigor para outras áreas mais importantes (engolir um camelo). O que está em vista aqui é a hipocrisia. Diante das pessoas eles faziam questão de mostrar que estavam coando as suas bebidas para não ingerir um mosquito, mas dentro do estômago deles estava uma quantidade enorme de “carne imunda”.

(5) Dessa forma, os fariseus são acusados por Jesus de serem seletivos naquilo que “coavam”, ou seja, eles faziam apenas aquilo que queriam, com objetivos políticos, e não aquilo que Deus exigia deles em sua totalidade. Eles passaram a se considerar os donos da lei de Deus, como se eles tivessem autonomia para dizer o que devia ou não ser cumprido. Pelas suas peneiras não passavam um mosquito, mas o que chegava ao seu estômago era o maior animal impuro. Suas peneiras eram falhas. Essa é uma advertência a todos nós! Devemos viver a nossa vida tomando o cuidado para não sermos hipócritas.


Pr Paulo Silva

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