expr:class='data:blog.pageType'>

Wikipedia

Resultados da pesquisa

MATERIA 05 - SOTERIOLOGIA: DOUTRINA DE CRISTO


MATÉRIA 05 ‐ SOTERIOLOGIA: DOUTRINA DE CRISTO

1. Graça: É o poder dinâmico de Deus que provêm imerecidamente para
capacitar o homem a desejar e fazer a Sua vontade (Fp.2:13; Ico.1:4,5; IITm.1:9;
Tg.1:18; IICo.3:5; Hb.13:21; Is.26:12; Jr.10:23; Pv.16:9; 20:24; ICo.15:10).
2. Predestinação: É o conselho ou decreto de Deus concernente aos homens
decaídos, incluindo a eleição soberana de uns e a justa reprovação dos restantes
(Rm.8:29,30; 9:11‐24; Ef.1:5,11).
Os dois aspectos da predestinação são:
(a) Eleição: É o ato eterno de Deus pelo qual Ele, em seu soberano beneplácito, e
sem levar em conta nenhum mérito previsto nos homens, escolhe um certo
número deles para receberem a graça especial e a salvação eterna.
(b) Reprovação: É o decreto eterno de Deus pelo qual Ele determinou deixar de
aplicar a um certo número de homens as operações de sua graça especial, e
puní‐los por seus pecados, para a manifestação da sua justiça. Os dois aspectos
da reprovação são preterição e condenação.

PENSAMENTO: A soberania divina e a soberania humana certamente são
contraditórias entre si, mas a soberania divina e a responsabilidade humana,
não. (F.H. Klooster)
3. Vocação: Vocação ou chamada é o ato de graça pelo qual Deus convida os
homens, através de Sua Palavra, a aceitarem pela fé a salvação providenciada
por Cristo. (ICo.1:9; ITs.2:12; IPe.5:10; Mt.11:28; Lc.5:32; Jo.7:37; At.2:39;
Rm.8:30; ICo.1:24,26;7:15; Gl.1:15; Ef.4:1;4:4; IITs.2:14; IITm.1:9; Ipe.2:9;5:10).
4. União: É a ligação íntima, vital e espiritual entre Cristo e o Seu povo, em razão
da qual Ele é a fonte da sua vida e poder, da sua bem‐aventurança e salvação
(Ef.5:32; Cl.1:27).
5. Regeneração: É o ato de Deus pelo qual o princípio de uma nova vida é
implantado no homem, e a disposição dominante de sua alma é tornada santa. É
a comunicação de vida divina à alma, que implica numa completa mudança de
coração (Ez.11;19; 18:31; 36:26; Jr.24:7; Rm.6:4; Ef.2:6; Cl.2:12; Jo.5:21; Jo.6:63;
10:10,28; Rm.6:11,13; IJo.5:11,12; Ef.2:1,5; Cl.2:13; IIPe.1:4; Jo.1:12; 3:3,5;
IJo.3:1).
6. Conversão: É o ato exterior, visível e prático da salvação operada na vida do
pecador regenerado (Lc.22:32).
Os dois aspectos da conversão são:
(a) arrependimento: é o aspecto negativo da conversão, porque implica no
abandono do pecado e em dizer não para as coisas pecaminosas.
(b) fé: é o aspecto positivo da coversão, porque implica em voltar em direção a
Deus e em dizer sim para a sua palavra.
7. Arrependimento: É a mudança voluntária e consciente, produzida na vida do
pecador, efetuada pelo Espírito Santo, a qual atinge sua mente, seus sentimentos
e conduz o pecador ao abandono voluntário do pecado (Mt.21:28‐30;
IICo.7:9,10).
8. Fé: É um firme e seguro conhecimento do favor de Deus, para conosco,
fundado na verdade de uma promessa gratuita em Cristo, e revelada às nossas
mentes e seladas em nossos corações pelo Espirito Santo (As Institutas, III, 2,7,
Calvino).
9. Justificação: É um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça
de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei estão satisfeitas a favor do
pecador (At.13:39; Rm.5:1,9; 8:30‐33; Ico.6:11; Gl.2:16; Gl.3:11). Na justificação
estão incluídos o perdão, a adoção, a substituição vicária e a imputação.
Os dois aspectos da justificação são:
(a) Remissão ou Perdão (aspecto negativo/a dívida é anulada): É o resultado da
morte de Cristo e se dá por meio da substituição, na qual, Cristo nosso Cordeiro
Pascal se oferece para morrer em nosso lugar.
(b) Adoção (aspecto positivo/o crédito é imputado): É o resultado da ressurreição
de Cristo e se dá por meio da imputação, na qual a justiça de Cristo, que dá o
direito legal à adoção, é imputada ao crente. A regeneração opera uma filiação
moral enquanto que a adoção opera uma filiação legal.
10. Remissão ou Perdão: É o aspecto negativo da justificação, pois quando Adão
pecou, ele foi condenado pelo que fez de errado (iniquidade), como também
pelo que deixou de fazer de certo, errando o alvo (pecado). Adão, então pecou
por ação (iniquidade = pecado consciente, voluntário, transgressão) e omissão
(pecado, leia IJo.3:4). Cristo em sua obra vicária corrigiu os erros de Adão,
obedecendo passiva e ativamente, negativa e positivamente os mandamentos de
Deus, pois a lei inclui mandamentos negativos (não adulterarás, etc) e
mandamentos positivos (amarás a Deus, etc). O perdão é, portanto o ato judicial
de Deus pelo qual ele concede ao pecador, na cruz, os benefícios resultantes da
obediência passiva de Cristo. O perdão é resultado da morte de Cristo enquanto
que a adoção (o aspecto positivo da justificação) é resultado da ressurreição de
Cristo (Rm.4:25). Na morte Cristo aniquilou o pecado, na ressurreição trouxe
justiça. O perdão é operado mediante a substituição, a justiça é concedida por
meio da imputação. O perdão é concedido na cruz. A justiça é imputada no
tribunal de Deus (IPe.3:18).
NOTA: Remissão não é o mesmo que redenção. Veja redenção no item 17.
11. Adoção: É o ato judicial de Deus, resultado prático da regeneração, pelo qual
Ele declara seus filhos emancipados e herdeiros da vida eterna (Tt.3:7). Adoção
não deve ser confundida com regeneração, pois na adoção Deus coloca o
pecador que já é seu filho regenerado na posição de filho adulto. Na adoção não
há transformação interior (moral). A adoção não muda o interior do pecador,
muda a sua posição perante Deus. Deus não adota pecadores não regenerados,
Deus só adota aqueles que já são seus filhos.
12. Imputação: É o ato de Deus pelo qual Ele debita meritoriamente na conta da
humanidade o pecado de Adão, e judicialmente na conta de Cristo o pecado da
humanidade, e gratuitamente na conta da humanidade a justiça de Cristo.
Imputação significa "debitar", "atribuir responsabilidade" ou "lançar na conta de
alguém". Paulo ensina esta doutrina quando assume a dívida de Onésimo. Do
mesmo modo Jesus Cristo tomou a nossa dívida (Fm.18,19).
13. Substituição: É o ato judicial de Deus pelo qual Ele pune os pecadores pelos
seus pecados, provendo um substituto qualificado, sobre o qual recaiu todo o
pecado e a culpa imputados à humanidade por causa do pecado de Adão
(Is.53:4‐7; Ico.5:7).
Um substituto qualificado deveria possuir:
(a) Perfeita Encarnação: deveria ter natureza humana completa para poder
representar adequadamente a humanidade (Hb.2:14‐17; 5:1; Jo.1:14).
(b) Perfeita Identificação: deveria ter uma profunda identificação com o
sofrimento humano (Hb.4:15; Hb.2:18; Hb.5:2,3). A nossa identificação com
Cristo é tão perfeita que somos identificados com Ele na sua morte (Rm.6:3;
Cl.2:12).
(c) Perfeita Santidade: Um homem comum não seria um bom representante da
raça humana. O substituto deveria ser santo, inocnete, sem mácula, separado
dos pecadores (Hb.7:23‐27). Um mortal comum não poderia salvar ninguém, pois
sendo mortal, não se salvaria nem a si mesmo.
14. Santificação: É a graciosa e contínua operação do Espirito Santo pela qual Ele
liberta o pecador justificado da corrupção do pecado, renova toda a sua natureza
à imagem de Deus, e o capacita a praticar boas obras.

ESQUEMA DA SALVAÇÃO

Espírito Alma Corpo
Tempo Passado Presente Futuro
Em relação ao pecado
Penalidade (Jo.5:24)
Poder (Rm.6:14)
Presença (ICo.15:54,57)
Em relação ao pecador
Justificação Regeneração (Rm.1:4; Ipe.1:2; Rm.5:16;IITs.2:13)
Santificação (Tg.1:21,22; IITm.3:15)
Redenção (Fp.3:21)
Ocasião
Morte e ressurreição de Cristo
Do novo nascimento até o encontro com Cristo (Fp.1:6)
Arrebatamento ou 2ª Vinda de Cristo (ICo.15:52,53)
15. Perseverança: É a contínua operação do Espirito Santo no crente, pela qual a
obra da graça divina, inciada no coração, tem prosseguimento e se completa,
levando os salvos à permanecerem em Cristo e perseverarem firmes na fé. A
perseverança representa o lado humano (Jr.32:40; Sl.86:11; 37:28‐31).
16. Segurança: É a garantia eterna e imutável da salvação, iniciada e completada
por Deus, no coração dos regenerados. A segurança representa o lado divino
(Sl.89:28‐37).
17. Redenção: É o ato gracioso de Deus pelo qual Ele liberta o pecador da
escravidão da lei do pecado e da morte (Rm.8:1,2), mediante o pagamento de
um resgate (Rm.6:20‐22; Ico.6:19,20; IPe.1:18,19; Ap.1:5; 5:9; Gl.4:1‐7).
(a) A Necessidade da Redenção: Todas as criaturas humanas da terra pertencem
a Deus (ICo.10:26; Sl.50:12) mas não são todas de Cristo (Rm.8:9). O homem só
se torna propriedade exclusiva de Cristo mediante a obra da redenção
(ICo.6:19,20; Hb.2:13‐15). O mundo (sistema) é de Satanás (Lc.4:6; Ijo.5:19) e as
criaturas humanas que estão no mundo pertencem à ele (At.26:18; Mt.12:30;
Mc.9:40; Lc.11:23), por isso era necessária a redenção, para que através de Cristo
Deus resgatasse (comprasse) do mundo os que viriam a crer nele, para que
através da redenção passassem a pertencer a Cristo (Jo.15:19; 17:14; 18:36;
Cl.1:13). Se um homem ainda não foi redimido, embora sendo criatura de Deus,
continua sendo filho do Diabo, do qual é ele escravo (Jo.8:44). Somente os filhos
de Deus são verdadeiramente livres (Gl.2:4; 5:1; Rm.8:21; IICo.3:17).
(b) A Natureza do Redentor:
Deveria ser parente próximo da vítima: Era ele, o redentor (goel no hebraico)
quem deveria resgatar o sangue da vítima assassinada (Nm.35:19‐34; Js.20:3‐5);
era ele quem deveria resgatar a possessão da família que fora vendida
(Lv.25:24,26,51,52; Lv.27:13,15,19,20,31; Jr.32:7); era ele quem deveria resgatar
a pessoa cujo empobrecimento forçou‐a a se vender a um não judeu (Lv.25:47‐
49). Em Ezequiel 11:15 a expressão "os homens do teu parentesco" significa "os
homens da tua redenção".
O Redentor deveria preencher certos requisitos: (1) deveria ter parentesco do
escravo a ser resgatado (Rt.2:20; 3:9,12; 4:1,3,6,14); (2) deveria ter meios com
que pagar o resgate (Rt.4:6; Sl.49:7‐9); (3) deveria querer efetuar o resgate
(Rt.4:4; Rt.3:13; Rm.5:7); (4) deveria ser livre e não podia ser um escravo, um
escravo não podia resgatar outro escravo.
(c) Cristo é o Nosso Redentor:
(1) Ele se fez nosso parente próximo (Hb.2:14,15; Fp.2:7);
(2) Ele pagou com seu sangue (At.20:28; IPe.1:18; ICo.6:20);
(3) Ele nos resgatou voluntariamente (Jo.10:17,18);
(4) Ele não tinha pecado (Hb.5:15; IICo.5:21).
18. Reconciliação: É a operação graciosa de Deus pela qual Ele reconcilia os
pecadores consigo mesmo, por meio da morte de Jesus Cristo, removendo a
inimizade (IICo.5:18‐21; Cl.1:20‐22). O termo usado no antigo Testamento para
reconciliação é expiação.
Os dois aspectos da reconciliação são:
(a) Expiação: A reconciliação (no grego = katallagê) tem seu aspecto negativo
na expiação, que enfatiza a morte de Cristo para o perdão dos pecados em
relação ao homem. (A justificação possui aspectos semelhantes a reconciliação:
É negativa e positivamente considerada: (a) Perdão e (b) Adoção). A expiação é a
remoção da causa da inimizade do homem (Rm.5:10). Na expiação a fraqueza, a
impiedade e o pecado (mencionados em Rm.5:6‐8), fatores causadores da
inimizade são removidos. Portanto expiação é o cancelamento da fraqueza
(Rm.5:6), da impiedade (Rm.5:6) e especialmente do pecado (Rm.5:8; Ijo.1:29;
At.3:19). Na expiação a ação se dirige para aquilo que provocou o rompimento
no relacionamento, e se ocupa com a anulação do ato ofensivo.
(b) Propiciação: É a reconciliação em seu aspecto positivo, e por isso vai além
da expiação, pois enfatiza a morte de Cristo em relação a Deus. Na propiciação a
ação se dirige para Deus, a pessoa ofendida. O propósito da propiciação é alterar
a atitude de Deus, da ira para a boa vontade e favor. Na propiciação é a ira que é
removida (Rm.5:9,10) e a amizade de Deus é restaurada. Não é o caso de Deus
mudar, mas sim de que sua ira é desviada (Sl.78:38; 79:8; Em Ex.32:14 o termo
arrepender é wayyinnahem, no hebraico, e hilaskomai, no grego, que significa
"ser propício". É também usado em Lm.3:42; Dn.9:19; IIRs.24:4. É claro que se
trata de linguagem poética, pois há passagens em que se diz que Deus se
arrependeu de fazer o bem, como em Jr.18:10, como se o bem fosse causa para
arrependimento).
Na expiação Cristo ofereceu‐se pelos os homens, na propiciação Ele ofereceu‐se
à Deus (Hb.9:13,14; IPe.3:18). A expiação extingue o pecado (a inimizade contra
Deus), a propiciação extingue a penalidade do pecado (a ira de Deus) que é
desviado para a cruz de Cristo (Rm.3;25; Rm.1:18,24,26).
19.Renovação: É a operação graciosa de Deus que inclui todos aqueles processos
de forças espirituais subsequentes ao novo nascimento e decorrentes dele
(Sl.51:10;103:5; Is.40:31;41:1; Cl.3:10).
20. Glorificação ou Ressurreição: É a operação divina pela qual o crente
regenerado há de ressuscitar corporalmente, tendo seu corpo abatido,
transformado à semelhança do corpo glorioso do Senhor Jesus (Fp.3:21; ITs.4:13‐
17; IJo.3:2).
Conclusão: não foram apresentados todos os aspectos envolvidos em cada um
dos 20 itens aqui descritos. O assunto é vasto e interminável, na teologia
sistemática, principalmente na soteriologia, por isso apresentei um resumo do
que considerei mais importante sobre o assunto. Outros aspectos poderão ser
encontrados por um

Postar um comentário

0 Comentários