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Paulo e os filósofos

Paulo e os filósofos

“Alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele [Paulo], havendo quem perguntasse: Que quer dizer esse tagarela?" E outros: Parece pregador de estranhos deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição” (Atos 17:18)
por Fabrício Mateus de Mello

Paulo e os filósofos
A escritura não revela o conteúdo do debate entre Paulo e os filósofos. Só diz que eles não se entendiam. Os gregos em geral eram pessoas sábias que buscavam por sabedoria, assim como os judeus buscavam sinais de Deus.
Paulo apresentava a Cristo, o que era escândalo para os judeus e loucura para gregos. (I Co 1, 22-24). Os gregos costumavam separar o mundo físico do mundo espiritual, um pensamento chamado dualismo. O cristianismo não faz distinção, mas deixa claro que espírito e corpo fazem parte de uma mesma realidade sistêmica. Isso por si só já seria motivo para rejeição, já seria loucura.
A loucura da Cruz era peculiar para os gregos seguidores do epicurismo e do estoicismo. Vejamos por quê.
Os epicureus foram seguidores de Epicuro. Eram pregadores da liberdade humana e hostis à religião por que esta tirava a liberdade pelo medo e superstição. Chegavam a dizer que os deuses não se importavam com os homens, nem mesmo sabiam da existência humana, pois, sendo os deuses seres perfeitos, não poderiam saber da existência de serem imperfeitos como os homens. Não poderia caber imperfeição na perfeição.
Os epicureus também buscavam o máximo do prazer e ausência de sofrimento. Nisto consistia para eles a verdadeira felicidade.
Os estóicos, escola filosófica fundada por Zenão de Cítio, eram deterministas a ponto de dizerem o homem só tem liberdade para reagir ao que lhe sobrevém. Para eles, o verdadeiro sábio é aquele que aceita o que acontece e da forma que acontece, porque sabe o está sob seu controle e o que não está. A teologia estóica ensinava que Deus é o próprio universo. Assim, não haveria um Deus governando o universo, mas o próprio deus-universo seria a causa e consequência de toda a história.
Paulo anunciava aos epicureus um Deus que veio ao mundo em forma humana e morreu para salvação de homens pecadores. Para quem acredita em deuses indiferentes ao ser humano, isso certamente pareceria loucura. Paulo também anunciava aos estóicos uma mudança radical na história e na condição humana, pela fé em Cristo, que havia vencido a morte e inaugurado o Reino de Deus. Os estóicos agora ouviam a respeito de um Deus que era diferente do universo, Soberano Governante de todo o universo e de toda a história.
As duas ideias eram totalmente opostas à mensagem do Evangelho. E isso foi em todo o lugar onde esta Mensagem chegou. Sempre houve opositores, pois “a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (I Co 1, 25). É verdade que multidões se convertiam com a pregação. A mesma mensagem trazia escândalo e conversão. Nos resta, como Paulo, pregar a verdade, esperando ou por conversão, ou por rejeição.
Bibliografia
Bíblia de Estudo de Genebra.
SPROUL, R. C. Filosofia para Iniciantes.
http://www.brasilescola.com/filosofia/os-estoicos.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicurismo

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