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4.3 MIDRASH AGADÁ

4.3 MIDRASH AGADÁ

A Agadá é tudo que for mencionado na exegese rabínica que não seja
relacionado com a lei, a jurisprudência e os mandamentos. Acredita-se que os
ensinamentos na forma de Agadá possuem grande profundidade em suas alusões. A
Revista Vértices No. 15 (2013)
Departamento de Letras Orientais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
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Agadá servia para aguçar e ampliar o pensamento dos discípulos, ocultando em
parábolas os segredos que não deveriam ser conhecidos pelos "tolos". As agadót
(plural de agadá) são narradas como parábolas pontuadas com diversas alusões
que refletem múltiplos significados.
A Tradição Escrita do Povo de Israel tornou-se pública. Contudo, a exegese
rabínica determina a proibição de ensinar para não judeus a Tradição Oral das leis e
interpretações do texto bíblico hebraico que fundamentam a doutrina rabínica.
Esta proibição se explica porque muitos judeus, incluindo aqueles que
cumprem as leis e costumes rabínicos, não conseguem atingir o nível desejado para
entender os segredos cósmicos desvendados pela Tradição Oral. Portanto, seus
conteúdos não devem ser ensinados para aqueles que não vivem segundo os
mandamentos rabínicos, pois estes de fato não têm as mínimas condições de
entendê-la e podem ainda fazer um uso equivocado desta.
O Midrash Seder HaOlam (Midrash Ordem do Mundo) foi compilado e editado
em idioma hebraico da região de Judá. O Seder HaOlam relata as datas dos eventos
bíblicos hebraicos, da criação até a conquista da Pérsia por Alexander Magno. Essa
obra não acrescenta nenhuma história além da que está no texto bíblico hebraico,
mas faz perguntas, como a idade de Isaac no sacrifício, e o número de anos durante
os quais Josué liderou os israelitas. A tradição judaica considera que o Seder
HaOlam foi compilado oficialmente por volta do ano 160 da era comum por Yosef
ben Halafta, mas é provável que tenha sido complementado e editado
posteriormente. O Talmude Babilônico cita o Seder HaOlam várias vezes. No século
XII da era comum essa obra passou a ser denominada Seder Olam Rabá, para que
não fosse confundida com a obra Seder Olam Zutṭa.
Outras obras do Midrash Agadá compiladas pelas gerações de tanaítas são:
1) Alfabeto de Akiva ben Yosef; 2) Beraita das 49 regras; 3) Bita das 32 regras; 4)
Beraita da Construção do Tabernáculo.
As obras do Midrash Agadá compiladas pelas gerações dos amoraítas do
século V ao VII da era comum são: 1) Gênesis Rabá; 2) Eihá Rabá; 3) Pesikta de
Rav Kahana; 4) Ester Rabá; 5) Midrash Yov; 6) Levítico Rabá; 7) Seder Olam Zutta;
8) Midrash Tan'huma, e; 9) Meghilat Antio'hus.
Os Midrashim (plural de Midrash) editados pelas gerações savoraítas do
século VII ao IX da era comum são: 1) Avot of Rabi Natan; 2) Pirkei de Rabi Eliezer;
3) Tana Devei Eliahu (do século II da era comum e reeditado posteriormente); 4)
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Alfabeto de Ben Sira; 5) Kohelet Rabá; 6) Cânticos Rabá; 7) Devarim Rabá; 8)
Devarim Zutta; 9) Pesikta Rabati; 10) Midrash Shemuel; 11) Provérbios do Midrash;
12) Ruth Rabá; 13) Beraita de Shemuel, e; 14) Targum Sheni. Do século X ao XIII da
era comum foram editados: 1) Ruth Zutta; 2) Eihá Zutta, 3) Midrash Tehilim (Midrash
sobre os Salmos); 4) Midrash Hashkem; 5) Exodus Rabá; 6) Cânticos Zutta; 7)
Midrash Tadshe, e; 8) Sêfer HaYashar.
Posteriormente foram editados o Yalkut Shimoni que traz explicações sobre a
inicialização da era messiânica, o Yalkut HaMakiri, Midrash Yoná, Ein Yaacov,
Midrash HaGadol (atenção para não confundir com o Midrash Rabá), Números Rabá
e outros Midrashim (plural de Midrash) menores.

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