através dos anos.
O Catolicismo Romano é uma das três maiores religiões do mundo, juntamente
com os Protestantes e Ortodoxos. Mas a nossa análise é Bíblica, e não politico-social.
Em nome da tradição, a Igreja Católica sacrificou o autêntico Cristianismo ao longo dos
séculos. Vamos neste estudo, analisar os dogmas católicos à luz da Bíblia.
HISTÓRICO
COMO TUDO COMEÇOU?
A igreja católica, que conhecemos hoje, é o resultado de alterações feitas a partir
da igreja primitiva.
O QUE DIZ O DICIONÁRIO?
Segundo o dicionário Aurélio, “... o catolicismo romano é a religião que
reconhece o Papa como autoridade máxima, que se expande por meio de sacramentos,
que venera a virgem Maria e os santos, que aceita os dogmas como verdades
incontestáveis e fundamentais e que tem como ato litúrgico mais importante a missa”.
O que há em comum com a igreja primitiva? Nada!
Durante os primeiros séculos cristãos ocorreram muitas perseguições, isto
cooperou para que a igreja se mantivesse fiel as Escrituras. Este período é chamado de
era patrística, ou era dos pais da igreja. Halley fala de Policarpo (69-156 d.C.), discípulo
de apóstolo João que foi queimado vivo por se recusar a amaldiçoar a Cristo.
Policarpo falou: “oitenta e seis anos faz que sirvo a Cristo e Ele só me tem feito
bem, como podia eu, agora, amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador?”.
A corrupção no cristianismo começou já em meados do século III, onde houve o
primeiro rompimento sério dos cristãos, por causa da introdução dos batismos de
crianças. O rompimento foi chamado de “desfraternização”. No século IV, Constantino
ascendeu ao posto de Imperador. Este apoiou o cristianismo e fez o mesmo religião
oficial do Império Romano. Assim sendo, muitos ímpios se tornaram cristãos por
motivos políticos e escusos. Constantino convocou em 325 d.C. o Concílio de Nicéia
onde surgiu o catolicismo romano influenciado por doutrinas pagãs. Como pôde haver
essa junção entre o cristianismo e Roma? Roma que sempre foi centro de idolatria em
que seus imperadores eram considerados deuses. Alcides Peres conta que em 326 d.C.,
um ano depois do Concílio, Constantino vai a Roma para celebrar o vigésimo ano de
seu reinado.
Por intriga palaciana, manda prender seu filho Crispo, que é logo julgado,
condenado e morto pelo próprio pai...
2
Foi esse homem que deu origem a esta junção do catolicismo com o romanismo.
Muitas doutrinas estranhas continuaram a penetrar no catolicismo romano.
Fazendo que cada vez mais a igreja católica se distanciasse de sua origem.
E assim a igreja se afastava de sua origem:
A oração pelos mortos começou a ser aceita por volta de 300 d.C.
O começo da exaltação a Maria onde o termo “mãe de Deus” surgiu pela
primeira vez em 431 d.C.
A doutrina do purgatório em 593 d.C. A adoração da cruz, imagens e relíquias
em 786 d.C.
A canonização dos santos mortos em 995 d.C. O celibato do sacerdócio em 1079
d.C. E assim em diante...
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INSTITUIÇÃO DO PAPA
Pedro, o papa?
A Igreja do primeiro século desconhecia a figura do PAPA.
NA SUPOSIÇÃO de que Cristo edificou Sua Igreja sobre Pedro, os Papas
trataram de estabelecer uma linha de sucessão com esse apóstolo.
Para isso embaralharam as palavrinhas gregas "petros e petras" encontradas em
Mateus 16:18, fizeram uma exegese tendenciosa e confundiram a cristandade, uma vez
que "petros" quer dizer seixo ou pedrinha e "petra" significa rocha, que no texto e nos
contextos é Cristo sobre quem a Igreja foi edificada. Equivocaram-se com essa
"sucessão", pois Cristo é a base da igreja.
TÍTULOS
A palavra “papa” vem do latim papa que significa “pai”.
O papa também é chamado de “doutor supremo de todos os fiéis”, “vigário de
Cristo”, “sumo-pontífice” e “santo padre”.
A palavra “vigário” quer dizer “substituto”. O papa é chamado de “vigário de Cristo”,
ou seja, “substituto de Cristo”. Cristo afirmou claramente que o seu substituto na terra
seria a pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16-18, Jo 15.26 e Jo 16.7 e 13). O título
“pontífice”, que quer dizer literalmente “construtor de pontes”, não veio da Bíblia, mas
do romanismo, onde o imperador declarava-se o elo de ligação a Deus. O papa é
chamado de sumo-pontífice, ou seja, o máximo elo de ligação a Deus. É uma blasfêmia
e arrogância um homem se colocar nesta posição. Só Cristo é a ponte para Deus (Jo 14.6
e I Tm 2.5). O título “santo padre” quer dizer “santo pai”, ou obviamente “pai santo”.
Sem dúvida alguma este título só deve ser dado a Deus (Ap 15.4). Pois Deus não divide
a Sua glória com ninguém (Is 42.8).
No apogeu do papado, foi “consagrado” ao papado o monge Hildebrando que
exerceu o papado no período de 1073 a 1075 como título de Gregório VII. Assim que
assumiu, Gregório VII publicou as suas máximas que ficaram sendo conhecidas como
“máximas de Hildebrando”. Segundo o autor Abraão de Almeida (in: Lições da
História) essas máximas são consideradas a essência do papado. Este mesmo autor cita
as máximas das quais transcrevi algumas: (1) Nenhuma pessoa pode viver debaixo do
mesmo teto com outra excomungada pelo papa. (2) É o papa a única pessoa cujo os pés
devem ser beijados por príncipes e soberanos. (3) A sua decisão não pode ser
3
contestada por ninguém e que somente ele pode revisar. (4) A Igreja Romana nunca
errou nem jamais errará, como as Escrituras testifica (Leia Obadias nos versículos 3 e
4).
O PAPADO FOI PODER MUNDIAL, dominou vastos territórios, submeteu
reis, recolheu impostos, teve exércitos armados e destruiu seus opositores. –
Declaravam que "Tinham poderes para revogar leis, mudar os tempos e MUDAR OS
PRECEITOS DE CRISTO."- Podemos, diziam, fazer com que o errado seja certo. (Ver
Decretal da Transl. Episc.)
Mas depois do século XIII o papado começou a declinar tanto que nos fins do
século XVIII só lhes restava o Vaticano.
O papado em queda:
1º - No ano 869 a Igreja Ortodoxa emancipou-se de Roma, anos depois criticou a
"Infabilidade como blasfêmia que coroou o Papado."
2º - O Papa Bonifácio VIII, ano 1924, redigiu a bula "Unam Sanctam" que
prescrevia: "Toda a criatura para se salvar deve submeter-se ao Pontífice Romano"-
Como a Igreja havia os massacrado os Cristãos não Católicos na França em 1229 e
continuavam com perseguições religiosas, o Rei Felipe o Belo, em parte por vingança,
humilhou o papado até o pó. – Removidos para Avinhão, tornaram-se meros
instrumentos da corte francesa por 70 anos.
3º - Os papas foram verberados por cristãos iminentes:
Adriano IV, anos 1154-59, mandou enforcar Arnaldo de Brécia por "tornar
público os latifúndios da Igreja."
João Huss, anos 1369-1415 foi queimado vivo por pregar contra o culto às
imagens e mostrar que na Bíblia não havia purgatório.
O papa Alexandre VI anos 1492-1503, mandou enforcar o grande orador sacro
Savonaróla, por denunciar suas imoralidades e vícios.
Outros tomaram coragem como Petrarca, anos 1304-1374, que chamou o
Vaticano de "Cloaca do Inferno."
4º - Outra força que contribuiu para o declínio do papado foi a Renascença
(Reavivamento cultural do século XIII). – Surgiu a imprensa, a Bíblia foi editada, o
povo instruiu-se e a "mente humana emancipou-se da influência clerical."
5º - A Reforma vem no ano de 1517, ao troar a trombeta de Martin Lutero, vários
países ergueram-se como gigantes que despertam. – Lutero relacionou a Bíblia com a
Igreja dos papas e ficou perplexo. – Dizia ao papa: "Raciocinemos sobre isto." e o papa
respondia: "Submete-te senão morrerás queimado." Depois de Lutero vieram Zwinglio,
Calvino, Knox e outros que fortaleceram os cristãos perseguidos.
6º - A difusão da Bíblia, o aumento da cultura e as outras igrejas Cristãs, também
contribuíram para o declínio do papado. Essas forças ensinaram o catolicismo a
conviver com certas conquistas sociais como liberdade de consciência, democracia,
direitos humanos, etc.
7º - Em 1870 Victor Emanuelli fez um plebiscito para anexar Roma à Itália. A
votação foi de 133.648 votos a favor e 1.507 contra. – Perdendo para a Itália, o papado
sofreu tremenda humilhação, além de tornarem-se súditos do governo italiano. – Essa
derrota foi nos dias de Pio IX.
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8º - O SENADO DA ITÁLIA acaba de aprovar uma lei na qual o Catolicismo deixa
de ser religião nacional, estabelece igualdade de Culto, separação entre a Igreja e o
Estado, Roma não é mais "Cidade Sagrada", e obriga o Vaticano a pagar impostos das
propriedades que possue em Roma. É o declínio que se acentua. (Estado de S. Paulo,
25.01.84)
Com seus dogmas opostos ao Novo Testamento, impregnado de superstições e
crendices, como consegue o Catolicismo sobreviver como instituição cristã?
Para isso fomentaram Casas de ensino, Casas de Caridade, tornaram-se políticos,
partiram para a cultura e adotaram o sincretismo religioso. – Com esses
expedientes fundiram-se na sociedade, conseguindo disfarçar sua falência como
Igreja Cristã.
PEDRO COMO PRIMEIRO PAPA
Vimos os títulos equivocados e arrogantes que o papa carrega sobre si. Agora veremos
que a própria existência do papado é uma deturpação das Escrituras. É impossível
abordar este assunto sem falar a respeito do trecho bíblico em que os católicos se
baseiam para firmar a doutrina do papado: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei
a minha igreja” (Mt. 16.13-20). Os católicos pegam esta afirmação de Cristo para
afirmar que Pedro é a pedra ou rocha em que Cristo fundamentou a sua igreja, sendo
assim o primeiro papa da igreja.
Quando Cristo falou “...esta pedra...” não estava se referindo a Pedro, mas sim à anterior
declaração de Pedro a respeito de Jesus – “Tu és o Cristo, O Filho do Deus vivo”.
Cristo é a pedra fundamental da igreja. Paulo afirmou: “Porque ninguém pode pôr
outro fundamento, além do que já esta posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3.11). No
grego, a palavra Pedro é petros, do gênero masculino, enquanto pedra ou rocha é petra,
do gênero feminino. O que Cristo disse: “Tu és Petros (masculino), e sobre esta petra
(feminino) eu edificarei a minha igreja.”
Mostra-se assim que Cristo não estava falando de Pedro como a pedra ou rocha, mas
sim a respeito da declaração de Pedro – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Se
Pedro fosse a rocha, Cristo teria dito: “sobre ti edificarei a minha igreja”, mas não
disse. É interessante observar que na narrativa de Marcos a frase de Cristo:
“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, é omitida (Mc 8.27-30).
Marcos por muito tempo foi companheiro de Pedro e no seu evangelho há uma
profunda influência do mesmo. Pedro chamava Marcos de filho (I Pe 5.13). Pedro em
nenhum momento disse de si mesmo como a rocha ou pedra da igreja. Pelo contrário,
sempre mostrou a Cristo como a pedra: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os
edificadores, a qual foi posto como cabeça de esquina” (At 4.11). Veja também I Pe
2.4-8.
Há também a afirmação católica que Pedro teria recebido as chaves do céu. É outra
deturpação das Escrituras, baseada em Mateus 16.19: “Eu te darei as chaves do reino
dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na
terra será desligado nos céus.” Não podemos entender a declaração de Cristo como se
esta fosse somente dirigida a Pedro, mas esta é dirigida a toda igreja. Veja Mateus
5
18.15 a 18. Fica então patente aos nossos olhos que o ligar e desligar não refere-se
apenas a um homem, mas à toda igreja, que têm a Cristo como cabeça , “...o que tem
a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7). O
que seria abrir e fechar ou ligar e desligar que Cristo fala que a igreja realizaria com
respeito as pessoas? O que se segue: quando a igreja prega o evangelho, abre o reino;
quando deixa de pregar, o fecha. Isto fica bem claro quando observamos o “ai” de
Cristo a respeito dos fariseus. “Mais ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Pois que
fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que
estão entrando.” (Mt 23.13). Porque os fariseus fechavam o reino? Por não
divulgarem corretamente as Escrituras, o Antigo Testamento, naquela época. Veja: “ai
de vós, doutores da lei, que tiraste a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e
impedistes os que entravam.” (Lc 11.52).
Assim observamos que quando a igreja prega o evangelho genuíno esta abre o reino dos
céus, quando não, fecha o reino.
Ao analisarmos o trecho bíblico de Mt 16.13-20, devemos partir para a análise da
afirmação católica que Pedro foi o primeiro papa. Se ele realmente foi o primeiro
papa, o foi de maneira totalmente diferente dos padrões papais. Há um abismo
enorme entre Pedro e os seus pretensos sucessores. A verdade é que Pedro não foi o
primeiro papa e a ordenação de um dirigente humano universal para a igreja está
totalmente contrária às Escrituras.
Jorge Buarque Lyra (in: Catolicismo Romano) argumentou muito bem: “Poderia, acaso,
de alguma forma, um homem ser fundamento de uma obra divina? Se pudesse
(admitindo-se o absurdo), tal obra deixaria de ser divina.”
Vejamos as seguintes características de Pedro:
1. Pedro não era celibatário. Tanto que teve sogra curada por Cristo (Mc 1.29-31). O
papa é celibatário, sendo celibato uma imposição a todo o clero. Em I Timóteo está
escrito: “Mas o Espírito expressamente diz que nosúltimos tempos apostatarão
alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios;
...proibindo o casamento.”
2. Pedro era pobre. “E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro...” (At 3.6). O papa está
cercado de riquezas.
3. Pedro nunca esteve em Roma. Não é interessante observar que o chefe da igreja de
Roma nunca esteveem Roma? Os católicos lançam mão de fontes extra-bíblicas para
afirmar que Pedro esteve em Roma.
4. Pedro nunca consentiu que ninguém se ajoelhasse a seus pés. “E aconteceu que,
entrando Pedro, saiuCornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas
Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eutambém sou homem.” (At 10.25 e 26).
O papa constantemente recebe este tipo de reverência e adoração.
5. Pedro não era infalível. “E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti na cara, porque
era repreensível. Porqueantes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia
com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartando deles,
6
temendo os que eram da circuncisão.” (Gl 2.11 e 12). O papa é considerado
infalível. A infalibilidade papal foi definida e aceita oficialmente em 1870 no
Concílio do Vaticano I. A Igreja Católica demorou 1870 anos para considerar o papa
infalível. É importante observar que não foi Deus que decidiu mas foram homens
pecadores reunidos que chegaram a conclusão que o papa era infalível. Na Bíblia
está escrito: “porque todos pecaram e destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23) e
ainda está escrito que quando dizemos que não temos pecado fazemos a Deus
mentiroso. Veja: “Se dissermos que não pecamos fazemo-lo mentiroso, e a Sua
palavra não está em nós.” (I Jo 1.10).
6. Pedro não tinha a primazia na igreja. Observe o que Pedro escreveu: “Aos
presbíteros, que estão entre vós, que sou também presbítero como eles e testemunha
das aflições de Cristo...” (I Pe 5.1). Em At 8.14 está escrito: “Os apóstolos, pois, que
estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram
para lá Pedro e João.” Note bem: não foi Pedro que enviou alguns dos apóstolos,
mas foram os apóstolos que lhe enviaram. Onde está a primazia de Pedro? Em At
11.1-18 vemos Pedro justificando-se perante a igreja. Quero destacar principalmente
o versículo 2: “E subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da
circuncisão.” Enquanto que a igreja Católica afirma que as decisões do papa não
podem ser questionadas.
Mas se há tanta identidade, porquê caminham separadas?
Nos primeiros séculos houve uma única comunidade Cristã, Jesus havia dito:
" Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome ... Eis que estarei convosco até a
consumação dos séculos." (Mat. 18:20 e 28:20).
O Cristianismo teve continuidade com bispos, pastores, presbíteros e evangelistas;
foram homens veneráveis como Policarpo, discípulo do apóstolo João, Inácio, Papias,
Justino, Irineo, Origenes, João Crisóstomo e tantos outros.
Entre eles não havia maiores, embora o bispo Calixto tenha sido acusado por Tertuliano,
advogado cristão, de querer ser o "O bispo dos bispos" (ano 208).
A igreja cristã recebeu o nome de Católica no Concilio de Constantinopla, presidido
pelo imperador Romano Teodósio com o decreto "Cunctos Populos" no ano de 381. –
Apostólica ela não é; Também não sabemos como ela pode ser Universal e Romana ao
mesmo tempo. (ver Rivaux, História Eclesiástica, tomo I - Pág. 347).
Ainda não havia "Papa", mas, nos fins do século IV as igrejas viram-se dominadas por
cinco "patriarcas", que foram os bispos de Antioquia, Jerusalém, Constantinopla,
Alexandria, e Roma sobre a liderança do Cristianismo, mas o concilio de Calcedônia, no
ano de 451, interveio concedendo igualdade do bispo de Constantinopla com o de
Roma.
O Papado como conhecemos, desenvolveu-se gradativamente, sustentado a princípio
pelo Império Romano; não teve data de nascimento, não foi instituído por Cristo nem
7
pelas igrejas, é intruso no Cristianismo e não se enquadra na Bíblia – conseguiu com
sutileza manter-se na posição que ocupa.
É identificado na Bíblia como "Ponta Pequena " (Daniel 7:8).
2 - Origem do papado e do Estado do Vaticano
O Catolicismo começou a tomar forma quando no ano 325 o Imperador Romano
Constantino, convertido ao Cristianismo, convocou o 1º Concílio das igrejas que foi
dirigido por Hósia Córdova com 318 bispos presentes. Constantino construiu a igreja do
Salvador e os Papas passaram a ocupar um palácio oferecido por Fausta. – No século
XV demoliram a igreja do Salvador para dar lugar à Basílica de São Pedro.
As igrejas que eram livres começaram a perder autonomia com o Papa Inocêncio I, ano
401 que dizendo-se "Governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias
fossem levadas a ele."
O Papa Leão I, ano 440, impôs mais respeito prescrevendo "Resistir a sua autoridade
seria ir para o inferno" — Este papa aumentou sua influência bajulando o imperador
Valentiniano III no ano 445, que cedeu a pretensão dele de exercer autoridade sobre as
igrejas até então nas mãos do Estado.
Os historiadores viram nele "O papado emergindo das ruínas do império romano que
desintegrava herdando dele o autoritarismo e o latim como língua."
A palavra "Papa" significa pai; até o século V todos os bispos ocidentais foram
chamados assim. Aos poucos restringiram esse tratamento aos bispos de Roma, útero
que gerou o Papado.
Naquele tempo ninguém supunha que "São Pedro fora Papa" – Ele era casado e não
teve ambições temporais.
O Papa Nicolau I anos 858-67 foi o primeiro a usar coroa; serviu-se com muito efeito de
documentos espúrios surgidos no ano 857 conhecidos como "Pseudas Decretas De
Isidoro" - Essas falsas "decretais" eram pretendidas serem de bispos do II e III séculos
que "exaltavam o poder dos papas ".
Foram invenções corruptas e premeditadas cuja a falsidade foi descoberta depois
da morte desse Papa – Nicolau havia mentido que esses documentos haviam
estado por "séculos na igreja".
As "Pseudas Decretais de Isidoro" selaram a pretensão do Clero Medieval com o
sinete da antigüidade e o Papado que era recente tornou-se coisa antiga.
Foi o maior embuste da história, os historiadores registraram que esses falsos
documentos fortaleceram o Papado. ANTECIPOU EM 5 SÉCULOS o poder temporal
deles e serviu de base para as leis canônicas da Igreja Católica Romana. (citado por
Halley, Pochet Bible Handbook pág. 685)
8
O ESTADO DO VATICANO desenvolveu-se com o papa Estevão II nos anos 741-52,
que instigou Pepino o Breve e seu exército a conquistar territórios na Itália e doá-los à
Igreja – Carlos Magno, seu pai, confirmou essa doação no ano 774, elevando o
Catolicismo à posição de poder mundial surgindo o SANTO IMPÉRIO ROMANO
sob a autoridade do Papa-Rei que durou 1.100 anos.
Carlos Magno próximo da morte arrependeu-se por doar territórios aos Papas,
agonizando sofreu horríveis pesadelos lastimando-se assim: "Como me justificarei
diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os Papas são ambiciosos,
eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram,
devem merecer de Deus um severo castigo. " (Pillati, Ed. Thomp. Tomo III, pag.. 64,
1876, Londres).
O papado que esteve 70 anos em Avinhão na França, voltou a ocupar o Vaticano no ano
1377, trazidos por Gregorio XI; derramaram muito sangue em guerras políticas e
religiosas até 1806 quando Napoleão aprisionou o Papa Pio VII , 1740-1823. Mais tarde
tentaram reagir, mas, Vítor Emanuelli no ano 1870 derrotou "as tropas do papa"
tornando-se o primeiro Rei da Itália, pondo fim no Santo Império Romano, que de santo
não nada tinha. (Isso se sucedeu no dia 20 de Setembro de 1870 ).
Os papas ficaram confinados no Vaticano até 1929 quando Mussolini e Pio XI no
tratado de Latrão legalizaram esse estado religioso que é "controlado pela Cúria
Romana e governada por 18 velhos Cardiais que controlam a carreira de bispo e
monsenhores; o papa fica fora dessa pirâmide "(Estado 20-3-82 )
- No Brasil os católicos são orientados por 240 bispos mais conhecidos pela posição
política do que pela religiosidade, estão divididos entre Conservadores,
Progressistas e Não Alinhados... (Revista Veja 30-1-80).
3 - Rendas do Vaticano e das Igrejas
Sem um sustento legítimo por estarem desacreditados os papas e a igreja sancionaram o
blefe, canalizando para seus cofres quantias fabulosas, negociando Cargos fabulosos e
Cardinalatos, posições que valiam fortunas.
Além de vender relíquias e "pedaços da cruz", negociavam o perdão de pecados
mediante indulgências e amedrontavam seus fiéis com o fogo do purgatório que
criaram, prometendo no entanto, aliviar essa situação com missas pagas.
Desconhecendo a Bíblia Sagrada e o amor de Deus, milhões acabam aceitando
esses expedientes matreiros do Catolicismo Romano.
O papa João XXIII, ano 1410, cobrava impostos dos prostíbulos contabilizando-os no
orçamento do Vaticano. (não confundir com o João XXIII mais recente).
O dominicano João Tétzel tornou-se famoso vendendo um documento oficial que "dava
o direito antecipado de pecar" Negociava outra indulgência incrível que garantia:
"Ainda que tenhas violado Maria mãe de Deus, descerás para casa perdoado e certo do
paraíso"
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O papa Leão X ano 1518 continuou o blefe, necessitando restaurar a igreja de São Pedro
que rachava usou cofres com dizeres absurdos tais como: "Ao som de cada moeda que
cai neste cofre uma alma desprega do purgatório e voa para o paraíso" (Tayne, Hist.
da Literatura Ing. Coroado pela Acad. Francesa e Vol. II, pág. 35,de O Papa e o
Concílio).
O Purgatório é o nervo exposto da igreja, não querem que toque. Mas esse dogma no
dizer do historiador Cesare Cantú é a "Galinha dos ovos de ouro da Igreja" e o ex-padre
Dr. Humberto Rodhen confirma, que com esse expediente a Igreja Católica recolhe por
dia em todo o mundo muitos milhões de dólares.
Nos primeiros séculos da era Cristã ninguém ia para o purgatório porque não existia; foi
criado por um decreto papal – nos países protestantes e nas outras igrejas cristãs não há
esse perigo, criaram-no só para almas católicas.
Com esse dogma a igreja católica peca duas vezes e cria um problema de consciência
para os padres: primeiro por oficializar uma inverdade, segundo por receber dinheiro em
nome dessa inverdade.
O purgatório tornou-se "comércio espiritual" a partir de 1476 com o Papa Sixto IV, a
Igreja é a única instituição no mundo que "negocia com as almas dos homens"
(Apocalipse 18:13)
Nunca informam quando elas deixam o tormento, celebram missas por uma
mesma pessoa falecida, sempre que haja um simplório para pagar. – Não há
textos bíblicos de apoio a esse dogma, a não ser uma referência no livro apócrifo
de Macabeus, sem valor.
OS CONFESSIONÁRIOS que "devassam os lares" servem para vários fins. Na
Espanha e Portugal usavam-nos com eficiência para descobrirem e informar as
autoridades o pensamento político dos generais "confessando" suas esposas.
Conseguem legados e doações de beatos e viúvas chorosas que buscando "absolvição "
podem ser aliciados entregando terras, fazendas e propriedades, "A Igreja no Brasil tem
um vultoso patrimônio Imobiliário" (Est. S. Paulo 25-2-80)
São Bernardo, doutor da Igreja exprimia-se com amargura: "O Clero se diz pastores
mas o que são é roubadores, não satisfeito com a lã das ovelhas bebem seu sangue."
(Roma, a Igreja e o Anticristo, Ernesto L. Oliveira, pág.178).
O Vaticano é a corte mais suntuosos da Europa, já não se preocupa com migalhas;
aplicam os proventos desse comércio espiritual de tal forma que possuem Bancos
próprios, edifícios e fazendas. – Presentemente católicos americanos reunidos em
Chicago estão exigindo do Vaticano relatórios e balanços financeiros. (Est. S. Paulo 28-
6-85).
Bem situados fizeram " OPÇÃO PELOS POBRES" , lutando para distribuir as riquezas
dos outros sem tocar nas suas.
4 – Influência do Vaticano e "Maioria Católica"
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A influência religiosa do Vaticano e dos papas vem diminuindo sensivelmente, surgiu
como poder mundial no século VI atingindo o ápice no século XIII, passando a declinar
até nossos dias.
Com um passado pouco honroso, com seus dogmas questionados pela Cristandade,
instituidores de celibato e com fortes pretenções políticas, a Igreja vem perdendo
influência como instituição cristã. – Suas bulas e encíclicas já não são levadas a sério e
quando mencionadas, não surtem efeito.
Essa perda de influência sucede por fora e por dentro. O Geral dos Minoristas João del
Parma, canonizado, registrou que "A Cúria Romana está entregue a charlatania, ao
embuste e ao engano sem dar atenção às almas que se perdem."(Slimbene, Vita del
Parma, pág. 169).
Vazios espiritualmente, recorreram ao artificialismo para conservar o povo ao seu redor.
– Se o papa celebrasse as cerimonias, como fazem os pastores de outras igrejas cristãs,
reduziria em 70% os curiosos, por essa razão sua indumentária é de espantar. Conforme
o cerimonial o papa se apresenta com o Báculo, a Mitra, a Casula, a Meseta, a Estola, a
Batina, o Manto, o Pálio, a Sobrepeliz, a Roquêta, a Faixa, o Solidéo, o Escapulário, a
Coroa, a Tiara, as luvas de seda e os sapatos vermelhos de pelica, tudo muito colorido
e atraente.
O Papa João Paulo II acrescentou mais uma peça na sua indumentária: Colete à
prova de bala. – Comprou dois deles na firma Armoured Body nos Estados
Unidos (Jornal de Milão, IL GIORNIO)
"A maioria Católica ", mencionada para humilhar outras Igrejas Cristãs , encontra-se
nos países mal alfabetizados e menos desenvolvidos. – Por séculos a Igreja Católica não
alfabetizou para explorar as massas com crendices; impediram os povos de examinar a
Bíblia, fonte de progresso e liberdade.
Quando o clero menciona "religiões minoritárias" esquece milhões de cristãos,
não católicos, exterminados pelo papado, retardando sua multiplicação.
Há duas civilizações bem definidas. – Esse assunto dispensa defesa por estar
bem claro. – Temos a civilização chamada protestante de Bíblia aberta, governos
estáveis, alfabetizada e desenvolvida, representada pela Alemanha,
Escandinávia, Inglaterra, Escócia, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Suíça, e
outras, todas de maioria ou grande densidade protestante.
A outra civilização, a católica romana, semi-analfabeta, com governos instáveis,
orientadas pelo Vaticano, formada pela Espanha, Portugal, México, América
Latina, com todos os problemas que conhecemos e a Itália onde floresce o maior
partido Comunista fora da Rússia. – Nenhuma nação protestante até hoje foi
tragada pelo comunismo enquanto as nações católicas são vulneráveis aos
Totalitarismos. (F. NITTI, o Estado, 2-3-30).
Grandes homens, entre eles Roosevelt, Rui Barbosa, Guerra Junqueiro, Getúlio Vargas,
verberam o Catolicismo. – Destacamos, grande tributo que pronunciou-se contra a
"romanização do Cristianismo" e citou D. Pedro II, , que acusou o Vaticano (Pio IX) de
provocar discórdias entre nosso povo; esta acusação resultou na prisão do bispo D. Vital
em 21-2-1874.
11
Getúlio Vargas lamentava: "As massas enganadas pelas imagens milagreiras enquanto
a alta sociedade adota um catolicismo céptico e elegante" (H. Faria, Hist. de D. Pedro
II, Vol. III, pag. 344, e O pais, de 29-8-1925,Rio).
O jornal texano "Fort worth star-telegram" numa reportagem intitulada "Católico no
Brasil é também espirita" afirmou que o Brasil não é o maior país católico do mundo,
mas sim o maior país espírita do mundo. Diz que a Umbanda trazida da África para o
Brasil e o Catolicismo trazido pelos colonos portugueses formaram um sincretismo
religioso, negociando estatuetas católicas e ídolos dos "terreiros", junto com ervas
milagrosas, poções de amor; dentes de jacarés, asas de morcegos e pós de
baratas."(Edição do acima de 15-2-83).
5 - Divergências e Contradições
Se a igreja Católica não se gloriasse de "ser a única" e os papas não ambicionassem a
infabilidade, não haveria razão para citar suas divergências e contradições: - O papa
Gregório I, por exemplo, pronunciava-se contra um "Sacerdócio universal nas mãos de
um só homem", mas foi o que fizeram.
No ano 896 o Papa Estevão VI desenterrou o cadáver do Papa Formoso, tiroulhe
as vestes, cortou sua cabeça e o jogou no Rio Tibre, em Roma.
Entre os anos 1305-77 a igreja foi governada por dois papas ao mesmo tempo,
ambos infalíveis. Um em Avinhão na França e outro em Roma, proferindo
anátemas e maldições um contra o outro; não temos espaço para citar a famosa
"Epístola de Lúcifer" contra o papa de Avinhão no ano 1351.
A INFABILIDADE PAPAL – Essa pretensão começou com as "Pseudas Decretais de
Isidoro"(ver pág. 2 deste folheto), mas os Concílios de Posa, o de Constança em 1414, o
de Basiléa em 1431 e outros resistiram prescrevendo que "Os Papas estão sujeitos aos
Concílios".
Mais tarde, Pio IX ambicioso de poder e glória, impôs o dogma no Concílio
Vaticano em 1869-70 tornando-se por decreto "Infalível." Eis a ficha desse papa:
Verberou as liberdades de consciência, de palavra, de culto e de imprensa;
fomentou as superstições das relíquias e por conta própria, sem consultar
nenhum Concílio, decretou o dogma da Imaculada Conceição em 1854.
A Igreja Ortodoxa chamou a "Infabilidade" de blasfêmia que coroou o papado.
Quando ainda não eram "infalíveis" por volta do ano 1640 erraram no
julgamento de Galileu. – Doente e com 70 anos o sábio foi trazido de maca
diante do papa Urbano VII para retratar-se de seus conhecimentos de
astronomia.
Galileu, temendo a inquisição, retratou-se assinando que a terra "não gira em
torno do sol". Ao sair de diante do papa perguntaram-lhe se havia assinado a
retratação, Galileu disse: "Assinei, mas que gira, gira." (Diálogos T.X. pág. 281)
Nunca se ajeitaram com liberdade e democracia, reclamam esses direitos
somente onde não dominam; Pio IX dizia que "A liberdade de consciência foi o
mais pestilento de todos os erros." – A revista NEWSWEEK escreveu que "A
Igreja Católica reclama Direitos Humanos no exterior, mas nega concedê-los aos
seus próprios povos." (Encíclica de 15-8-1954. Estado, 2-8-83)
Presentemente estão bloqueando o pedido insistente de 6mil padres que desejam
deixar a batina, mesmo assim 1274 deles "escaparam" em 1982. O Vaticano
12
informou que durante a década 1973-83 em todo mundo 81.713 padres
deserdaram. (Estado 13-2-80, 11-9-84 e 7-9-1985)
O sincretismo religioso atesta as contradições da Igreja: as doutrinas básicas da Bíblia
não são importantes e as estatuetas religiosas do Catolicismo e as dos "Terreiros" se
misturam nas procissões e nos lares.
Divorciado dos Evangelhos, o Catolicismo não consegue gerar seus próprios
sacerdotes. "A metade dos padres no Brasil são estrangeiros." (Ver. Veja 30-1-
80)
Muitos bispos e maiores na hierarquia, divergem de vários dogmas que fossem
abolidos aplaudiriam. – Está surgindo entre os Redentoristas e os Paulinos,
padres que questionam o culto à Maria e às suas "enganosas aparições" – É um
sopro Divino.
A mariolatria tende a decrescer e quem sabe, os Católicos se voltarão para Cristo
"Nossa única esperança."(Ver reportagem no Estado, 7-9-85)
O Vaticano manifesta-se contra o divórcio ficando "angustiado" quando é
votado nos países católicos, mas mantém o Tribunal de Rota que anula
casamentos de casais ilustres por grandes somas. – Querem o monopólio.
Induzem consciências sensíveis, especialmente do sexo feminino, escravizando-as: Há
milhares de mulheres e moças sem identidade, enclausuradas em lúgrebes conventos
devido a fé falsa que abraçaram. – Ninguém sabe que tipo de tratamento recebem; o
Vaticano deveria ordenar a recuperação de suas mentes distorcidas, abrir os portões,
devolvendo-as à sociedades. "O Convento, no dizer do escritor Jules Michelet, é o
inferno onde a lei não entra."(O Padre, a Mulher e a Família, pág 144)
6 – O Estado do Vaticano não pode Gloriar-se do seu Passado
As nações orgulham-se do seu passado e festejam seus benfeitores, mas o Vaticano
evita mencionar sua história ou reproduzir a biografia de muitos papas por não
harmonizar com o que diziam representar.
O papado no princípio sobreviveu apoiado pelo Império Romano e mais tarde
fazendo alianças astutas com os francos, posteriormente ganhou prestígio com as
"FALSAS DECRETAIS DE ISIDORO", no começo da idade média usou a
força dos países subservientes e mais tarde impôs autoridade derramando muito
sangue na Inquisição, instituída pelo papa Inocêncio III.
Quase todos os papas foram autoritários, como Nicolau V, anos 1447-55, que
autorizou o rei de Portugal "a guerrear com povos africanos, confiscar suas
terras e fazer escravos."
Esse papa dizia: "Sou tudo em todos, minha vontade prevalecerá; Cristo
mandou Pedro embainhar a espada, mas eu mando desembainhar."
Santo Afonso Leguori também surpreendeu quando prescreveu que a Igreja
sanciona o roubo. Esse "Santo", canonizado disse que "Se alguém roubar pouco,
principalmente se for pobre não comete pecado." (Dabium Leguori, citado por
CHINIQUI, pág, 122)
13
IDENTIFICA-SE A IGREJA no Apocalipse como "Embriagada com o sangue dos
Santos e das Testemunhas de Jesus"(Cap. 17:6) – VEJA SUAS PRINCIPAIS
MATANÇAS:
1º - Em 1208 exterminaram os cristãos Albaneses.
2º - O FRADE TORQUEMADA, anos 1420-98, comandou por 8 anos a morte de
10.200 protestantes e intelectuais queimados vivos, foi horrível. – o bispo Hooper foi
queimado com fogo insuficientemente e gritada: "Mais lenha, aumente o fogo." Ao seu
lado numa caixa estava o papel de perdão, bastava retratar-se, mas não o fez.
3º - Só na Espanha 31.912 cristãos não católicos foram mortos. 291.450 martirizados e
dois milhões banidos; a Espanha que era nação poderosa tornou-se país sem expressão.
4º - Carlos V anos 1500-58, eliminou por ordem do papa 50 mil cristãos alemães.
5º - O Papa Pio V anos 1566-72, exterminou 100.000 Anabatistas.
6º - O Papa Gregório XIII anos 1572-85, organizou com os jesuítas o extermínio dos
protestantes franceses e na noite de 24 de agosto de 1572 mataram 70 mil deles. – Esse
papa comemorou mandando que as Igrejas cantassem o TE DEUN, trocassem
presentes e cunhou moedas comemorativas as massacre.
7º - Em 1590 o catolicismo eliminou uns 200 mil cristãos Huguenotes.
8º - O Monarca alemão Fernando II anos 1578-1637 instigado pelos jesuítas começou
uma guerra de extermínio aos protestantes; essa guerra religiosa terminou em guerra
política e tirou a vida de 15 milhões de pessoas. (1618-48)
TUTA SCELERA ESSE POSSUNT, SECURA NON POSSUNT.
Em 1534 surgiu no cenário do Catolicismo Romano uma ORDEM SINISTRA. –
Escreveu a página mais negra e horrenda da história da igreja. Foi criada pelo espanhol
Inígo Lopes de Recalde, ex-pajem da corte e depois militar. – Ferido duas vezes na
batalha de Pamplona, Inígo perdeu a aparência física, não podendo mais fazer parte na
corte, adotou o pseudônimo de Inácio de Loyola, fundou a Ordem dos Jesuítas e foi
canonizado pelo papa Gregório XV no ano de 1621.
O JURAMENTO DOS JESUÍTAS encontra-se no livro "Congressional de
Relatórios", pág. 3262 e em resumo diz: "Prometo ensinar a guerra lenta e secreta
contra os protestantes e maçons... queimar vivo esses hereges, usar o veneno, o punhal
ou a corda de estrangulamento...farei arrancar o estômago e o ventre de suas mulheres
e esmagarei a cabeça de seus filhos contra a parede, a fim de aniquilar a raça."
"Se eu for perjuro, as milícias do papa poderão cortar meus braços e minhas pernas,
degolar-me, cortando minha garganta de orelha a orelha, abrir minha barriga e
queimá-la com enxofre, etc.. – Assino meu nome com a ponta deste punhal molhado no
meu próprio sangue."
papa Clemente VII os repudiou chamando-os de "intrigantes". Mais tarde
Clemente XVI em 21-7-1773, aboliu a Ordem, mas Pio VII no ano de 1914,
restaurou os jesuítas que se dizem "Defensores do papa e braço direito da
Igreja."
Foram expulsos de Portugal e da França em 1759, da Boêmia em 1762, banidos
da Espanha em 1766, Malta livrou-se deles em 1768 e a Dinamarca em 1772,
etc.
14
Os Jesuítas consideram-se acima dos bispos por terem bulas que os isenta de sua
jurisdição, os bons dicionários os identificam como astuciosos e hipócritas."
São orientados por uma iminência quase papal conhecido como Papa-Negro,
cujas relações com o Vaticano não são claras (Ver História dos Jesuítas, Melo
Morais).
7 – A IGREJA ANTES E DEPOIS DO SÉCULO IV
O Vaticano não é igreja, mas sim um organismo político-religioso que arrogando certas
prerrogativas se interpõe entre Deus e os Católicos, conservando-os sob sujeição; certos
teólogos vêem no Vaticano "O espírito do império romano com roupagens do
cristianismo."
Em sucessivos concílios depois do século IV, os papas sancionaram muitos dogmas
desconhecidos pelos Cristãos dos primeiros 500 anos e estranhos ao Novo Testamento.
– A Igreja primitiva desconhecia até então a Transubstanciação, o Purgatório, o
Celibato, a Infabilidade papal, o Culto à Maria, a Veneração de imagens, o uso da
água benta, velas, etc.
Viveram nos 4 primeiros séculos milhões de Cristãos, entre eles homens veneráveis
conhecidos como "pais da igreja".
ANOTE AS DATAS EM QUE VIVERAM ALGUNS DELES, todos antes do século
IV.
Lino viveu no ano 65, Cleto no ano 69, Clemente no ano 95, Justino no ano 100, Santo
Inácio no ano 110, Higino no ano 139, Papías no ano 140, Policarpo no ano 155, Santo
Irineo viveu no ano 180, Orígenes no ano 220, Urbano no ano 223, São Cipriano no ano
247, São Vicente viveu por volta do ano 310, São Silvestre no ano 314, São João
Crisóstimo no ano 250, Santo Antão ano 356, São Jerônimo, tradutor da Bíblia viveu no
ano 340, São Genaro e São Sebastião ano 384, Ambrósio no ano 397 e Santo
Agostinho, bispo de Hipona, viveu no ano 420, etc.
AGORA NOTE AS DATAS NAS QUAIS ALGUNS DOGMAS QUE FORAM
INTRODUZIDOS NA IGREJA, todos depois do século IV:
Ano 431, a igreja começa a cultuar Maria, mãe de Jesus.
Ano 503, decretam a existência do purgatório – começaram a cobrar "Missas de
intenção" no ano 1476 – Esse dinheiro que recebem cria problemas de
consciência, pois tem um fim específico.
Ano 783, iniciam a veneração de imagens (idolatria).
Ano 933, a igreja institui a "Canonização" – Nem todos os canonizados foram
homens e mulheres santos. Essa distinção do Catolicismo tem sido concedida
por bravura, por exterminarem protestantes, maçons e livres pensadores. Loyola
por exemplo, foi canonizado e Anchieta ajudou a assassinar o holandês Jacques
Le Balleur na Baía de Guanabara em 9 de fevereiro de 1558.
Ano 1074, instituído o Celibato. Segundo o escritor Leo Huberman, o celibato é
exigido porque a igreja temia perder propriedades dos clérigos, caso casassem,
devido às leis de herança. Há outro problema, muitos deles possuem dois nomes,
o Frei Antão da igreja tal bem pode ser no civil o João da Silva...
Ano 1190, começam a conceder perdão e favores espirituais por dinheiro. A
igreja inicia os negócios com as indulgências.
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Em 1208 começaram na missa, a "levantar" a hóstia para ser adorada; mas o
vinho na Ceia do Senhor começou a ser negado aos fiéis a partir do Concílio de
Constança, ano 1414. Essa decisão foi sancionada pelo papa João XXIII. Foi
esse mesmo para que mandou queimar vivo João Huss, Reitor da Universidade
de Praga, Boêmia.
Ano 1215, o papa Inocêncio III, por decreto instituiu a Transubstanciação,
"valorizando" sobremaneira a Missa. (Definida no Concílio de Trento no ano
1551).
Ano 1870 declaram o papa infalível.
Anos 1854 e 1950, conseguiram depois de 18 séculos de resistência, impor os
dogmas sobre Maria, o da Imaculada e o da Assunção, respectivamente.
Essas inovações foram introduzidas, como se observa, depois do século IV quando
aquelas pessoas, pais da igreja, que souberam guardar a fé já não existiam.
Verifica-se que a igreja Católica não é legítima quando relacionada com o Novo
Testamento e com a fé dos primeiros Cristãos.
O Vaticano e a igreja para serem honestos deveriam informar, inclusive nos calendários,
que os cristãos primitivos que festejam, não foram Católicos romanos, pois nada
souberam do festival de dogmas que foram criados. – Se vivessem hoje fariam outra
opção religiosa, jamais o Catolicismo Romano.
8 –O VATICANO EM SEUS CONCÍLIOS ALTERA A DOUTRINA CRISTÃ
As datas abaixo sofrem pequenas variações nos tratados, mas são reais e confiáveis.
Essas alterações criaram dogmas que são doutrinas indiscutíveis para a Igreja Católica,
impedindo o clero de raciocinar, examinar e decidir entre o certo e o errado.
Verifica-se que o Catolicismo é uma maquinação ardilosa contra a inteligência e
a liberdade, nas palavras de Aberdeem Gladestone.
Muito dogmas são baseados em lendas e suposições, outros estão impregnados de
crendices que rebaixam o nível do Cristianismo original.
A maioria dos dogmas foram criados com fins lucrativos, outros conferem ao
clero certa autoridade e influência social.
EIS ALGUMAS ALTERAÇÕES ESTRANHAS ÀS SAGRADAS ESCRITURAS:
Sempre houve, mesmo antes da Reforma, líderes e igrejas não-católicas perseguidas
pelos papas. Entre eles os:
Albigênses
Valdenses
Anabatistas, etc.
O CATOLICISMO DESVIA A IGREJA DOS EVANGELHOS
16
Ano da instituição:
310, começam as rezas pelos mortos
320, começam a usar velas nas igrejas
325, o Imperador Constantino celebra o primeiro Concílio
394, o culto cristão é substituído pela missa
416, começaram a batizar crianças recém-nascidas
431, instituído o culto `Maria, mãe de Jesus
503, o Purgatório começa a existir... Missas pagas começaram no ano 1476
787, começam com os cultos à imagens
830, começam a usar ramos e água benta
933, instituída a canonização de "santos"
1184, Inquisição. Efetivada anos depois.
1190, instituem a venda de indulgências
1200, a hóstia substitui a Ceia
1216, instituída a confissão
1215, decretam a Transubstanciação
1546, livros apócrifos na Bíblia
1854, dogma da Imaculada Conceição
1870, infabilidade papal
1950, Assunção de Maria
Devido a essas alterações, a Igreja deixou de ser legítima e causou várias
brechas no Cristianismo; a cada alteração nas doutrinas bíblicas, levas de
Cristãos organizavam igrejas independentes que se reuniam nas
catacumbas de Roma.
Em 869 a Igreja Oriental separou-se de Roma recusando submissão ao papa, originando
a Igreja Católica Ortodoxa.
Em 1517 o Monje Martin Lutero encontrou a Bíblia, inspirou-se nas palavras do
apóstolo Paulo em Romanos 1:17, onde diz: "O justo viverá da fé." Raciocinou que
a Salvação nos é dada pela fé em Cristo e não pelos ritos, sacramentos e
penitências receitadas pelo catolicismo.
A palavra "protestante" apareceu quando Clemente VII 1529, tentou impedir
que o Evangelho fosse pregado em alguns estados da Alemanha.
Os Cristãos não católicos fizeram um PROTESTO contra essa pretensão do papa
e receberam o nome de PROTESTANTES, aplicado hoje a todos os evangélicos.
O mundo seria outro se a Igreja dos papas fosse desraigada de maneira mais profunda.
O Cristianismo seria mais bíblico e menos idólatra.
17 – Títulos e Fábulas
O Catolicismo por ser latino adotou títulos espanhóis e italianos, que resultaram numa
hierarquia. – Esses títulos nada tem a ver com o Cristianismo ou com o Novo
Testamento, é criação do sistema deles.
VEJA ALGUNS:
17
PAPA significa pai, termo de ternura que perdeu o sentido desde que os papas
organizaram exércitos, demarraram sangue e tornaram-se políticos. – NÚNCIO é
embaixador do Vaticano. CARDEAL são os que elegem o papa. – MONSENHOR é
título para as altas figuras do clero. ARCEBISPO é o superior do Bispo. BISPO é o que
governa uma diocese. CÔNEGO é o elemento de uma Catedral. MONGE é o religioso
de Mosteiro. VIGÁRIO é o que toma o lugar do outro. FREI e FRADE é de Ordem
religiosa e militar. SACERDOTE é o termo do paganismo e do judaísmo. CURA é o
pároco da aldeia. ABADE é prelado que dirige o mosteiro. DOM foi título dos reis da
Espanha, muito apreciado pelo clero. PURPURADO e PRELADO SÃO DISTINÇÕES
que todos eles cobiçam. PADRE, o mesmo que pai, é o que deveriam ser tendo esposa,
filhos e um lar.
Os papas são obcecados por títulos. – Se intitulam de Salvatore, Filius Dei,
Sacratíssimus Dominus Noster, Pontífice Maximus, Augustos (digno de ser
adorado) e outros superlativos que os distancia de Cristo.
As ordens religiosas somam dezenas; nem todas convivem em harmonia, diferem entre
sí. Os Dominicanos por exemplo, buscam mais a cultura, os Jesuítas são belicosos,
enquanto que a Ordem do Carmo é feiticista, diz que "basta usar o escapulário para
ficar livre das chamas do purgatório." (O Escapulário, pág. 1, com Nihil Obstrat).
Rui Barbosa dizia que "A Igreja Católica é uma religião de FÁBULAS" e o apóstolo
Paulo mandava rejeitá-las. (I Tim. 4:7)
EIS ALGUMAS:
1 – Os anjos conduziram pelas nuvens a casa de Nossa Senhora de Loreto desde a
Palestina até a Itália. Devido a esse "milagre" ela é padroeira dos aviadores.
2 – O padre Anchieta navegava de barco, sendo molestado pelo sol, surgiram pássaros
que voaram em formação, fazendo sombras sobre sua cabeça.
Esse "Milagre" consta no processo de sua canonização.
3 – Em Portugal uma jovem roubava ouro e jóias de uma Mansão para dar aos pobres.
Quando surpreendida, revistaram sua cesta, então houve o "milagre", as jóias roubadas
transformaram-se em flores.
Essa jovem foi canonizada.
4 – Numa gruta na Bahia há sinais de pés de uma criança, bem forjados. "Naquela gruta
o menino Jesus refugiou-se quando perseguido por Herodes." Anualmente chegam
naquela gruta centenas de romeiros; a igreja diz que o povo é "simples e ignorante",
mas os padres estão presentes, tirando proveito dessa situação espiritual miserável em
que se encontra nossa gente.
5 – Como a Igreja não sabe quando as almas saem do purgatório e cobram "Missas de
intenção" sucessivamente, criaram uma lenda para desencargo de consciência que diz:
"Nossa Senhora do Carmo, no primeiro Sábado de cada mês, deixa o céu e vai até o
purgatório tirar algumas almas privilegiadas."- A Igreja põe fé nessa lenda.
6 – Esta é vero. ... Seis padres belgas e um holandês da Ordem dos Bolandistas
investigam oficialmente a história dos Santos (Hagiografia) em Bruxelas; já
examinaram 2.800 alfarrábios e transcreveram as ACTAS SANCTORUM. – O porta
voz deles Van OMMESLAEGHE anunciou que "Santa Catarina nunca existiu", foi
uma fábula da Igreja. – Em que base nossos compatriotas de Santa Catarina podem
manter sua tradição?
7 – Os Carmelitas supunham que sua Ordem teve origem com o profeta Elias no Monte
Carmelo a 900 anos antes de Cristo. Agora estão revoltados com os Bolandistas, porque
18
eles descobriram que a Ordem dos Carmelitas é recente, datando do ano 1.160 Depois
de Cristo. (Do nosso arquivo).
18 – As Imoralidades dos Papas
O testemunho da história não favorece a Igreja e muitos papas. – Devido à adoção do
celibato, os escândalos sempre acompanharam o sistema religioso que criaram. – O
período mais tenebroso do Papado, amos 904-963 ficou conhecido como
"PORNOCRACIA OU DOMÍNIO DAS MERETRIZES."- Ainda hoje é um constante na
imprensa secular os escândalos e deslizes morais entre eles.
O papa João XI era filho ilegítimo de Marózia, amante do papa Sergio III, ano 941. – O
papa João XII, ano 955, violava virgens, viúvas e conviveu com a amante de seu pai: fez
do palácio papal um bordel, e, foi morto num ato de adultério, pelo marido da mulher
que violava.
O Papa João XXIII ano 1410, (não confundir com o João XXIII mais recente),
foi o pior deles. Mulheres casadas foram alvo de seus galanteios; mais de 200
freiras e donzelas foram violadas por esse papa.
Pio II, ano 1458, além de sedutor foi corrupto, ensinava os jovens a praticar atos
obscenos. Logo depois surgiu o papa Inocêncio VIII, ano 1484-92, que teve 16
filhos com mulheres casadas.
O papa mais devasso foi Alexandre VI 1492-1503, teve filhos legítimos e foi amante da
sua própria filha Lucrécia Bórgia; também foi amante da irmã de um Cardeal, que se
tornou o papa seguinte, Pio III, ano 1503.
Quem for visitar o Vaticano hoje em dia, poderá dar uma olhada nos aposentos
do Papa Alexandre VI em exposição, uma raridade. – Horresco reférens....
O papa Leão X, anos 1518-21 era rico. Comprou sua posição na igreja. Com apenas 8
anos de idade já era Arcebispo e 13, Cardeal. Manteve uma corte licenciosa e com seus
Cardeais praticava "Passatempos voluptuosos" em deslumbrantes palácios. – Foi esse
papa que Lutero enfrentou.
bispo de Orleans, referindo-se aos papas João II, Leão VIII e Bonifácio VII,
chamou-os de "Monstros cheirando imundícias."
papa Marcelo II, ano 1555, registrou em sua biografia: "Não sei como um papa
poderá escapar do inferno."(Vita del Marcelo, página 132)
Santo Ulrico, bispo de Augsburgo, contou que o papa Gregório VII, anos 1703-85,
ordenara que se esvaziasse um aquário num convento de Monjas em Roma e
encontraram 6.000 esqueletos de bebês. Diante desse horror, esse papa aboliu o
Celibato, mas seus sucessores restabeleceram-no. – Noutro convento em Niuberg,
Áustria, desenterraram 20 potes de barro com esqueletos de recém-nascidos.
Pio IV redigiu uma bula pedindo que todas "as mulheres violadas pelos padres
apresentassem acusação; os casos foram tantos ‘só em Sevilla, Espanha, que
suspenderam os processos. (Conv. De Mesa nr. DCCLXII e CHINIQUI, expadre).
Presentemente o Vaticano reembolsa despesas com pílulas anti-concepcionais
de seus funcionários. (Estado de São Paulo, 23.03.83)
19
Nenhuma Igreja Evangélica qualificou a corrupção no Catolicismo em
linguagem tão dura como fizeram ilustres e iminentes Católicos:
SÃO BERNARDO, doutor da igreja e canonizado, escreveu que em seus dias
"O contágio pútrido havia se estendido pelo corpo da igreja; o mal era interno e
não podia ser curado."(Roma, a Igreja e o Anticristo, pág. 179)
PETRARCA, poeta da renascença, anos 1340-74, escreveu coisa semelhante na
sua Epístola nr. XII: Igreja de Roma, Babilônia infernal que impestia o mundo
inteiro; cárcere indecente...onde nada é sagrado, nenhum temor de Deus,
habitação de gente que tem peitos de ferro, ânimo de pedra e vísceras de fogo...
"DANTE na "Divina Comédia", supôs uma voz do céu lamentando a situação da
Igreja Católica que dizia: "Oh. Nave minha, que carga ruim tu levas."
19 – A Benção Papal
AS BENÇÃOS DIVINAS trazem êxito, solução de problemas, vitórias e proteção, mas
as bençãos dos papas são suspeitas.
VEJA ALGUNS REGISTROS:
Papa abençoou Carlota de Bourbon quando voltou à Roma; antes dela sair do
Vaticano enlouqueceu sem causa aparente.
Imperador Maximiliano, do México, foi abençoado pelo Papa e em Queretário
foi fuzilado; e a Imperatriz do Brasil quebrou a perna, logo depois de uma
benção Papal.
Exército Francês, recebeu em 1870 a benção do Papa, para ganhar uma grande
batalha, mas foi completamente derrotado.
Príncipe Napoleão IV ao viajar para Zululândia também recebeu a benção Papal;
de lá só voltou seu cadáver...
O Papa Bento XV deu solenemente sua benção ao Duque Francisco Fernando, da
Áustria, então começaram seus problemas; não houve na Europa, soberano mais infeliz.
– Foi um dos causadores da grande guerra e perdeu o trono.
arcebispo do Peru morreu 43 dias depois da benção do papa, com um cálice
envenenado em Vierns Sanctos.
Os navios Santa Maria e América receberam a benção do papa; no primeiro
viajava 11 freiras, ambos naufragaram com perda total (24-12-71).
Foi depois da famosa benção "Urbi et Orbi" que o Papado perdeu o domínio
sobre Roma, foi a maior perda que o Catolicismo já sofreu.
No nosso 4º Centenário, o Brasil foi abençoado pelo papa; os bancos do Rio
faliram, houve desemprego e até suicídios.
Em 1905 volta o Papa a nos dar sua benção, então tivemos pragas de gafanhotos
e catástrofe do Aquidabã.
Campos Salles e sua família receberam uma benção do Papa que "valia para
três gerações.". Em poucos dias seu irmão foi assassinado.
Afonso Penna também andou buscando a benção do Papa, o pobrezinho morreu
logo depois...
Dr. Tancredo Neves, eleito presidente, foi a Roma e recebeu a benção do Papa; depois
saindo de uma igreja em Minas Gerais disse: "Recebí a benção da Nossa Senhora,
20
agora posso governar o Brasil."- A benção do Papa não ajudou, a imagem falhou e
Tancredo não subiu a rampa do Palácio. – É preciso que as autoridades do nosso país
dirijam suas preces ao Deus vivo, esquecendo a idolatria do Catolicismo Romano.
As bençãos dependem dos céus e só devem ser ministradas quando há autenticidade
espiritual e isso não se consegue por governar uma grande religião ou por direitos
canônicos.
O Papa João Paulo esteve no Brasil, afável e simpático, beijou nosso solo,
conseguiu um feriado para a "Padroeira" e nos deu sua benção.
Antes não tivesse feito; começaram nossas desgraças.
A benção do papa de nada valeu., a imagem da padroeira cega, surda e muda não
ajudou, o Fundo Monetário Internacional caiu sobre nós, a inflação galopou, a
política entrou em descompasso e no alto escalão do governo enfermidades e
enfartos atingiram vários ministros, inclusive o Presidente da República.
No Ceará a terra tremeu, no Amazonas houve naufrágios com mais de mil
mortos, no nordeste secas nunca vistas e no sul as enchentes cobriram as
cidades.
O Brasil não deve fomentar a idolatria, ela rouba a devoção que devemos a
Deus, pois segundo as Escrituras Sagradas, "Deus não reparte Sua glória com as
imagens de escultura" (Isaías 42:8)
Não se pode atribuir todos esses acontecimentos às bençãos dos papas, mas verifica-se
que são inócuas; pensando bem, até que seria bom evitá-las, porque "Certas bençãos
transformam-se em maldições."(Malaquias 2:2)
No século XVI ocorreu a tão conhecida reforma protestante que é sempre
lembrada no dia 31 de outubro por ser a data que Lutero em 1517 d.C. colocou suas
95 teses (vide anexo) na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Essas teses
combatiam principalmente a compra de indulgências. Segundo Earle E. Cairns: “A
indulgência era um documento que se adquiria por uma importância em dinheiro e que
livrava aquele que a comprasse da pena do pecado”.O pecador deveria arrependendo-se,
confessar o seu pecado ao sacerdote, e ainda pagar uma certa quantia para assim obter o
perdão, tratando desta forma o sacrifício na cruz como nada. Lutero combateu isto com
veemência baseando-se em Romanos 1:17, ensinando que só a fé em Cristo justifica.
Com a reforma a Bíblia foi traduzida para a língua do povo. Antes a Bíblia era negada
ao povo sob a desculpa que só o sacerdote podia interpretá-la corretamente. A
supremacia da Bíblia em todas as questões de fé e prática foi enfatizada (sola scriptura)
assim combatendo a idéia que a tradição e as interpretações dos clérigos seriam o
mesmo valor que as Escrituras.
21
Lorraine Boettiner escreveu: “O protestantismo como surgiu no século dezesseis
não foi o começo de alguma coisa nova, mas o retorno ao cristianismo bíblico e à
simplicidade da igreja apostólica da qual a igreja católica se afastou há muito tempo”.
A INQUISIÇÃO
Airton Evangelista da Costa
As dificuldades enfrentadas pela Igreja de Cristo através dos séculos devem ser
conhecidas por todos os cristãos. Os católicos precisam conhecer a história negra de sua
igreja. Os evangélicos não devem esquecer os heróis da fé, os homens que, com
ousadia, romperam com as tradições, com o poder eclesiástico de sua época, e ajudaram
na implantação de uma igreja reformada, livre do poder papal, submissa a Jesus, e
tendo a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática.
A lista dos mártires e perseguidos parece não ter fim. A Igreja Católica estava
disposta a vigiar e manter sob seu domínio todo o universo do pensamento humano.
Qualquer um que ousasse defender suas idéias - científicas, religiosas, ou em qualquer
área -, em desacordo com a interpretação do Vaticano, era considerado um herético, e,
por isso, por esse crime, julgado e condenado. Era quase impossível aos hereges se
livrarem da tortura e da fogueira.
INQUISIÇÃO: SIGNIFICADO E OBJETIVO
Também chamada de Santo Ofício, INQUISIÇÃO era a designação dada a um
tribunal eclesiástico, vigente na Idade Média e começos dos tempos modernos. Esse
Tribunal, instituído pela Igreja Católica Romana, tinha por meta prioritária julgar e
condenar os hereges. A palavra "herege" significa aquele que escolhe, que professa
doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja como sendo matéria de fé. Então,
todos os que se rebelavam contra a autoridade papal ou faziam qualquer espécie de
crítica à Igreja de Roma eram considerados hereges.
INQUISIÇÃO é o ato de INQUIRIR: indagar, investigar, pesquisar, perguntar,
interrogar judicialmente. Os hereges seriam os "irmãos separados", os "protestante", os
"crentes", os "evangélicos" de hoje.
Em suma, a INQUISIÇÃO foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade
de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Da Enciclopédia BARSA, vol 7,
pags. 286-287 extraímos o seguinte: " Heresia, no sentido geral é uma
atitude, crença ou doutrina, nascida de uma escolha pessoal, em oposição a um sistema
comumente aceito e acatado. É uma opinião firmemente defendida contra uma
22
doutrina estabelecida. A Igreja Católica, no seu Direito Canônico, estabelece uma
distinção entre heresia, apostasia e cisma. Assim diz este documento:
"Depois de recebido o batismo, se alguém, conservando o nome de cristão, nega
algumas das verdades que se devem crer com fé divina e católica ou dela
duvida, é HEREGE. Se afasta-se totalmente da fé cristã, é APÓSTATA. Se
recusa submeter-se ao Sumo Pontífice (o Papa) ou tratar com os membros da
Igreja aos quais está sujeito, é CISMÁTICO" (Direito Canônico 1.325, párag.
2).
Então, por esse raciocínio e decreto de Roma, os milhões de crentes no mundo
são hereges e cismáticos porque negam muitas das "verdades" da fé católica, não se
submetem ao Sumo Pontífice, e só reconhecem Jesus Cristo como autoridade máxima
da Igreja. De acordo com o que foi noticiado em janeiro/98 pelos jornais, a Igreja
Católica Romana resolveu abrir os arquivos do Santo Ofício ou Inquisição, colocandoos
à disposição dos pesquisadores. Nesses arquivos constam 4.500 obras sob fatos e
julgamentos de quatro séculos da Igreja Católica, conforme noticiado. A abertura
desses processos é de muita valia para os pesquisadores, historiadores e interessados
em conhecer um pouco mais do passado negro da Igreja de Roma. Nem por isso a
humanidade deixou de conhecer as crueldades, as chacinas, o extermínio, as torturas
que tiraram a vida de milhões de hereges. Os arquivos do Vaticano vão mostrar,
certamente, com mais detalhes, como foram conduzidos os processos sumários e quais
os métodos usados para obter confissões e retratações. Todavia, a guarda a sete
chaves dessas informações não impediu que o mundo tomasse conhecimento dos
crimes cometidos pelos tribunais inquisitórios. A História não pode ser apagada.
O INÍCIO DAS PERSEGUIÇÕES
Embora a Inquisição tenha alcançado seu apogeu no século XIII, suas origens
remontam ao século IV:
O herege espanhol Prisciliano foi condenado à morte pelos bispos espanhóis
no ano de 1385; no século X muitos casos de execuções de hereges, na fogueira ou por
estrangulamento; em 1198 o Papa Inocêncio III liderou uma cruzada contra os
"ALBIGENSES" (hereges do sul da França), com execuções em massa; em 1229, no
Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício,
sob a liderança do Papa Gregório IX; em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o
documento intitulado "AD EXSTIRPANDA", em que vociferou: "os hereges devem
ser esmagados como serpentes venenosas". Este documento foi fundamental na
execução do diabólico plano de exterminar os hereges. As autoridades civis, sob a
ameaça de excomunhão no caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. O
"AD EXSTIRPANDA" foi renovado ou reforçado por vários papas, nos anos
seguintes:
Alexandre IV
(1254-1261); Clemente IV (1265-1268), Nicolau IV
(1288-1292); Bonifácio VIII (1294-1303) e outros.
Inocêncio IV autorizou o uso da tortura.
23
OS MÉTODOS DE TORTURA
No seu "Livro das Sentenças da Inquisição" (Liber Sententiarum Inquisitionis)
o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), "um dos mais
completos teóricos da Inquisição", descreveu vários métodos para obter confissões dos
acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro".
Usava-se, dentre outros, os seguintes processos de tortura: a manjedoura, para
deslocar as juntas do corpo; arrancar unhas; ferro em brasa sob várias partes do corpo;
rolar o corpo sobre lâminas afiadas; uso das "Botas Espanholas" para esmagar as
pernas e os pés; a Virgem de Ferro: um pequeno compartimento em forma humana,
aparelhado com facas, que, ao ser fechado, dilacerava o corpo da vítima; suspensão
violenta do corpo, amarrado pelos pés, provocando deslocamento das juntas; chumbo
derretido no ouvido e na boca; arrancar os olhos; açoites com crueldade; forçar os
hereges a pular de abismos, para cima de paus pontiagudos; engolir pedaços do
próprio corpo, excrementos e urina; a "roda do despedaçamento funcionou na
Inglaterra, Holanda e Alemanha, e destinava-se a triturar os corpos dos hereges; o
"balcão de estiramento" era usado para desmembrar o corpo das vítimas; o
"esmaga cabeça" era a máquina usada para esmagar lentamente a cabeça do
condenado, e outras formas de tortura.
Com a promessa de irem diretamente para o Céu, sem passagem pelo
purgatório, muitos homens eram exortados pelos inquisidores para guerrearem contra
os hereges. No ano de 1209, em Beziers (França), 60 mil foram martirizados; dois
anos depois, em Lauvau (França), o governador foi enforcado, sua mulher apedrejada e
400 pessoas queimadas vivas. A carnificina se espalhou por outras cidades e
milhares foram mortos. Conta-se que num só dia 100.000 hereges foram vitimados.
Depois de acusados, os hereges tinham pouca chance de sobrevivência. Geralmente as
vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até
crianças.
O processo era sumário. Ou seja: rápido, sem formalidades, sem direito de
defesa. Ao réu a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar
o domínio e a autoridade da Igreja Católica Romana. Os direitos de liberdade e de
livre escolha não eram respeitados. A Igreja de Roma, sob o pretexto de que detinha as
chaves dos céus e do inferno e poderes para livrar as almas do purgatório e perdoar
pecados,pretendia ser UNIVERSAL, dominar as nações mediante pressão sob seus
governantes e estabelecer seus domínios por todo o Planeta.
CRUELDADE E MATANÇA
A seguir, um relato sucinto do extermínio de hereges. A matança dos valdenses -
Um dos primeiros grupos organizados a serem atormentados foram os valdenses.
Valdenses eram chamados "os membros da seita, também chamada Pobres de Lião,
fundada pelo mercador Pedro Valdo por volta de 1170, na França. Inspirada na
pobreza evangélica, repudiava a riqueza da Igreja Católica". O grupo organizado por
Pedro Valdo, um rico comerciante, cria que todos os homens tinham o direito de
24
possuir a Bíblia traduzida na sua própria língua. Acreditavam, também, que a Bíblia era
a autoridade final para a fé e para a vida. Os valdenses se vestiam com simplicidade -
contrapondo-se à luxúria dos sacerdotes católicos - , ministravam a Ceia do Senhor e o
Batismo, e ordenavam leigos para a pregação e ministração dos sacramentos. "O
grupo tinha seu próprio clero, com bispos, sacerdotes e diáconos". Tal liberdade não era
admitida pela Igreja Católica porque não havia submissão ao Papa e aos seus ensinos.
Os valdenses possuíam a Bíblia traduzida na sua língua materna, o que facilitou a
pregação da Palavra. Outros grupos sucumbiram diante das ameaças e castigos impostos
pelos romanistas. Os valdenses, todavia, resistiram. Na escuridão das cavernas, cada
versículo era copiado, lido e ensinado. Na Bíblia encontraram a Luz - uma luz forte que
inunda corpo, alma e espírito... uma luz chamada Jesus. Os valdenses foram,
certamente, os primeiros a se organizarem como igreja, formar seu próprio clero e
enviar missionários para outras regiões na França e Itália. Tudo com muito sacrifício e
sob implacável perseguição. Essa liberdade de ação motivou os líderes romanos a
adotarem medidas duras contra a "seita". Uma bula papal classificou os valdenses como
hereges e, como tal, condenados à morte. A única acusação contra eles era a de que
"tinham uma aparência de piedade e santidade que seduzia as ovelhas do
verdadeiro aprisco". Uma cruzada foi organizada contra esse povo santo. Como
incentivo, a Igreja prometia perdão de todos os pecados aos que matassem
um herege, "anulava todos os contratos feitos em favor deles (dos valdenses), proibia a
toda a pessoa dar-lhe qualquer auxílio, e era permitido se apossar de suas propriedades
por meio de violência". Não se sabe quantos valdenses morreram nas Cruzadas.
Sabemos, portanto, que esses obstinados cristãos fincaram os alicerces da Reforma que
viria séculos depois.
O Massacre De São Bartolomeu
Os católicos franceses apelidavam de "huguenotes" os protestantes. Uma
designação depreciativa. Já fomos tratados de huguenotes, hereges, heréticos,
protestantes, cristãos novos, irmãos separados, crentes, evangélicos, etc. Mas o Pai nos
chama de FILHOS.
O massacre de São Bartolomeu ou a Noite de São Bartolomeu ficou conhecido
como "a mais horrível entre as ações diabólicas de todos os séculos". Com a
concordância do Papa Gregório XIII, o rei da França, Carlos IX, eliminou em poucos
dias milhares de huguenotes. A matança iniciou-se na noite de 24.08.1572, em Paris, e
se estendeu a todas as cidades onde se encontravam protestantes.
Para comemorar e perpetuar na memória dos povos esse horrendo massacre,
por ordem do Papa Gregório XIII foi cunhada uma moeda, onde se via a figura de um
anjo com a espada numa mão e, na outra, uma cruz, diante de um grupo de
horrorizados huguenotes. Nessa moeda comemorativa lia-se a seguinte inscrição:
"UGONOTTORUM STANGES, 1572" ("A MATANÇA DOS
HUGUENOTES, 1572"). Em seu livro "OS PIORES ASSASSINOS E HEREGES
DA HISTÓRIA", o historiador e pesquisador cearense Jeovah Mendes, à pág. 238,
assim registra a fatídica Noite de S.Bartolomeu: "Papa Gregório XIII (Ugo
Buoncompagni) (1502-1585) - Em irreprimível ritmo acelerado recrudescia o ódio
contra os protestantes em rumo de um trágico desfecho.
25
O Massacre Dos Albigenses
Albigenses eram os nascidos na cidade de Albi, sul da França. Em 1198, por
iniciativa do Papa Inocêncio III, foram instituídos "Os Inquisidores da Fé contra os
Albigenses". Esses franceses foram considerados "hereges" porque seus
ensinos doutrinários não se alinhavam com os da Igreja de Roma. O extermínio
começou no ano de 1209 e se estendeu por 20 anos, quando milhares de albigenses
pereceram. Fala-se em mais de 20.000 mortos, entre homens, mulheres e crianças.
O Massacre Da Espanha
Tomás de Torquemada (1420-1498), espanhol, padre dominicano, nomeado para
cargo de grande-inquisidor pelo Papa Sisto IV, dirigiu as operações do Tribunal do
Santo Ofício durante 14 anos. "Celebrizou-se por seu fanatismo religioso e crueldade".
De mãos dadas com os reis católicos, promoveu a expulsão dos judeus da Espanha por
édito real de 31.03.1492, tendo estes o prazo reduzido de quatro meses para se
retirarem do país sem levar dinheiro, ouro ou prata. É acusado de haver condenado à
fogueira 10.220 pessoas, e cerca de 100.000 foram encarceradas, banidas ou perderam
haveres e fazendas. Tudo em nome da fé católica e da honra de Jesus Cristo.
O Massacre Dos Anabatistas
Grupo religioso iniciado na Inglaterra no século XVI, que defendia o batismo
somente de pessoa adulta. Por autorização do Papa Pio V (1566-1572), cem mil foram
exterminados.
O Massacre Em Portugal
Diante dos insistentes pedidos de D. João III, o Papa Paulo III introduziu, por
bula de 1536, o Tribunal do Santo Ofício em Portugal. As perseguições foram de tal
ordem que o comércio e a indústria na Espanha e em Portugal ficaram praticamente
paralisados. "As execuções públicas eram conhecidas como autos-de-fé. No
começo, funcionaram tribunais da Inquisição nas diversas dioceses de Portugal, mas
no século XVI ficaram apenas os de Lisboa, Coimbra e Évora. Depois, somente o da
capital do reino, presidido pelo inquisidor-geral. Até 1732, em Portugal, o número
de sentenciados atingiu 23.068, dos quais 1.554 condenados à morte. Na torre do
Tombo, em Lisboa, estão registrados mais de 36.000 processos". Daí porque os 4.500
processos constantes dos arquivos de terror do Vaticano - Os Arquivos do Santo Ofício
- recentemente liberados aos pesquisadores, não contam toda a história da desumana
Inquisição.
A Inquisição Em Cuba
Não havia parte nenhuma no mundo onde os protestantes ou hereges
estivessem livres para o exercício de sua fé. Partindo da Europa, muitos
procuraram refúgio nas Américas do Sul e Central, o "Novo Mundo". Mas para cá
também vieram os inquisidores. A inquisição em Cuba iniciou-se em 1516 sob o
comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que, com requintes de maldade,
eliminou setenta e cinco "hereges".
26
A Inquisição No Brasil
O padre Antônio Vieira (1608-1697), pregador missionário e diplomata,
defensor dos indígenas, considerado a maior figura intelectual luso-brasileira do séc.
17 foi condenado por heresia pelo Santo Ofício, e mantido em prisão por cerca de dois
anos. O brasileiro Antônio José da Silva, poeta e comediólogo, foi um dos supliciados
em autos-da-fé. A Inquisição se instalou no Brasil em três ocasiões: Em 09.06.1591,
na Bahia, por três anos; em Pernambuco, de 1593 a 1595; e novamente na
Bahia, em 1618. Há notícia de que no século XVIII Inquisição atuou no Brasil. Segundo
o jornal "Mensageiro da Paz", número 1334, de maio/1998, "cento e trinta e nove
"pessoas foram queimadas vivas, no Brasil, entre os anos de 1721 e 1777. Todos os que
confessavam não crer nos dogmas católicos eram sentenciados. De acordo com os dados
históricos, quase todos os cristãos-novos presos no Brasil pela Inquisição, durante o
século 18, eram brasileiros natos e pertenciam a todas as camadas sociais. Praticamente
a metade dos prisioneiros brasileiros cristãos-novos no século 18 era mulheres. Na
Paraíba, Guiomar Nunes foi condenada à morte na fogueira em um processo julgado em
Lisboa. A Inquisição interferiu profundamente na vida colonial brasileira durante
mais de dois séculos. Um dos exemplos dessa interferência era a perseguição aos
descendentes de judeus. Os que estavam nessa condição podiam ser punidos com a
morte, confisco dos bens e na melhor das hipóteses ficavam impedidos de assumir
cargos públicos". A matéria do Mensageiro da Paz foi assinada por Regina
Coeli. Do livro "BABILÔNIA: A RELIGIÃO DOS MISTÉRIOS" de Ralph Woodrow
- "As autoridades civis eram ordenadas pelos papas, sob pena de excomunhão,
a executarem as sentenças legais que condenavam os hereges impenitentes ao poste.
Deve-se notar que a excomunhão em si mesma não era uma coisa simples, pois, se a
pessoa excomungada não se livrasse da excomunhão dentro de um ano, passava a ser
considerada herética, e incorria em todas as penalidades que afetavam a heresia"
(pág. 110). "A intolerância religiosa que incitou a Inquisição, causou guerras que
envolveram cidades inteiras. Em 1209 a cidade de Beziers foi tomada por homens
que tinham recebido a promessa do papa de que entrando na cruzada contra os
hereges, eles (os assassinos), ao morrerem, passariam direto para o céu, desviando-se
do purgatório. Reporta-se que sessenta mil, nesta cidade, pereceram pela espada. Em
Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada
com pedras. Quatrocentas pessoas foram queimadas vivas em Lavaur. Os cruzados
assistiram à missa solene pela manhã, em seguida passaram a tomar outras cidades
da área. Neste cerco estima-se que cem mil albigenses (protestantes) caíram em um só
dia. Seus corpos foram amontoados e queimados. No massacre de Merindol,
quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Se
qualquer uma pulasse das janelas seria recebida na ponta de lanças. Mulheres foram
ostensiva e dolorosamente violentadas. Crianças assassinadas diante de seus pais.
Algumas pessoas eram lançadas de abismos ou arrancavam suas roupas e arrastavamnas
pelas ruas. Métodos semelhantes foram usados no massacre de Orange em 1562. O
exército italiano, enviado pelo Papa Pio IV, recebeu ordem e matar homens, mulheres
e crianças. A ordem foi seguida com terrível crueldade, sendo o povo exposto a
vergonha e tortura indescritíveis. Dez mil huguenotes (protestantes) foram mortos no
sangrento massacre em paris no "Dia de São Bartolomeu", em 1572". (págs. 113-114).
Enciclopédia BARSA, vol. 8, pág. 30-31, edição 1977 Em 1229, no Concílio de
Tolouse, criou-se oficialmente a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. A
partir deste momento, e sobretudo com o trabalho dos frades dominicanos, foi-se
precisando a legislação e jurisprudência da Inquisição. O processo era sumário.
27
O acusado podia ignorar o nome do acusador. Mulheres, crianças e escravos podiam
ser testemunhas na acusação, mas não na defesa. Num destes processos
consta o nome de uma testemunha de dez anos e idade. O padre dominicano Bernardo
Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), um dos mais completos teóricos da
Inquisição, enumerou, no seu Liber Sententiarum Inquisitionis ("Livro das
Sentenças da Inquisição"), vários processos para a boa obtenção de confissões,
inclusive pelo enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro."
Do livro "OS PIORES ASSASSINOS E HEREGES DA HISTÓRIA, DE CAIM A SADDAM
HUSSEIN, do cearense Jeovah Mendes, edição 1997, págs 249-250.
"Em toda a sua calamitosa história, a Igreja Católica nada mais tem feito que
perseguir o homem, sob o sofisma de agir em nome de Deus. Vejamos os morticínios
que ela levou a efeito: As cruzadas à Terra Santa custaram à humanidade o sacrifício
de dois milhões de vítimas; de Leão X a Clemente IX (papas) os sanguinários agentes
do catolicismo, que dominavam a França, a Holanda, a Alemanha, a Flandes
e a Inglaterra, realizaram a tenebrosa São Bartolomeu, de que já falamos, degolando,
massacrando, queimando mais de dois milhões de infiéis, enquanto a Companhia de
Jesus, obra do abominável Inácio de Loyola, cometia as maiores atrocidades,
chegando mesmo a envenenar o Papa Clemente XIV. O seu agente S. Francisco
Xavier, em missão no Japão, imolava cerca de quatrocentos mil nipônicos; as cruzadas
levadas a efeito entre os indígenas da América, segundo Las Casas, bispo
espanhol e testemunha ocular de perseguição e autos-de-fé, sacrificaram doze milhões
de seres em holocausto ao seu Deus; a guerra religiosa que se seguiu ao suplício do
Padre João Huss e Jerônimo de Praga, contou mais de cento e cinqüenta mil vidas
imoladas à Igreja Romana; no século XIV, o grande Cisma do Ocidente cobriu a
Europa de cadáveres, dado que nada menos de cinqüenta mil vidas foram o preço
cobrado pela ira papal; as cruzadas levadas a efeito a partir de Gregório VII
(papa), roubaram à Europa cerca de trezentos mil homens, assassinados com requintes
de selvageria; nas terras do Báltico, os frades cavaleiros, além de uma
devastação e pilhagem completa, ainda sacrificaram mais de cem mil vidas; a
imperatriz Teodora, dando cumprimento a uma penitência imposta pelo seu
confessor, fez massacrar cento e vinte mil maniqueus, no ano de 845; as disputas
religiosas entre iconoclastas e iconólatras devastaram muitas províncias, resultando
ainda no sacrifício de mais de sessenta mil cristãos degolados e queimados. A Santa
Inquisição, na sua longa e tenebrosa jornada, levou aos mais horrorosos suplícios,
inclusive às fogueiras, algumas centenas de milhares de pobres desgraçados; segundo
o Barão d´Holbach, a Igreja Católica Romana, pelos seus papas, bispos e padres, é a
responsável pelo sacrifício de cerca de dez milhões de vidas. Que mais é preciso
dizer"?
Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo
dos sacerdotes, dos padres, dos bispos e dos papas. Dentre as medidas para conter o
avanço da Palavra de Deus, estão as seguintes:
1) Em 1229, o Concílio de Tolouse (França), o mesmo que criou a diabólica
Inquisição, determinou: "Proibimos osleigos de possuírem o Velho e o Novo
Testamento...Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no
vernáculo popular. As casas, os maishumildes lugares de esconderijo, e mesmo os
28
retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser
inteiramente destruídos. Taishomens devem ser perseguidos e caçados nas florestas
ecavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido." (Concil. Tolosanum,
Papa Gregório IX, Anno Chr.1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio
quedecretou a Cruzada contra os albigenses. Em "Acts ofInquisition, Philip Van
Limborch, History of the Inquisition,cap. 08, temos a seguinte declaração conciliar:
"Essapeste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram
sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a
verdade do evangelho e fizeram um evangelho para seus próprios propósitos... (elas
sabem que) a pregação e explanação da Bíblia é absolutamente proibida aos
membros leigos".(grifo nosso).
2) No Concílio e Constança, em 1415, o santo Wycliffe, protestante, foi postumamente
condenado como "o pestilento canalha de abominável heresia, que inventou uma
nova tradução das Escrituras em sua língua materna".
3) O Papa Pio IX, em sua encíclica "Quanta cura", em 8 de dezembro de 1866, emitiu
uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele diz:
"Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas
devem ser destruídas através de todos os meios possíveis".
4) Em 1546 Roma decretou: "a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia". Esse dogma
está em voga até hoje, até porque existe o dogma da "infalibilidade papal". Ora, se
os dogmas, bulas, decretos papais e resoluções outras possuem autoridade igual à
das Sagradas Escrituras, os católicos não precisam buscar verdades na Palavra e
Deus.
5) O Papa Júlio III, preocupado com os rumos que sua Igreja estava tomando, ou seja,
perdendo prestígio e poder diante do número cada vez maior de "irmãos separados"
ou "'cristãos novos" ou "protestantes" (apesar dos massacres), convocou três bispos,
dos mais sábios, e lhes confiou a missão de estudarem com cuidado o problema e
apresentarem as sugestões cabíveis. Ao final dos estudos, aqueles bispos
apresentaram ao papa um documento intitulado "DIREÇÕES CONCERNENTES
AOS MÉTODOS ADEQUADOS A FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA". Tal
documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088,
vol. 2, págs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte:
"Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade,
deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a
atenção e cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho,
especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco
dele que se costuma ler na Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não devia
ser permitido a ninguém. Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco,
os interesses de Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais
interesses declinarão. Em suma, aquele livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro
tem levantado contra nós esses torvelinhos e tempestades, dos quais meramente
escapamos de ser totalmente destruídos. De fato, se alguém o examinar
cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a nossa doutrina é muitas
vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrária a ele; o que se o povo
souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio
29
geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande
cuidado, para não provocar tumultos" - Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 -
Vicentius De Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus.
6) Além de tentar tapar a boca de Deus algemando a Sua Palavra, a Igreja de Roma
modifica ou suprime trechos sagrados da Bíblia para justificar sua Tradição.
Daremos dois exemplos:
1) acatou o livro apócrifo de Macabeus dentre outros, admitindo-o como
divinamente inspirado, para justificar a oração pelos mortos.
2) suprimiu o SEGUNDO MANDAMENTO em seu Catecismo. No Catecismo
da Primeira Eucaristia, 12ª edição, Paulinas, São Paulo, 1975, à pág. 70, lêse:
Mandamentos da lei de Deus: 1) amar a Deus sobre todas as coisas; 2)
não tomar seu santo nome em vão; 3) guardar os domingos e festas; 4)
honrar pai e mãe; 5) não matar; 6) não pecar contra a castidade; 7) não furtar;
8) não levantar falso testemunho; 9) não desejar a mulher do próximo; 10)
não cobiçar as coisas alheias.
7) Os mandamentos de Deus estão no livro de Êxodo. No capítulo 20, versos 4 e 5
assim está escrito: "NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM
SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ EM CIMA DOS CÉUS, NEM EM
BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA. NÃO TE
ENCURVARÁS A ELAS NEM AS SERVIRÁS". Então, como se vê, a Igreja
Romana suprimiu do seu Catecismo o Segundo Mandamento. Isto é grave para
quem é temente a Deus. Muito grave. Por que suprimiu? Para que não houvesse o
confronto de suas práticas idólatras com a Palavra de Deus?
8) Todos esses maléficos expedientes usados para eliminar, alterar ou suprimir as
Sagradas Escrituras não conseguiram êxito. A Bíblia é o livro mais vendido e mais
lido em todo o mundo e está traduzido para quase 2.000 línguas e dialetos. Só no
Brasil são vendidos por ano mais de quatro milhões de bíblias, afora uns 150
milhões de livros com pequenos trechos (bíblias incompletas), Os reflexos desses
expedientes, ou seja, as tentativas de algemar a Palavra de Deus, ainda hoje são
sentidos. No Brasil são poucos os católicos que se dedicam à leitura da Bíblia,
embora os carismáticos estejam mais desenvolvidos no particular. Regra geral, se
contentam "com o pouco que lhes são oferecido na missa", e enquanto se contentam
com esse pouco (como sugeriram aqueles bispos ao papa, item 5 retro) continuam
errando. "ERRAIS, NÃO CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM PODER DE
DEUS". (Mateus 22.29)
O SANGUE DOS MÁRTIRES
Não se pode separar a Inquisição da Reforma, uma vez que as perseguições, e com elas
os inquisidores, surgiram em decorrência do protesto (advindo daí a alcunha de
protestantes) de homens inconformados com as doutrinas e práticas da Igreja de Roma,
cada vez mais se distanciando do Evangelho de Jesus Cristo. Wycliffe, John Huss,
Jerônimo e Lutero não se calaram diante da luxúria, da venda de indulgências, do jogo
de interesses e do baixo nível moral do clero romano. Esses "reformadores"
desejavam, em suma, criar condições favoráveis a que a Igreja Católica Romana
30
corrigisse seus erros. Apresentavam a Bíblia como única regra de fé e prática; Jesus
como único Sumo Sacerdote; defendiam a liberdade de a Bíblia ser traduzida na
língua de cada povo, de ser lida e interpretada por qualquer cristão; combatiam a
submissão dos governantes aos papas e a espoliação do povo através de cobrança de
impostos para os cofres de Roma. "Pelo pagamento de dinheiro à igreja, o povo
poderia livrar-se do pecado e igualmente libertar as almas de amigos falecidos que
estivessem confinadas às chamas atormentadoras. Por esses meios Roma encheu
os cofres e sustentou a magnificência, luxo e vícios dos pretensos representantes
dAquele que não tinha onde reclinar a cabeça". Em vez de considerar os protestos e
analisá-los à luz da Palavra de Deus, e proceder as mudanças internas cabíveis, Roma
preferiu partir para o ataque. Criou a Inquisição para exterminar os protestantes;
proibiu a leitura da Bíblia e sua tradução em outras línguas; classificou de heresia
qualquer ensino ou crença contrários à fé católica; sentenciou, torturou,
degolou, exterminou, excomungou, massacrou um número incalculável de santos.
"ENTÃO, VOS HÃO DE ENTREGAR PARA SERDES ATOR-MENTADOS E
MATAR-VOS-ÃO. E SEREIS ODI-ADOS DE TODAS AS GENTES POR CAUSA
DO MEU NOME" (Mateus 24.9).
Muitos pagaram com a vida pelo desejo de reformar. Alcançaram a vitória porque
resolveram enfrentar a poderosa Igreja de Roma, os inquisidores, a fogueira, a
excomunhão e toda a espécie de vexames; enfrentaram acusações e ameaças mas
não dobraram seus joelhos diante dos papas. Vejamos alguns exemplos.
JOHN WYCLIFFE (1320 - 1384)
Wycliffe, teólogo inglês, precursor da Reforma, pregava uma Igreja sem a
direção papal, era adversário das indulgências e combatia o excesso de bens materiais
dos clérigos. Foi doutor de Teologia, advogado eclesiástico a serviço da Coroa, e
tornou-se reitor de Lutterworth em 1374. Sua maior obra, contudo, foi a tradução das
Escrituras para o inglês. A partir daí a Palavra de Deus se fez conhecida na Inglaterra.
Ousado e destemido, Wycliffe atacou de forma brilhante o clero romano, acusando-o de
explorar o povo e os governantes com a venda de indulgências; de criar clima de
tensão e horror ao ameaçar os fiéis com excomunhão; de tentar conter a propagação da
Palavra ao proibir a leitura da Bíblia e a sua tradução para línguas conhecidas do
povo. Chamado a retratar-se por ocasião de uma enfermidade que muito o enfraqueceu,
disse: "Não hei de morrer, mas viver e denunciar novamente as más ações dos
frades". Tendo sido levado pela terceira vez ao tribunal eclesiástico, e
acusado de heresia, Wycliffe declarou:
"Com que julgais estar a contender? Com um ancião às bordas da sepultura? Não!
Estais a contender com a Verdade, Verdade que é mais forte do que vós e vos
vencerá". Deus livrou Wycliffe da fogueira: faleceu repentinamente após um
ataque de paralisia. Sua voz silenciou, mas sua fé em Jesus Cristo fez discípulos em
todo o mundo.
JOHN HUSS (1369 - 1415)
Divulgador das idéias do santo Wycliffe, natural da Boêmia, depois de completar o
curso superior ordenou-se sacerdote, havendo exercido o cargo de professor e mais
tarde de reitor da universidade de Praga. Huss, embora não estivesse de acordo com
31
todos os ensinos de Wycliffe, ficou bastante influenciado pelas idéias desse inglês, e
resolveu aprofundar-se mais no estudo da Bíblia. O segundo passo foi denunciar o
verdadeiro caráter do papado, o orgulho, a ambição e a corrupção da hierarquia.
Defendia a Bíblia como sendo a única regra de fé e prática do cristão, e ensinava que a
Palavra de Deus podia ser pregada por qualquer pessoa. Esse tipo de liberdade de
pensamento não era admitido pela todo-poderosa Igreja de Roma. O martírio do Santo
Huss se deu em 6 de julho de 1415, no mesmo dia de sua condenação. Naquele mesmo
dia o santo John Huss se encontrou com Jesus, no Paraíso.
JERÔNIMO DE PRAGA (1360 - 1416)
São Jerônimo, embora consciente do risco que corria, apresentou-se ao Concílio
de Constança (sudoeste da Alemanha), ano de 1414, para defender os ensinos do seu
amigo John Huss, e dar testemunho de sua fé. Logo após haver confirmado suas
idéias "heréticas", foi encarcerado numa masmorra, alimentado a pão e água. Doente,
debilitado e abandonado por amigos, cedeu à pressão dos inquisidores e declarou que
retornaria à fé católica. Ainda assim, retornou à prisão e lá permaneceu por trezentos e
quarenta dias. Durante esse tempo, refletiu sobre a sua fraqueza de fé e se sentiu
envergonhado de haver cedido. Verificou que não valia a pena negar as verdades
bíblicas para salvar a pele. Novamente perante o Concílio, Jerônimo falou: "Estou
pronto para morrer. Não recuarei diante dos tormentos que me estão preparados por
meus inimigos e falsas testemunhas, que um dia terão que prestar contas de
suas imposturas diante do grande Deus, a quem nada pode enganar. De todos os pecados
que cometi desde minha juventude, nenhum pesa tão gravemente em meu
espírito e me acusa tão pungente remorso, como aquele que cometi neste lugar
fatídico, quando aprovei a iníqua sentença dada contra Wycliffe e com o santo mártir
John Huss, meu mestre e amigo". E prosseguiu Jerônimo: "Confesso-o de todo o
coração e declaro com horror, que desgraçadamente fraquejei quando, por medo da
morte, condenei suas doutrinas. Portanto, suplico a Deus Todo-poderoso Se digne
perdoar meus pecados, e em particular este, O MAIS HEDIONDO DE
TODOS. Provai-me pelas escrituras que estou em erro, e o abjurarei. São as tradições
dos homens mais dignas de fé do que o Evangelho do nosso Salvador?" São
Jerônimo foi logo levado à fogueira. Quando as chamas começaram a queimar seu
corpo, orou ao Pai:
"Senhor, Pai Todo-poderoso, tem piedade de mim e perdoa os meus pecados; pois
sabes que sempre amei Tua verdade".
JOANA D'ARC (1412 - 1431)
Uma das milhares de vítimas dos autos-de-fé do Santo Ofício. Dizendo-se enviada por
Deus, ela desejou e conseguiu, embora parcialmente, livrar sua Pátria, a França, da
dominação inglesa. A "heroína da França" não se livrou das mãos dos inquisidores.
Por causa de suas ousadas atitudes, foi acusada de feiticeira, sortílega, bruxa, pseudoprofeta,
invocadora de espíritos malignos, idólatra maldita e amaldiçoada,
escandalosa, sediciosa, perturbadora da paz do País, incitadora de guerras, cruelmente
sequiosa de sangue humano, mentirosa, perniciosa, abusadora do povo, mágica,
supersticiosa, cruel, dissoluta, invocadora de diabos, apóstata, cismática e herege. Joana
d´Arc, vítima de uma traição, é feita prisioneira e entregue ao Tribunal da Inquisição
para julgamento espiritual. O inquérito é comandado pelo Bispo Messire Pierre
32
Cauchon, bispo de Beauvais, a quem coube intermediar o resgate da donzela por dez
mil escudos franceses, a fim de ser entregue ao Vigário Geral da Inquisição da Fé no
Reino de França. A alegação era a de que, por ela, "Deus tinha sido ofendido sem
medida, a Fé excessivamente afrontada, e a Igreja desonrada". O Tribunal da
Inquisição funcionava assim: se o réu reconhece a culpa, há esperança de ser
reconduzido ao rebanho de Deus, e será condenado à prisão perpétua; se não se
retrata, será torturado uma vez. Como a tortura não podia ser renovada, era
apenas "interrompida" no caso de desmaio. A nova sessão de tortura seria uma
continuação, e não uma nova tortura. Lembremos que o emprego da tortura foi
permitido pelo Papa Inocêncio III. Condenada a ser queimada viva como
relapsa, herética e feiticeira, Joana d´Arc foi supliciada publicamente na Praça do
Mercado Velho, em Rouen (França), em 30 de maio 1431. Por ato do Papa Bento V,
em 1920, a "maldita" donzela foi canonizada. Aos olhos da Igreja Católica ela, agora,
é uma santa. Aos olhos de Deus, ela sempre foi uma santa, a Santa Joana d'Arc.
MARTINHO LUTERO (1483 - 1546)
Considerado o fundador da doutrina protestante, o santo Lutero, de naturalidade alemã,
doutorou-se em Teologia pela Universidade de Wittenberg, e, por esse tempo, leu pela
primeira vez a Bíblia. Tendo sido tomado de um imenso desejo de ter uma comunhão
mais estreita com Deus, resolveu ser monge e entrou na Ordem dos Agostinianos,
no ano de 1505. Lutero levava uma vida de simplicidade, de jejum e orações. A
leitura da Bíblia lhe havia despertado a consciência. Foi tocado pela luz do
Evangelho e estava decidido em caminhar no Caminho chamado Jesus. Em 1510,
"esteve sete meses em Roma, a fim de tratar assuntos relacionados com a Ordem, e
voltou de lá impressionado com o que vira: luxo, pompa, casas suntuosas para os
monges que não raro de banqueteavam fartamente. E não apenas isso. Ele se encheu
de espanto ao ver a iniqüidade entre o clero, "gracejos imorais dos prelados,
profanidade durante a missa, desregramento e libertinagem". "Ninguém pode
imaginar", escreveu ele, "que pecados e ações infames se cometem em Roma... Se há
inferno, Roma está construída sobre ele". Ainda em Roma, quando fazia
penitência subindo de joelhos a "escada de Pilatos", ouviu uma voz dizendo: "O justo
viverá pela fé" (Rm 1.17). Entendeu, então, que os homens não podem alcançar a
salvação por suas obras. As penitências exigidas pelo clero romano não tinham
valor algum. Seu afastamento de Roma se tornou cada vez maior. Lutero se indignou
com a venda de indulgências. Pecados cometidos, ou os que porventura fossem
praticados no futuro, eram perdoados pela Igreja, bastando que o pecador
pagasse certa quantia. Lutero pregava que somente o arrependimento e a fé em Jesus
Cristo poderiam salvar o pecador. O destemido sacerdote resolveu tomar uma
atitude extrema. Afixou na porta da igreja de Wittenberg noventa e cinco teses contra
as indulgências. Com base na Bíblia, mostrava que o Papa nem qualquer homem pode
perdoar pecados. "Mostrava que a graça de Deus é livremente concedida a todos os
que O buscam com arrependimento e fé". Rapidamente os ensinos de Lutero se
espalharam pela Europa, e as verdades bíblicas começaram a se instalar nos
corações. "ASSIM SERÁ A PALAVRA QUE SAIR DA MINHA BOCA: ELA NÃO
VOLTARÁ PARA MIM VAZIA, MAS FARÁ O QUE ME APRAZ, E
PROSPERARÁ NAQUILO PARA QUE A ENVIEI" (Isaias 55.11). "Aquele que
deseja proclamar a verdade de Cristo ao mundo, deve esperar a morte a cada
momento". Com esse pensamento Lutero se dirigiu a Augsburgo, cidade
alemã, onde se defrontaria com os representantes do Papa Leão X. Convidado a
33
retratar-se, Lutero não se dobrou diante de ameaças e confirmou todas as verdades
que dissera em seus escritos. Não poderia renunciar à verdade. O prelado
inquisidor, cheio de ódio, disse-lhe:
"Retrate-se ou mandá-lo-ei a Roma".
Roma seria o fim do caminho, o caminho da morte, a morte na fogueira, tal qual
acontecera com seu amigo John Huss. Na madrugada do dia seguinte, estando a cidade
às escuras, Lutero conseguiu se evadir de Augsburgo contando, para isso, com a ajuda
de amigos. Escapou milagrosamente das mãos do representante papal que intentara
prendê-lo. Embora diante de tantas dificuldades, já classificado de herege,
excomungado e condenado, Lutero não diminuiu suas severas críticas ao papado e às
doutrinas romanas. Disse: "Estou lendo os decretos do pontífice e... não sei de
o papa é o próprio anticristo, ou seu apóstolo...". Enquanto isso os papas intensificavam
o negócio das indulgências. O Papa Alexandre VI, predecessor de Júlio II, foi quem
instituiu a venda de indulgências, pois precisava de dinheiro "para adornar com
diamantes e pérolas a filha Lucrécia Bórgia". Esse papa não só foi amante de
sua própria filha, a célebre Lucrécia Bórgia, como foi amante, também, da irmã de um
cardeal que se tornou o papa seguinte, Pio III, em 1503. Os papas Júlio II e Leão X,
por sua vez, apelaram para o rendoso comércio do perdão, aquele tendo em
mira a construção da Basílica de São Pedro e este para satisfazer seus gastos
supérfluos. Um dos encarregados da venda de indulgências, o frei João Tetzel, faziao
com voz forte nas feiras anuais, oferecendo a sua mercadoria. Dizia:
Assim que o dinheiro tilinta na caixa, a alma salta fora do purgatório. Ninguém mais
se importava em pecar e a moralidade estava em baixa. Se algum padre desejasse
impor alguma penitência, os fiéis apresentavam o documento comprovando a
"compra" do perdão divino. Enquanto a Igreja de Roma subtraía elevados
recursos financeiros ao povo, com heresias, superstições e ameaças, Lutero se
aprofundava no estudo da Bíblia. Declarava abertamente que não havia
distinção entre pecado mortal e pecado venial - como dizia o catolicismo - pois,
afirmava, "pecado é pecado, sem gradação, e qualquer pecado leva ao
inferno, pois afasta o pecador de Deus". Boa parte de seus sermões era
destinada a protestar contra o comércio das indulgências, dizendo que estas
eram inúteis.
E perguntava:
"Se o Papa pode libertar as almas do purgatório quando lhe dão dinheiro, por que não
esvazia de uma vez o purgatório?" Abrimos aqui um parêntese para perguntar: se as
missas de sétimo dia podem livrar as almas do purgatório, por que não se faz uma
única missa (um missão) em favor de todas as almas e as livra de uma só vez do
fogo purificador?
Martinho Lutero continuou derrubando uma a uma, com a Palavra, as doutrinas romanas. A um enviado
do Papa Leão X, que lhe propôs uma reconciliação e alegou, como argumento, a autoridade do Papa,
Lutero respondeu com firmeza: "Só na Bíblia e não no Papa reside a autoridade". E continuou:
"O próprio Cristo é o chefe da Igreja e não o Papa. Não lhe é permitido estabelecer um artigo de fé, sem
base bíblica. "O papa é soberano legítimo, não com direito divino, mas humano". No dia 15 de
junho de 1520, com a bula Exurge, o Papa Leão X "condenou quarenta e uma proposições de Lutero,
ameaçando-o de excomunhão, se não se retratasse dentro de sessenta dias". Essa bula condenava, em
suma, a liberdade de consciência. O historiador Schaff assim definiu o documento: "Podemos
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inferir daquele documento em que estado de servidão intelectual estaria o mundo atualmente, se o
poder de Roma houvesse conseguido esmagar a Reforma. Difícil será avaliar quanto devemos
a Martinho Lutero, no terreno da liberdade e do progresso..." Num gesto memorável de audácia,
destemor e ousadia, utero queimou a bula papal em praça pública a 10 de dezembro de 1520. Por
mais de uma vez Lutero compareceu diante dos emissários de Roma. Aconselhado a não se apresentar
em razão do risco que corria, Lutero respondeu: "Ainda que acendessem por todo o caminho de
Worms a Wittenberg uma fogueira... em nome do Senhor eu caminharia pelo meio dela; compareceria
perante eles... e confessaria o Senhor Jesus Cristo". Na presença do imperador Carlos V, da
Alemanha, de príncipes e delegados de Roma, que esperavam uma retratação do excomungado
herege, Lutero falou: "visto que vossa sereníssima majestade e vossas nobres altezas exigem de mim
resposta clara, simples e precisa, dar-vo-la-ei, e é esta: não posso submeter minha fé, quer ao papa, quer
aos concílios, porque é claro como o dia que eles têm freqüentemente errado e se contradito um ao
outro. A menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras... não posso retratar-me e
não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não
posso fazer outra coisa; queira Deus ajudar-me. Amém". As tentativas de
reconciliação do sacerdote Martinho Lutero com o papado, ou seja, os planos de fazê-lo
voltar ao aprisco de Roma fracassaram todos: "Consinto em que o imperador, os
príncipes e mesmo o mais obscuro cristão, examinem e julguem os meus livros; mas
sob uma condição: que tomem a Palavra de Deus como norma. Os homens nada têm a
fazer senão obedecer-lhe. No tocante à Palavra de Deus e à fé, todo cristão é juiz tão
bom como pode ser o próprio papa, embora apoiado por um milhão de concílios". O
Concílio em Worms não se deteve em examinar, pelas Escrituras, as verdades contidas
nos pronunciamentos e escritos de Lutero. "Deus não quer - dizia ele - que o homem se
submeta ao homem, pois tal submissão em assuntos espirituais é verdadeiro culto, e
este deve ser prestado unicamente ao Criador. Alertado de que estava proibido de
subir ao púlpito, recusou-se a obedecer:
"Nunca me comprometi a acorrentar a Palavra de Deus, nem o farei".
Lutero Livra-Se Da Fogueira
Tão logo expirasse o prazo de um salvo-conduto que o imperador lhe concedera,
Lutero, conforme resolução do Concílio, deveria ser preso, todos os seus escritos
destruídos; a ninguém era permitido dar-lhe comida ou bebida, e os seus
discípulos sofreriam igual condenação. Isto, em outras palavras, significava
FOGUEIRA. O plano de Deus era outro. Para livrá-lo da fogueira um grupo de
amigos "seqüestrou" a Lutero e o transportou, através da floresta, para o castelo de
Wartburgo, construído nas montanhas, e de difícil acesso. Lutero alguns anos depois
saiu daquele castelo e continuou fazendo discípulos e pregando o Evangelho da
salvação. A Reforma estava implantada. A Luz alcançava muitos países. Iluminou a
Europa, as Américas, a América do Sul, o Brasil... porque ninguém pode
algemar a Palavra de Deus.
GALILEU GALILEI (1564 - 1642)
Físico italiano, fez numerosas descobertas nos campos da Física e da Astronomia. Com
seu telescópio (luneta) descobriu as montanhas da Lua, os satélites de Júpiter, as
manchas solares, as fases de Vênus, os anéis de Saturno. Suas descobertas e
ensinos foram considerados uma heresia pelos censores romanos. Acabrunhado,
doente, preso em Roma, assinou sua retratação. Antes, os inquisidores lhe mostraram a
sala de tortura e os respectivos instrumentos. Combalido e ajoelhado diante
dos representantes do Papa Urbano VIII, leu e assinou sua retratação:
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"Eu, Galileu Galilei, tendo sido trazido pessoalmente ao julgamento e ajoelhando-me
diante de vós, Eminentíssimos e Reverendíssimos Cardeais, Inquisidores Gerais da
Comunidade Cristã Universal contra a depravação herética... juro que sempre
acreditei em cada artigo que a sagrada Igreja Católica, Apostólica de Roma, sustenta,
ensina e prega.. Mas porque este Sagrado Ofício ordenou-me que abandonasse
completamente a falsa opinião, a qual sustenta que o Sol é o centro do mundo e
imóvel, e proíbe abraçar, defender ou ensinar de qualquer modo a dita falsa doutrina...
com sinceridade abjuro, maldigo e detesto os ditos erros de heresia..."
A diabólica Inquisição não só condenou os ensinos de Galileu, mas também os de
Copérnico. O Tribunal Inquisitório assim se pronunciou:
"A tese de que o Sol é o centro do sistema e não se move ao redor da Terra, é néscia,
absurda, teologicamente falsa e herética, sendo frontalmente contrária às
Sagradas Escrituras..."
Galileu livrou-se da fogueira, mas passou vários meses sob prisão. Muito doente e
cego, veio a falecer no dia 8 de janeiro de 1642. E a Igreja de Roma acabava de
escrever mais um capítulo de terror em sua história. Em janeiro de 1998, o
Papa João Paulo II, formalizou o tardio pedido de perdão ao notável astrônomo
Galileu. Podemos imaginar quão constrangedor para esse notável homem foi
ajoelhar-se diante de uma corte devassa e negar anos e anos de estudo e observação.
Dizem que Galileu, antes de morrer, balbuciou: "a terra por si se move".
MÁRTIRES ANÔNIMOS
Wycliffe, Huss, Jerônimo e Lutero foram citados apenas como exemplo. O caminho da
fogueira foi trilhado por milhares e milhares de mártires anônimos, gente simples,
discípulos fervorosos, pessoas indefesas e pobres, homens, mulheres, jovens,
velhos e crianças, vítimas da sanha assassina dos representantes da poderosa Igreja
Católica Romana, que, aliada ao poder das armas, teve a pretensão de ser universal e de
impor suas doutrinas aos seus súditos. Mártires anônimos foram os albigenses e
os valdenses; mártir quase desconhecido foi Luís de Berquin, que, apaixonado pelo
Evangelho, foi estrangulado e queimado em 1529 sem tempo para dar uma última
palavra; mártires anônimos foram muitos franceses queimados vivos com requintes de
crueldade, sem direito a defesa. A todos esses homens de fé e de coragem, baluartes da
defesa das Sagradas Escrituras como única fonte de autoridade, a eles nossa
homenagem póstuma, nossa gratidão, nossa admiração pelo que fizeram em prol de
um cristianismo livre de heresias, de idolatria, de práticas pagãs.
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MARIDOLATRIA
Entre os inúmeros pontos de divergências que existem entre Católicos Romanos e
Evangélicos, um se destaca: Maria. Os católicos praticam a adoração à Maria, dando
um maior destaque à mesma do que a Cristo. Já os evangélicos a consideram como
um exemplo de vida cristã e humildade. Paulo deixou a advertência: “Pois mudaram a
verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador,
que é bendito eternamente. Amém.” (Rm 1.25) Maria é criatura. Cristo é Criador.
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam povos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades:
tudo foi criado para Ele e por Ele.” (Cl 1.16)
Veremos, neste estudo que as doutrinas católicas em relação à Maria carecem
totalmente de base nas Escrituras. São doutrinas criadas por homens influenciados
pelo paganismo. Adolfo Robleto escreveu bem:
“Os egípcios tinham sua deusa Ísis; os fenícios, sua Astarte; os caldeus, sua Semíramis;
os gregos, sua Ártemis; de maneira que o romanismo escolheu sua deusa feminina, e
Maria foi a mais adequada para o caso.”
A Mariolatria católica está sustentada no seguinte tripé:
1.ª) Imaculada Conceição de Maria,
2.ª) Perpétua virgindade de Maria
3.ª) Assunção de Maria.
Imaculada Conceição De Maria
Este dogma afirma que Maria nasceu sem pecado, ou seja, ela não herdou a mancha do
pecado original, e ainda se manteve sem pecado por toda a sua vida. Atribuem assim
à Maria um atributo divino – a impecabilidade. Maria não poderia pecar e nunca
pecou, segundo o catolicismo.
Este dogma só foi aceito oficialmente em 8 de dezembro de 1854, quando o papa Pio IX
proferiu o seguinte:
“Declaramos e definimos que a bem-aventurada virgem Maria desde o primeiro
momento de sua concepção, foi reservada imaculada de toda mancha do pecado
original, por graça singular e privilégio do Deus Onipotente, em virtude dos méritos
de Jesus Cristo, o Salvador da humanidade, e que esta doutrina foi revelada por Deus
e, portanto, deve ser firmemente e constantemente crida por todos os fiéis.” Com base
neste dogma, a Igreja Católica celebra a festa da Imaculada Conceição.
É interessante observar que nem Maria sabia dessa sua suposta imaculada conceição.
No seu cântico diz:
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“e o meu Espírito se alegra em Deus, meu Salvador.” (Lc 1.47). Só um pecador é que
necessita de um Salvador. Ela falou “...Deus meu Salvador”. Quando depois do
nascimento de Cristo, Maria levou as duas ofertas que a lei mandava, a oferta
queimada e a oferta pelo pecado. (Lc 2.22-24 e Lv 12.6-8). Mas se não tinha pecado,
para que levar as ofertas? Nas Escrituras, em nenhum momento, se afirma que Maria
não cometeu pecado. Pelo contrário: “Pois todos pecaram e destituídos da glória de
Deus.” (Rm 3.23); “Não há um justo, nem sequer um.” (Rm 3.10). Só Cristo é
identificado como o único sem pecado. “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez
pecado por nós: para que nele fossemos feitos justiça de Deus.” (II Co 5.21).
Os católicos gostam de usar o texto de Gn 3.15: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e
entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar”, para afirmar que Maria pisou a cabeça da serpente, ou seja, a cabeça do
Diabo. Quando a promessa fala que é a semente da mulher (Jesus Cristo) que pisaria
a cabeça da serpente. Veja Hb 2.14: “...para que pela morte aniquilasse o que tinha o
império da morte, isto é, o Diabo.” E I Jo 3.8: “...para isto o Filho de Deus se
manifestou: para desfazer as obras do diabo.” Fica claro que a promessa de Gn 3.15
refere-se a Cristo, e não à Maria. Cristo é o que pisaria a cabeça da serpente.
A Perpétua Virginda De Maria
O segundo pé de apoio à doutrina católica sobre Maria é a sua perpétua virgindade. Os
católicos afirmam que Maria, em toda sua vida, nunca conheceu sexualmente o seu
esposo José. Fica evidenciado, nas Escrituras, que até o nascimento de Jesus, Maria
foi virgem. Mas afirmar que ficou sempre assim é afirmar o que a Bíblia não afirma.
Em Mt 1.24 e 25 está escrito: “E José, despertando do sonho, fez como o anjo do
Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher: e não a conheceu até que deu à luz seu
filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.” Há dois aspectos interessantes nestes
versículos: 1º) O “...até...”; mostra que José conheceu sexualmente Maria depois do
nascimento de Cristo; e 2º) Jesus é chamado de primogênito, ou seja, Jesus é chamado
de o primeiro filho gerado por Maria, mostrando que Maria gerou outros filhos. Deus
chama Jesus de unigênito (Jo 3:16), ou seja, o único filho gerado. Fica claro que Jesus
é o único filho gerado por Deus e o primeiro filho entre os filhos de Maria.
Em diversas passagens vemos que Jesus teve irmãos e irmãs. “Não é este o carpinteiro,
filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui
conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.” (Mc 6.3). Veja também Mt 13.54-
56. Paulo chegou a afirmar que os irmãos do Senhor eram casados (I Co 9.5). Por sua
vez, os católicos crêem que quando se fala em irmãos, na verdade, está se referindo
aos primos de Cristo, e que estes são filhos de uma irmã de Maria. Os católicos
identificam três dos irmãos de Jesus com três dos discípulos que tinham os mesmos
nomes: Tiago, filho de Alfeu; Simão, o Zelote; e Judas, filho de Tiago (Lc 6.15 e
16). O que é um tremendo equívoco, porque as Escrituras sempre mostram diferenças
entre os discípulos e os irmãos do Senhor (Jo 2.12, Mt 12.46 e 47 e At 1.14) e a mais
clara diferença está em Jo 7.5: “Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.” Isto é
um cumprimento da profecia messiânica em Sl 69.8: “Tenho-me tornado como um
estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha
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mãe.” Como pessoas que eram os discípulos do Senhor não iriam crer no Senhor?
Mostra-se assim que estes discípulos não eram irmãos do Senhor.
Nas referências do N. T. sobre os irmãos de Cristo, a palavra grega que sempre é usada
é adelfoV, adelphos (irmão), nunca se usou sungeneV, sungenes (parente) ou
anhyioV, anepsiós (primos), palavra esta que Paulo usou em Cl 4.10 e que foi
traduzida corretamente como primo.
Os católicos estão indo contra a essência do casamento quando afirmam que Maria e
José nunca se conheceram sexualmente. A relação sexual no casamento é algo lícito e
aprovado por Deus. Além do mais os católicos consideram o casamento como um dos
sacramentos, caindo assim em contradição. Veja Gn 2.24: “Portanto deixará o varão o
seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Paulo
recomendou que a abstinência sexual entre o casal durasse pouco tempo, em I Co 7.5:
“Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo,
para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não
tente pela vossa incontinência.”
A Assunção De Maria
A teologia católica é uma verdadeira colcha de retalhos, um remendo leva a outro.
Como consideram que Maria foi concebida sem pecado, e ainda que viveu sem pecar,
chegaram a mirabolante conclusão que seu corpo na morte não experimentou a
decomposição e nem permaneceu na sepultura. “Um abismo chama outro abismo.”
Enquanto a profecia a respeito de Cristo diz: “Nem permitiras que o teu santo veja
corrupção” (Sl 16.11) com referências em At 2.27-32 e At 13.33-37, fala a respeito
do santo não ver a corrupção e nunca a uma santa não ver a corrupção.
Os católicos crêem que:
“No terceiro dia depois da morte de Maria, quando os apóstolos se reuniram ao redor
de sua sepultura, eles a encontraram vazia. O sagrado corpo fora levado para o
paraíso celestial. O próprio Jesus veio para levá-la até lá, toda a corte dos céus veio
para receber com hinos de triunfo a mãe do divino Senhor. Que coro de exultação!
Ouçam como eles cantam: Levantai-vos as vossas portas, ó príncipes, ó portas eternas
para que a Rainha da Glória possa entrar.” (descrição da tradição católica citada por
Lorraine Boettner).
É de deixar pasmo o fato da Igreja Católica criar um dogma sem nenhuma base nas
Escrituras. Nenhum dos apóstolos citam essa criação fraudulenta. Depois de At 1.14
há um profundo silêncio nas Escrituras a respeito de Maria, não se fala na morte e
muito menos na assunção de Maria. Como pode criar-se um dogma sem base nas
Escrituras? Um dogma que só foi elaborado em 1º de novembro de 1950 pelo mariólatra
Papa Pio XII. As Escrituras deixam claro que a glorificação dos santos só acontecerá
depois da volta de Cristo e não fala que Maria seria uma exceção. Veja I Co 15.20-
23:
“Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.
Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos
veio por um homem. Porque assim como todos morrem em Adão, assim também
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todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias,
depois os que são de Cristo na sua vinda.”
Os católicos ainda crêem que ao chegar aos céus Maria foi coroada “Rainha dos céus”.
Este título nunca foi dado à Maria nas Escrituras. Pelo contrário, a Bíblia condena este
título, que tinha sido dado a uma falsa deusa. “Os filhos apanham a lenha, e os pais
ascendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos
céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira.” (Jr 7.18) Veja
também Jr 44.17-23. Observamos que esse título mariano foi tirado de uma prática pagã
totalmente condenada pela Bíblia.
Ficher’s The Reformation. Lindsay’s History of The Reformation. Sanford’s Cyclopaedecia Religious
Knouledge. Peloubet’s Bible Dictionary. Creighton’s History Papaci. Hurst’s History of Christian Zeno’s
Compendium of Church History. Grande Enciclopedie Française. O Papa e o Concílio de Janus e Rui
Barbosa em dois volumes. Pochet Bible Handbook de Halley. Ceia e Missa do ex-padre Gióia Martins.
Cinqüenta Anos na Igreja Católica, ex-padre Chiniqui, Canadá. Roma, a Igreja e o Anticristo, Dr.
Ernesto L. de Oliveira. Noticiários de periódicos e textos da Bíblia Sagrada.
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GLOSSÁRIO
ABJURAR - Renunciar solenemente a uma crença ou religião.Desdizer-se ou retratarse.
ALBIGENSES - Membros de uma seita religiosa no sul da França, nos séc. XII e XIII.
Negavam a realidade da encarnação de Jesus Cristo e condenavam a procriação.
ANTIPAPAS - São considerados os falsos papas. Chefe de igrejas locais, geralmente
bispo, que pretendeu, por oposição ao Romano Pontífice, governar toda a Igreja
Católica. Hipólito foi o primeiro antipapa de 217 a 235, nascido em Roma, eleito pelo
povo.
APÓSTATA - Aquele que renuncia à fé cristã.
AUGSBURGO - Cidade da Alemanha.
AUTOS-DE-FÉ - Cerimônias em que se executavam as sentenças da Inquisição.
Passou a chamar-se assim, principalmente, o suplício dos penitentes pelo fogo.
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CLÉRIGO - Aquele que pertence à classe eclesiástica. Sacerdote cristão.
CLERO - A corporação dos sacerdotes. Classe eclesiástica.
CONCÍLIO - Reunião de bispos da Igreja Católica, convocados para estudar assuntos
de interesse eclesiástico.
CONSTANÇA - Cidade da Romênia.
CONTRA-REFORMA - Movimento restaurador iniciado pela Igreja Católica, com
vistas a superar as dificuldades surgidas com a Reforma. O Concílio de Trento (1545 -
1563) concretizou esses esforços.
CRUZADAS - Expedições militares de caráter religioso que se faziam na Idade
Média, contra hereges ou infiéis.
EXCOMUNGAR - Separar da Igreja Católica qualquer dos seus membros. Expulsar,
tornar maldito, condenar.
GUETO - Rua ou bairro onde são isoladas pessoas ou grupos por imposição
econômica, racial ou religiosa.
HEREGE - Pessoa que professa doutrina contrária ao que foi definida pela Igreja como
sendo matéria de fé. Eram chamados os que se opunham às doutrinas da Igreja
Romana.
HUGUENOTE - Designação depreciativa que os católicos franceses deram aos
protestantes, especialmente os calvinistas, e que estes adotaram.
ICONOCLASTA - Indivíduo que não reverencia imagens ou obras de arte. Que as
destrói.
ICONÓLATRA - Diz-se do indivíduo que adora ou venera imagens, ídolos ou obras
de arte.
IGNOMÍNIA - Grande desonra. Infâmia.
IMPETÉRRITO - Destemido, impávido, sem temor.
INCESTO - União sexual ilícita entre parentes consangüíneos, afins ou adotivos.
INDULGÊNCIA - Graça concedida pela Igreja Católica aos seus membros, perdoando
total ou parcialmente a pena devida a um pecado. Perdão de pecados. A venda de
indulgências pelo Papado foi a principal causa da Reforma.
INQUISIÇÃO - Nome dado a um tribunal eclesiástico criado oficialmente em 1229, no
Concílio de Toulouse, também chamado Tribunal do Santo Ofício, com poderes
para julgar, condenar à morte ou prender pessoas suspeitas de não professarem a fé
católica.
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INQUISIDOR - Juiz do Tribunal da Inquisição.
LUBRICIDADE - Qualidade de lúbrico: lascivo, sensual, devasso.
MANIQUEU - Adepto ou membro do maniqueísmo, seita que teve simpatizantes na
Índia, China, África, Itália e sul da Espanha, segundo a qual o Universo foi criado e é
dominado por dois princípios antagônicos e irredutíveis: Deus ou o bem absoluto, e o
mal absoluto ou o Diabo.
MÁRTIR - Pessoa que sofreu tormentos, torturas, perseguições ou a morte por sustentar
a fé cristã.
MONGE - Religioso que vive em mosteiros e está sujeito a uma regra comum.
NOITE DE SÃO BARTOLOMEU - Designação dada à matança de huguenotes que se
iniciou em Paris na noite de S. Bartolomeu (em 24 de agosto de 1572) e se
estendeu por toda a França, e até 3 de outubro daquele ano o número de mortos
elevou-se a 50.000.
PAPA - Título dado ao chefe da Igreja Católica Apostólica Romana. Também
chamado Sumo Pontífice Romano.
PROCESSO SUMÁRIO - Objetivo, resumido, sem formalidades, rápido, sem
apelação para a instância superior, sem direito a defesa.
PROTESTANTES - Nome dado aos partidários do protestantismo que, no séc. XVI,
compreendia uma crença contrária à fé católica e à autoridade suprema do papa.
REFORMA - Movimento religioso e político que, no princípio do séc. XVI, quebrou a
unidade católica, dividindoa Igreja em dois campos: o católico e o protestante.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Conflito iniciado no dia 1º de setembro de 1939 e
terminado em 2 de setembro de 1945. Iniciou-se com a invasão da polônia pelos
alemães. A Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha poucos dias
depois. A maioria dos países do mundo participou dessa guerra, inclusive o Brasil. O
conflito terminou com a derrota dos alemães.
SIMONIA - Tráfico de coisas sagradas ou espirituais, tais como sacramentos,
dignidades, benefícios espirituais.
SODOMIA - Relação sexual anal entre homem e mulher, ou entre homossexuais
masculinos.
SÚDITOS - Aqueles que estão submetidos à vontade e outra pessoa. Vassalos.
TE DEUM - Expressão de origem latina que significa "A ti Deus". Cântico da Igreja
Católica em ação de graças, que principia por essas palavras.
TOULOUSE - Cidade do sudoeste da França.
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VALDENSES - Nome pelo qual são conhecidos os membros de um grupo protestante
fundado na região francesa de Vaud (hoje cantão da Suíça), no séc. XII.
REFERÊNCIAS BIOGRÁFI-CAS
ALEXANDRE IV - Papa de 1254 a 1261. Autorizou a instalação do Tribunal
Inquisitório em França.
BONIFÁCIO VIII - Papa de 1294 a 1303. Sobre ele diz a The Catholic Encyclopedia:
"Dificilmente qualquer possível crime foi omitido - infidelidade, heresia, simonia,
grosseira e inatural imoralidade, idolatria, mágica, perda da Terra Santa, morte de
Celestino V, etc. Historiadores protestantes e até mesmo modernos escritores
católicos classificam-no entre os papas iníquos, como ambicioso, arrogante e
impiedoso, enganador e traiçoeiro. O poeta Dante visitou Roma e descreveu o
Vaticano como um "esgoto de corrupção". Uma das frases desse Papa: "Gozar e
deitar-me carnalmente com mulheres ou com meninos não é mais pecado do que
esfregar as mãos".
GALILEU GALILEI - (1564 - 1642) - Italiano nascido em Pisa. Introduziu o
método experimental como o mais importante dos métodos das ciências naturais. Fez
numerosas descobertas e invenções, a exemplo da luneta (mais tarde telescópio) com
que desvendou alguns mistérios dos astros. Defendeu a tese de que a Terra e os
demais planetas se moviam em torno do Sol, sendo este o centro do Sistema. A Igreja
Católica prestou um desserviço à Ciência ao julgar, condenar e prender um dos
mais fecundos investigadores da época.
GREGÓRIO XIII - Papa no período de 1572 a 1585. Aprovou a Cruzada contra os
huguenotes, cujo desfecho se deu a 24 de agosto de 1572, "Noite de S. Bartolomeu".
Como troféu, recebeu a cabeça de Gaspar de Coligny.
INOCÊNCIO III - Papa no período de 1198 a 1216. Autorizou a Cruzada contra os
albigenses, sul da França, em 1208.
JERÔNIMO DE PRAGA - Religioso tcheco, discípulo do reformador João Huss;
acusado de ataques às autoridades eclesiásticas, foi condenado à fogueira pelo
Concílio de Constança em 1416. Nasceu em 1360.
JOANA D´ARC - (1412 - 1431) - Heroína francesa também chamada a "Virgem de
Orleans". À frente de um pequeno exército que lhe confiara o Rei Carlos VII, venceu
aos ingleses em Orleans e Patay (1429). Considerada herética, foi condenada à
fogueira em 1431 e canonizada em 1920.
JOHN HUSS - Nascido em 1369 e queimado vivo na fogueira em 1415. Teólogo e
reformador religioso tcheco, natural de Husinec, Boêmia. Acusado de heresia e
condenado à morte por não abjurar suas idéias.
JOHN WYCLIFFE - Nasceu em 1320 e faleceu em 1384. Teólogo inglês, precursor da
Reforma, natural e Hipswell. Pregava uma Igreja sem a direção papal, era adversário
das indulgências e combatia o excesso de bens materiais dos clérigos. Suas doutrinas
foram condenadas no concílio de Constança.
JOSÉ JEOVAH MENDES - Nasceu em Itapiúna (Ce), a 24 de maio de 1955. Na
década de 60 ingressou na Escola Apostólica de Baturité - Ce, dos padres jesuítas, para
dar curso à sua vocação sacerdotal. Alguns anos depois desligou-se dessa Ordem e
ingressou no Convento dos Franciscanos, em Canindé (Ce), onde permaneceu até
1976. Autor do livro "OS PIORES ASSASSINOS E HEREGES DA HISTÓRIA", onde
faz duríssimas críticas à Igreja Católica Apostólica Romana.
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LEÃO X - Papa no período de 1513 a 1521. Nasceu em Florença (Itália). Excomungou
formalmente a Lutero em 1521. Seu nome civil: Giovanni de Médicis. Seus recursos
financeiros garantiram rápida ascensão na Igreja: aos oito anos de idade já era
arcebispo, e aos treze foi cardeal. A The Catholic Encyclopedia relata que Leão X
"entregou-se sem restrições aos divertimentos... possuído por um amor
insaciável ao prazer... gostava de dar banquetes e divertimentos caros, acompanhados
por orgia e bebedeira".
MARTINHO LUTERO - Nascido em 1483, natural de Eisleben, Saxônia, fundador
da doutrina protestante, em oposição ao catolicismo. Doutorou-se em Teologia pela
Universidade de Wittenberg. Em 1517 submeteu suas teses a debate. Em 1520 foi
excomungado como herege pelo Papa Leão X. faleceu em 1546.
TOMÁS DE TORQUEMADA - (1420 - 1498) - Sacerdote espanhol da Ordem dos
Dominicanos, inquisidor-geral da Espanha por muitos anos, responsável pela morte de
10.200 cristãos não católicos na fogueira, afora cerca de cem mil pessoas encarceradas
ou expulsas do país.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA - Bíblia de estudo pentecostal. Revista e corrigida. Sociedade Bíblica do
Brasil.
CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos. ENCICLOPÉDIA BARSA.
Enciclopaedia Britannica Ltda. 15 volumes, edição 1977.
MENDES, Jeovah. Os piores assassinos e hereges da história. 1997.
VIDAS ILUSTRES. Coleção - Volumes VI (os cientistas) e IX (líderes religiosos).
WHITE, Ellen G. O grande conflito. Edição condensada; Tradução de Hélio L.
Grellmann; 1992.
WOODROW, Ralph. Babilônia: a religião dos mistérios.
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