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Resposta Modulo III (icp instituto de pesquisa cristão)



CURSO DE TEOLOGIA – ICP

TEOLOGIA SISTEMÁTICA III



1- CITE TRES ENSINAMENTOS ERRADOS SOBRE O ESPÍRITO SANTO:

R: Judeus, eles crêem que o Espírito Santo é um outro nome para a atividade de Deus na terra.

Mórmons, o pensamento deles a respeito do Espírito Santo é que Ele é um Deus separado do Pai e do Filho. Ele é uma substância líquida pelo qual o Pai exerce sua influência.

Alcorão, a Bíblia Islâmica, se refere a Jesus como o Espírito de Deus. Os eruditos mulçumanos vêem o anjo Gabriel como o Espírito Santo.



2- O QUE PODEMOS ENTENDER SOBRE A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO?

R: Que Ele não é uma força impessoal, uma energia apenas, Ele é uma pessoa e possui as qualidades inerentes à personalidade, e que Ele desempenha as mesmas funções e um indivíduo, possui intelecto, emoção e vontade, isto prova sua personalidade.



3- CITE UM EXEMPLO QUE AUTENTIQUE A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO:

R: Quando José no Egito decifrou os sonhos de Faraó. “ acharíamos um homem como este em que haja o Espírito de Deus?” (Gn 41.38)



4- RELACIONE OS ATRIBUTOS DIVINOS DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO.

R: A.T – Sua presença é a presença de Deus – na obra da criação – na crianção do homem – na visão de Isaías – no acordo da nova aliança – na transmissão de poder sobrenatural de Josué – na transmissão do poder sobrenatural no período teocrático – transmitindo poder aos reis no início do governo monárquico – na mensagem dos profetas.

N.T – eternidade - onipotência – onisciência – o Espírito Santo regenera – Ele participou da ressurreição de Cristo – o apóstolo Pedro o chama de Espírito Santo de Deus.



5- QUAIS SÃO OS NOMES DIVINOS ATRIBUÍDOS AO ESPÍRITO SANTO? COMENTE SOBRE UM NOME:

R: Espírito de Deus – Espírito de adoção – Espírito Santo – Espírito da promessa – Espírito de verdade – Espírito da graça – Espírito de Cristo – Consolador.

CONSOLADOR: Quando Jesus estava para partir ensinava aos seus discípulos que Ele ia para o Pai, mas enviaria o Espírito Santo, o consolador.



6- QUAL É O OBJETIVO DE USAR SÍMBOLOS PARA EXPRESSAR A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO?

R: O objetivo é para compensar nossa limitação e os símbolos pode nos dar uma idéia de como de como o Espírito Santo age na história e na vida do ser humano e também devido à pobreza da linguagem humana.



7- COMENTE SOBRE O ESPÍRITO SANTO NA OBRA DA CRIAÇÃO:

R: Quando Deus começou a criar o mundo, o Espírito Santo começou a atuar para preservação de tudo o que Deus estava criando, como diz: o Espírito pairava sobre as águas. E também quando Deus dizia: “ façamos ...”, isto quer dizer que Ele não estava só, Jesus e o Espírito estavam com Ele no ato da crianção.



8- QUAL É A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRISTÃO NO PERÍODO DO NOVO TESTAMENTO?

R: É dar-lhe uma nova vida em santificação, em autoridade, consolação, eficiência e preparando-o para o ministério específico na igreja no exercício de funções.



9- COMO PODEMOS DEFINIR OS DONS DO ESPÍRITO SANTO?

R: Os dons do Espírito Santo são manifestado na vida do cristão da igreja primitiva conforme a posição tradicional e também nos dias atuais conforme a posição pentecostal que são dados através do poder do Espírito Santo



10- COMO OS PENTECOSTAIS CLASSIFICAM OS DONS?

R: Dons de revelação que são: o dom da palavra e da sabedoria – o dom da palavra do conhecimento – o dom de discernir os espíritos.

Dons de poder que são: dom da fé – dons de curar – dom de operação de maravilhas.

Dons de elocução que são: o dom de profecia – o dom de variedade de línguas – dom de interpretação das línguas.



11- COMO OS TRADICIONAIS CLASSIFICAM OS DONS?

R: Classificam como existente apenas no dia de pentecoste e para a igreja daquele tempo, foi um caso isolado, e o mais importante não foram as línguas e sim o revestimento de poder.

Sobre as línguas estranha é para que a grandeza do evangelho de Deus fosse anunciado, visto que existiam pessoas de várias localidade, isso para que eles entendessem o que Deus falava com eles.



12 EXPLIQUE O QUE É O FRUTO DO ESPÍRITO E POR QUE É INCORRETO O EMPREGO DA PALAVRA “FRUTOS” DO ESPÍRITO NO PLURAL.

R: Fruto do Espírito são as virtudes e manifestações do Espírito Santo na vida e na personalidade do cristão. É incorreto a expressão frutos porque as manifestações são únicas e totais fazendo assim com que o cristão seja completo com todas as virtudes, não ter apenas uma e sim todas.



13- COMENTE LIVREMENTE SOBRE A TEMPERANÇA:

R: A temperança é também chamada de domínio próprio, assim como o homem é dotado de livre arbítrio ele deve ser temperado em todas as suas ações, desejo, paixões e impulsos.



14- EM VISTA DO QUE ESTUDOU, ESCREVA, COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS, SOBRE O ESPÍRITO SANTO:

R:o Espírito Santo é aquele que nos fortalece, nos consola, nos guia pelo caminho correto, intercede por nós a Deus com gemidos inexprimíveis, é o que está selado para o dia de nossa redenção, será Ele quem nos levará ao encontro de Cristo nas nuvens dos céus.





BIBLIOLOGIA III



1- QUANDO FORAM FIXADOS OS LIVROS CÂNON DO NOVO TESTAMENTO E QUAIS OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A INCLUSÃO DOS TAIS LIVROS?

R: Somente no 4º século o Canon Sagrado foi fixado com os 27 livros, conforme temos hoje.

Os requisitos necessários para a inclusão dos livros do novo testamento,

foram :



1° Autoridade apostólica (Exceto Marcos que , conforme a tradição , escreveu seu evangelho sob a influência de Pedro, e Lucas, sob a influência de Paulo)

2° A ortodoxia (teologicamente correto)

3° A antiguidade do escrito.



2- EXPLIQUE O QUE SIGNIFICA SINÓPTICOS:

R: Vem do grego: synopsis que significa “ ver em conjunto”. Devido as semelhanças entre Mateus,Marcos e Lucas.



3- COMO OS QUATRO EVANGELISTAS APRESENTAM A PESSOA DE CRISTO NOS SEUS RESPECTIVOS EVANGELHOS?

R: Cada evangelista (ou historiador) enfocou o ministério e os acontecimentos de Jesus por um ângulo. É exatamente por isso algumas que algumas pessoas dizem que há contradições entre eles.



4- VISTO QUE MARCOS NÃO FOI APÓSTOLO DE CRISTO, POR QUE OS IRMÃOS PRIMITIVOS CONSIDERARAM O SEU ESCRITO COMO SENDO CANÔNICOS?

R: Tudo indica que Pedro tenha levado até Cristo e o fato de ele estar unido com Pedro lhe deu autoridade apostólica ,Parece que Marcos era jovem presente no jardim do Getsêmani (14.51,52 )

Vários estudiosos afirmam que o evangelho de Marcos tenha sido o primeiro a ser escrito. Provavelmente, foi elaborado entre 55 e 65 d.C. O local em que Marcos escrevera seu evangelho pode ter sido Roma.



5-COMO PODERIA SE CHAMAR O LIVRO DE ATOS? POR QUÊ?

Esse livro é denominado de Praxeis, ou seja, “Atos”. Era um título usado habitualmente na bibliografia grega, para resumir os feitos de homens notáveis. É importante notar que, do capitulo 1 ao 12, é evidente a presença do apóstolo Pedro, enquanto que, do capítulo 13 ao 28 se ocupa da vida de Paulo. E, no geral, Vários apóstolos e irmãos são mencionados, os quais foram os responsáveis pela propagação do evangelho do Cristo ressuscitado .(At. 1.8)



6- DIDATICAMENTE, COMO SE DIVIDEM AS EPÍSTOLAS DE PAULO?

R: Para efeitos didáticos,dividimos as epístolas em :


Pastorais (Escritas a indivíduos para o bom desenvolvimento ministerial, como 1 e 2 Timóteo, Tito e Filemom).


Eclesiásticas ( Dirigidas às igrejas especificadas . ROMANOS, 1º e 2°Coríntios,Hebreus Gálatas, Efésios,Filipenses,Colossenses e 1 e 2 Tessalonicenses,


E universais (Escritas às igrejas de uma forma generalizada – Tiago,1e 2 Pedro, 1,2 e 3 João )



7- COMO ERA SOCIALMENTE A CIDADE DE CORINTO? E O QUE A IGREJA ENFRENTAVA ALI?

R: Era pagã e enfrentava pressões e lutas externas. Tinha vários problemas internos precisando de solução. A epístola é conhecida por Pros Korinthiouns A, ou seja , “Primeira aos Coríntios ”.



8- POR QUE PAULO REPREENDEU O APÓSTOLO PEDRO EM ANTIOQUIA?

R: Pedro que deveria dar exemplo de liberdade em Cristo, ao visitar Paulo em Antioquia, parecia estar em comunhão com os gentios a ponto de comerem juntos. Mas, com a chegada de alguns irmãos de Jerusalém, Pedro se apartou dos gentios convertidos, o que lhe rendeu uma severa repreensão por parte de Paulo .



9- PARA QUEM FOI ESCRITA A CARTA DOS HEBREUS? POR QUE FOI ESCRITA E QUEM É SEU AUTOR?

R: Foi escrita para os judeus cristão que, tendo deixado o judaísmo, estavam sendo perseguidos por seus patrícios. A carta faz que os irmãos entendam que os velhos rituais do judaísmo não tinham mais necessidade,pois Cristo cumprira todo o propósito da leis.

Sobre a autoria: Alguns dediquem a autoria da epístola ao apóstolo Paulo, a obra permanece como um livro anônimo. Alguns atribuem a autoria a Barnabé; outros, a Lucas; e outros ainda, a Clemente.

Existe várias opiniões mas alguns preferem ficar no anonimato.

A linguagem do texto, no entanto, indica que foi escrita por Paulo, mas ninguém sabe ao certo.



10 – QUAL É O OBJETIVO DE PAULO AO ESCREVER A FILEMON?

R: Objetivo era fazer com que Filemon perdoasse à Onésimo, que quando era seu escravo o havia roubado, mas a partir do momento que Paulo o evangelizou, ele vivia uma nova vida, Paulo até se comprometeu em pagar a dívida de Onésimo à Filemon.



11- QUANTOS TIAGO HÁ NA BÍBLIA E QUAL DELES É PROVAVEL AUTOR DA EPÍSTOLA QUE LEVA O SEU NOME?

R: Quatro:


Tiago pai de Judas (não Iscariotes);


Tiago, filho de Alfeu;


Tiago, irmão de João e filho Zebedeu;


Tiago, irmão de Jesus.


A tradição aponta o Tiago, irmão de Jesus, como autor do livro.



12- QUAL É A DIFERENÇA ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA CARTA DE PEDRO?

R:

- A primeira foi escrita no período da perseguição de Nero aos cristãos, e a Segunda foi devido aos falsos mestres dentro das igrejas, e eles queriam suas saídas do meio do povo.



13- QUAL ERA INICIALMENTE A INTENÇÃO DE JUDAS AO ESCREVER SUA CARTA E POR QUE MUDOU DE PLANOS?

R: A intenção era escrever sobre a salvação em Cristo Jesus, e orientado por Deus mudou seu objetivo para a defesa da fé.

14- QUAIS SÃO OS CINCO PONTOS DE VISTA COM RELAÇÃO AO APOCALIPSE?

R: 1- Preterísta – 2-histórico – 3-futurista – 4-simbólico ou místico – 5-eclético



15- O QUE DEUS DISSE A CADA IGREJA DA ÁSIA? RELACIONE:

R: Igreja de Éfeso Deus diz que conhecia suas obras e seu esforço em rejeitar os falso apóstolos, mas que deveria voltar a praticar as primeiras obras.

Igreja de Esmirna o Senhor consola os crentes dizendo que conhecia suas obras.

Igreja de Pérgamo o conselho de Deus para que os irmãos abandonem os ensinamento de Balaão e dos nicolaitas.

Igreja de Tiatira Deus elogia os irmãos, mas também critica o fato de estarem praticando idolatria.

Igreja de Sardes a advertência do Senhor era para que os irmãos alertassem de sua condição, pois ainda estava vivos, estava mortos.

Igreja de Filadélfia Deus diz que reconhece todas as suas obras e promete guardá-la na hora da tentação.

Igreja de Laodicéia Deus diz que reconhece todas as suas obras e que todas as suas atitudes foram repudiadas pois os cristãos eram mornos.

















EVANGELISMO E MISSÕES – MÓDULO: III



1- O QUE SIGNIFICA MISSÕES?

R: Fazer Deus conhecido no mundo.



2- QUAL O CARÁTER E PROPÓSITO DA MENSAGEM BÍBLICA?

R: Como toda matéria teológica, Missiologia deve estar embasada na inerrante Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Ela é essencialmente um livro missionário, uma vez que deriva de um Deus que arde de paixão pelo homem, sua criatura.



3- QUAL O PALCO DA ATIVIDADE MISSIONÁRIA DA IGREJA?

R: O palco é o mundo, o nosso planeta terra, quando Deus criou o universo, criou também um lugar especial que serviria de palco para o grande espetáculo da salvação: a terra.



4- A QUEM DEVEMOS DIRIGIR A MENSAGEM REDENTORA DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO?

R: Ao homem que Deus criou.



5- ESCREVA AQUI CINCO VERSÍCULOS DO ANTIGO TESTAMENTO QUE DEMONSTRE A PREOCUPAÇÃO DE DEUS COM TODA TERRA.

R: Gn 12.1-3 – a chamada de Abraão e a promessa de Deus feita a ele em ser uma grande nação.

I Sm 17.45-46 – Davi em relação a Golias ( para que saibas que há Deus em Israel)

I Rs 8.43 - Salomão

Is 45.22 – Mensagem do profeta Isaías

Ml 1.11 - Profeta Malaquias



6- QUAL ERA O PROPÓSITO DE DEUS COM O POVO DE ISRAEL?

R: Deus chama Abraão, promete fazer dele uma grande nação e por meio desta grande nação todas as demais seriam alvo do seu amor. Esta era vocação de Israel : “Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei (...) e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

7- COMO E PORQUE A IGREJA SUBSTITUIU ISRAEL NO PAPEL DE EVANGELIZAÇÃO?

R. É a partir do ministério do Senhor Jesus da inicio a Evangelização do Mundo. O Senhor Jesus por meio dessas maravilhas, torna-se o modelo de missões para a igreja. Ele disse: “assim como o Pai me enviou,também eu vos envio a vós” (Jo20,21), ou seja, com o mesmo objetivo, com o mesmo propósito, com a mesma unção (Is.53; At 1,8)

O Senhor Jesus também comissiona sua Igreja para a mesma tarefa: evangelizar o mundo!!!

8- QUAIS SÃO AS IMPLICAÇÕES DA MORTE DE CRISTO PARA MISSÕES MUNDIAIS?

R. Testificar aos homens,apresentando -lhes a verdades do evangelho,ou boas novas,acerca de Jesus Cristo,nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada cristão.



9- COMO A IGREJA DEVE EXERCER SEU PAPEL NO PLANO MISSIONÁRIO DE DEUS?

R. Para igreja desempenhe no mundo o seu papel principal é necessário que ela compreenda claramente sua vocação.

Dando testemunhos da morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo.



10 – QUANDO, ONDE E COMO OS CRENTES DEVEM FAZER MISSÕES?

R. Todo instante, todo momento e em todos lugares do mundo.

11- MENCIONE ALGUMAS RAZÕES PELAS QUAIS DEIXAMOS DE CUMPRIR A VONTADE DE DEUS COM OS POVOS?

R. Devido as barreiras Geográficas , Barreiras sociais ,Barreiras étnicas



12- CITE ALGUNS EXEMPLOS DE ESTRATÉGIAS DE EVANGELIZAÇÃO:

R. Oração e jejum, pelo poder de Deus, Igreja santas com homens fieis desligados do dízimos , longe da falcatrua e politica podre.



HERMENÊUTICA - III



1- COMO PODEMOS DEFINIR HERMENÊUTICA?



R. A hermenêutica é a ciência que nos ensina as leis e os métodos para a interpretação das comunicações. Hermenêutica é uma palavra grega antiga derivada do nome Hermes, mensageiro dos deuses mitológicos gregos que entregava e interpretava mensagens “divinas’’aos mortais.

2- QUAL É A DIFERENÇA DE EXEGESE E A EISEGESE?



R. O termo exegese deriva-se de uma palavra grega que significa “conduzir para fora” e eisegese de um vocábulo que significa “conduzir para dentro”. Assim, a exegese é o processode ir até o texto a fim de determinar o seu sentido e “trazer para fora” a interpretação correta. Por outro lado, a eisegese ocorre quando a pessoa aborda o texto com preconceitos e torce a mensagem da Bíblia, extraindo dela um sentido que o estudante deseja de antemão. Resumindo: a exegese, ocorre se a aplicação provém genuinamente do texto e a eisegese se a aplicação é artificialmente imposta sobre o texto.

3- COMENTE BREVEMENTE AS PRINCIPAIS LEIS DA HERMENÊUTICA BÍBLICA:

R. Lei do contexto

Contexto é a parte que vem antes ou depois do texto. Diz-se que não se deve interpretar um texto sem o auxílio do contexto, para não se fazer um pretexto. Para entender a aplicação desta lei.

Lei do texto paralelo

Um texto deve ser auxiliado na sua interpretação utilizando o mesmo assunto que ocorre em outras partes das Escrituras Sagradas.

Lei da autoria do texto

Os diferentes autores da Bíblia viveram em tempos, culturas, situações sociais e regiões diferentes. Portanto, a forma de apresentação de um determinado texto para um povo, que vivia situações diferentes, deve ser comparado com outros em tempo ou forma remota.

Lei da interpretação do texto

A interpretação do texto é aquilo que a passagem quer dizer no tempo, no espaço e nas circunstâncias em que foram escritas. O literalismo busca o que o texto quer dizer (Jo 21.6) e o simbolismo busca o que a figura quer dizer (Ap 3.20).

Lei da aplicação do texto

Um mesmo texto pode ser aplicado a pessoas ou clãs vivendo em épocas ou situações geográficas diferentes (Cf. Mt 13.24-30).

Lei da implicação do texto

Num sentido filosófico, pode-se dizer que uma pessoa geme porque está doente. Nesta ilustração, encontramos a lei da implicação — a manifestação patente (explícita) do latente (implícito).



4- EXPLIQUE A DISTINÇÃO ENTRE AS FORMAS FUNDAMENTAIS DE REVELAÇÃO DE DEUS:



R.




) Deus deu sua revelação em partes, em formas de naturalidades históricas.


) Deus demonstrou a sua vontade por meio de escritos didáticos ou discursos, como contemplamos no Pentateuco, mediante os discursos de Moisés, e no Novo Testamento por meio das parábolas e discursos de Jesus.


) Deus nos fez conhecer os mistérios de seu reino por intermédio das profecias, que interpretam os caminhos divinos no passado, revela sua vontade no presente e nos dá uma visão gloriosa para o futuro.


) Deus também se revelou por meio da poesia, na qual é possível ouvir os sons ritmados da poderosa orquestra celestial, saciando os gritos ansiosos da alma humana.

Por último, ainda temos de considerar a distinção entre os vários livros da Bíblia. O Espírito Santo usou profetas e apóstolos, com suas características pessoais, seus conhecimentos e talentos naturais, e, de modo orgânico, suscitou naturalmente uma grande diversidade.



5- QUAIS SÃO AS NECESSIDADES BÁSICAS DO INTÉRPRETE DA BÍBLIA?





R.A leitura e a interpretação das Sagradas Escrituras não devem ser

procedidas de qualquer forma.

Vejamos os principais pré-requisitos:

Ser convertido a Jesus Cristo e levar uma vida consagrada

Alcançar uma maturidade progressiva no desempenho dos trabalhos do Senhor.

Ter o Espírito Santo como o mestre por excelência na busca de poder e conhecimento da Palavra de Deus.

Estudar com diligência a Palavra de Deus.

Manter-se sempre humilde para estudar a Palavra de Deus .



Ser uma pessoa de oração, e não apenas um teórico.

Ter discernimento espiritual e usar o bom senso.



6- QUAL É O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO LATINA, SCRITURE SACRE SUI IPSIUS INTERPRES?

R. A Sagrada Escritura se interpreta a si própria.



7- SEGUNDO O NOSSO ESTUDO, O QUE DECLARA A PRIMEIRA REGRA DA HERMEUNÊUTICA BÍBLICA ?



R. Os cristãos devem ter a consciência de que os escritores das Escrituras Sagradas escreveram com a finalidade de deixar uma mensagem clara ao povo de Deus e ao mundo. Para isso, eles usaram palavras conhecidas e entendíveis pelo povo em geral. A garantia de ser uma mensagem clara está no fato de que a Bíblia tem muitos recursos internos, a ponto de explicar as passagens tidas como obscuras. Daí nasce a primeira regra:

E indispensável, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e ordinário.

Faremos três considerações sobre esta regra.

Vejamos:


Como se pode notar, trata-se de uma norma suficientemente clara e simples, mas de grande importância. Ignorar este princípio, ou violar o estabelecido, só conduzirá a interpretações cegas e orgulhosas. Veja um exemplo de deslize causado pela violação desta regra:

“Todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves dos céus, e os peixes do mar. e tudo o que passa pelas veredas dos mares” (SI 8.7,8). As menções de “ovelhas” e “bois” (v.7), para alguns curiosos, são interpretadas como sendo os crentes, e os “peixes do mar” (v.8) são tidos como sendo os incrédulos. Este é um exemplo de erro corriqueiro que poderia ser evitado simplesmente considerando-se o sentido usual e comum das palavras referidas.


Deve-se, portanto, observar o cuidado e equilíbrio na atribuição dos sentidos das expressões, pois nem sempre se deve levar “ao pé da letra” uma determinada sentença. E obrigação do intérprete lembrar que cada idioma tem seus modos próprios e peculiares de expressão que, ao serem traduzidos literalmente, podem perder seus sentidos reais e verdadeiros. Vejamos um exemplo:

“Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mt 5.29). Como poderíamos entender esta declaração? Se fôssemos interpretar esta declaração de modo literal (“ao pé da letra”) não haveria no mundo homem com o olho direito. O que Jesus queria ensinar com esta declaração é que é vantajoso sacrificar algo com o objetivo de obedecer à vontade de Deus.


Como todo idioma tem seus próprios modismos, com significações específicas, assim o povo hebreu se caracterizou por seus abundantes modismos que influenciaram fortemente a literatura e a teologia do mundo ocidental. Por esses motivos, o tratamento dos hebraísmos mereceria um tema à parte, porém, aqui, faremos menção de apenas alguns exemplos. Recomendamos pesquisa mais extensa nos livros citados na referência bibliográfica desta disciplina. Vejamos:


) Em Gênesis 6.12, segundo a versão revista e corrigida, está escrito: “Porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra”. No seu sentido literal, as palavras carne e caminhofazem perder completamente o significado do texto. Entretanto, tendo em conta o seu sentido usual como figura, carne passa a significar pessoa e caminho, costume, modo de proceder ou religião, devolvendo, assim, a possibilidade de interpretação.


) Em Lucas 14.26, Jesus disse: “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai. e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo". Uma interpretação literal deste versículo violenta o princípio e a prática do amor ao próximo e ao inimigo pregados pelo próprio Jesus no sermão da montanha. Mas aplicando o usual hebraísmo, chega-se à conclusão de que aqui se trata de dar preferência a Deus em detrimento da família.



8- A REGRA DO CONTEXTO NÃO SE LIMITA APENAS A UMA FRASE. DEMONSTRE A GRADUAÇÃO DO CONTEXTO NA APLICAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA.

R. De fato, o tratamento do contexto pode tanto ser muito pequeno como pode ser muito abrangente. O contexto, neste sentido, é gradativo. Veja:

Palavra —» Frase —> Capítulo —>Livro —> Bíblia

O importante é conseguir demarcar os limites necessários para a descoberta do significado no

texto a ser interpretado.

9- POR QUE É IMPORTANTE CONSIDERAR O OBJETIVO DO LIVRO OU PASSAGEM EM QUE OCORREM AS PALAVRAS OBSCURAS?





R. 1.0 objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire lendo-o e estudando-o com seriedade, repetidamente, sempre tendo em consideração em que ocasião, para qual pessoa e em que língua foi originalmente escrito. Em alguns casos, o objetivo do livro encontra-se registrado em suas próprias páginas. Por exemplo:


) Um dos objetivo de toda a Bíblia encontra-se expresso assim:

“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm 15.4; V. tb. 2Tm 3.16,17).


) O objetivo dos evangelhos pode ser explicado pelo seguinte texto:

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).


) O objetivo de Pedro encontra-se em 1 Pedro 3.2, o de Provérbios em Provérbios 1.1-4 etc.


Um estudo diligente nos fará alcançar o desígnio de um livro ou passagem, esclarecendo e explicando pontos obscuros e contraditórios. Por exemplo, as epístolas dirigidas aos Gála- tas e aos Colossenses foram escritas na ocasião em que os judaizantes ou “falsos mestres” procuravam implantar seus erros doutrinários nas igrejas apostólicas. Portanto, estas cartas têm por desígnio expor, com extrema clareza, a salvação pela morte expiatória de Cristo e não pelas obras (observância de dias e cerimônias judaicas), a disciplina do corpo e a filosofia que mascarava a falsidade.


Tendo um objetivo determinado, desaparecem as aparentes contradições. A contradição superficial entre a declaração de Paulo, que diz que o “homem é justificado pela fé sem as obras”, e a declaração de Tiago, que diz que “o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé”, desaparece quando levamos em conta o desígnio diferente que trazem as respectivas cartas (Rm 3.28; Tg 2.24). Paulo combate e rejeita o erro dos que confiavam nas obras da lei mosaica como meio de justificação, refutando a fé em Cristo, enquanto que Tiago combate o erro de alguns indisciplinados que se satisfaziam com uma fé imaginária, descuidando e rejeitando as boas obras. Paulo trata da justificação pessoal diante de Deus, enquanto Tiago se ocupa da justificação pelas obras diante dos homens. Os dois escritores harmonizam a fé e as obras diante de Deus e dos homens.

10- QUAIS SÃO AS TRÊS CLASSES DE PARALELOS QUE DEVEMOS OBSERVAR PARA REALIZAR UMA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA CORRETA?

R.

1° - Paralelos de Palavras.

2º – Paralelos de ideias .

3° - Paralelos de ensinos gerais.



11- SEGUNDO MARTINHO LUTERO, QUAL DEVERIA SER O ALVO PRINCIPAL DO INTÉRPRETE BÍBLICO?



R. É determinar o sentido original de uma passagem, isto pela exegese cuidadosa.



12- QUAL DEVERIA SER O OBJETIVO DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA, SEGUNDO JOÃO CALVINO?

R. A edificação da igreja, a exegese deve ser produzir fruto e ser útil.



13- QUAL É A IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA AO ESPÍRITO SANTO, SEGUNDO PRESSUPOSTO DE CALVINO?



R. A necessidade de iluminação: o testemunho interno do Espirito Santo.

“ A palavra nuca terá credito nos corações humanos até que seja confirmada pelo testemunho

interno do Espirito ” .



14- CALVINO REJEITAVA O LITERALISMO? JUSTIFIQUE A RESPOSTA.



R. Não ! Calvino também insistiu no sentido literal da Escritura como única base adequada para Exegese.



15- QUAL É A DIFERENÇA ENTRE CALVINO E LUTERO, NO QUE CONCERNE À INTERPRETAÇÃO CRISTOLÓGICA?

R.A interpretação cristológica da Escritura deve ser histórica, bem como teológica. Neste aspecto, Calvino rompeu com a interpretação espiritual do passado e até mesmo com a idéia de Lutero de ver “Cristo em toda a Escritura”. Para ele. Cristo era o cumprimento do Antigo Testamento e o tema do Novo Testamento, mas isso não significava que todo versículo necessariamente continha alguma referência oculta a ele. A abordagem de Calvino é mais sutil: o intérprete deve relacionar cada passagem da Escritura com Cristo, qualquer que seja o sentido primário da mesma.



AVALIAÇÃO DO MÓDULO III



1- DÊ UM EXEMPLO DE CADA CLASSE DE PARALELOS (PALAVRAS, IDÉIAS E ENSINOS GERAIS) E DEMONSTRE QUAL REGRA HERMENÊUTICA FOI APLICADA NESTA ATITUDE DE INTERPRETAÇAO

R.

1. Paralelos de palavras

a.) Em Atos 13.22 está registrado que Davi foi um “homem segundo o coração de Deus”. Significa

isto que Davi foi perfeito? No texto paralelo, em 1 Samuel 2.35, Deus disse: “Suscitarei para mim

um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenha no coração”. Considerando toda a passagem,

conclui-se que Davi, especialmente em sua qualidade de sacerdote-rei, procederia segundo o

coração ou a vontade de Deus. Esta interpretação é confirmada na passagem paralela do capítulo 1

Samuel 13.14, na qual se comprova que, em vista da rebeldia e má conduta de Saul como rei, Davi seria homem segundo o coração de Deus.

2. Paralelos de idéias

a.) Quando Jesus disse: “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16.18), será que Jesus

quis dizer que Pedro era o fundamento da Igreja? Será que Pedro de fato é o primeiro papa dos

católicos? Veja que Cristo não disse: “Sobre ti, Pedro”, e sim “sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.Neste caso, as próprias palavras de Cristo e de Pedro, os melhores intérpretes, esclarecem o

problema. Em Mateus 21.42,44 verifica-se que Jesus é a “pedra angular”, profetizada e tipificada no

Antigo Testamento. O próprio Pedro (IPe 2.4-8) declara que Cristo é a pedra que vive, mas que foi

rejeitada pelos judeus. O apóstolo Paulo reforça esta idéia ao falar que os irmãos de Efeso estão

“edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a

pedra angular, no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para o santuário dedicado ao Senhor”

(Ef. 2.20,21). Esta mesma idéia paralelamente se encontra na admoestação de Paulo aos Coríntios:

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo”

(1 Co3.10,11).

b.) Em 1 Coríntios 11.22-29, encontramos o “comer do pão e beber do vinho” como partes

inseparáveis na ceia, pondo à disposição os elementos a todos os membros da Igreja, sem distinção.

Ocorre que há certos comportamentos antibíblicos que desconhecem os paralelos de idéias que,

inclusive, estão na mesma passagem. Ao quebrar este princípio, uns participam apenas do pão e

outros apenas do vinho, na comunhão.

3. Paralelos de ensinos gerais

a.) Segundo o teor geral das Escrituras, Deus é espírito (Jo 4.4) onipotente, onisciente, puríssimo,

santíssimo etc. Estes atributos estão confirmados em muitas passagens da Bíblia. Da mesma forma,

há muitas passagens que apresentam Deus com características de ser humano, limitando-o ao

tempo, lugar, espaço etc. Estas passagens devem ser interpretadas à luz dos “ensinos gerais”. Os

textos de aparente contradição se harmonizam à luz dos ensinos gerais exarados nas Escrituras.

b.) Nos paralelos aplicados à linguagem figurada é necessário determinar se uma passagem deve ser

tomada literalmente ou em sentido figurado. O fato de alguém interpretar figuradamente não

significa obrigatoriamente fazer que o objeto apontado adquira todas as características da figura,

mas apenas envolvem as qualidades de destaque entre duas coisas, animais ou pessoas. Por

exemplo, quando João Batista testemunhou de Cristo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado

do mundo” (Jo 1.29), não quis afirmar com isso que Cristo tinha todas as características de um

cordeiro, antes, referiu-se tão-somente ao seu caráter manso e ao seu destino de ser sacrificado,

como ocorria freqüentemente com o cordeiro sem defeito no contexto judaico. Outro exemplo,

quando João, desta vez o apóstolo amado, disse: “Eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi...”

(Ap. 5.5), não quis representar aqui Cristo como um leão feroz e carnívoro, mas tão-somente aludiu

à sua qualidade de rei poderoso, mais forte entre os homens, vitorioso, simbolizando a tribo de Judá.



Regra fundamental

Scriture sacre sui ipsius interpres - A Sagrada Escritura se interpreta a si própria.

Primeira regra

E indispensável, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e ordinário.

Segunda regra

E fundamental tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase, isto é, o versículo

bíblico.

Terceira regra

E essencial tomar as palavras no sentido indicado no contexto, isto é, os versículos que antecedem e

seguem o texto que se investiga.

Quarta regra

E importante considerar o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras

ou expressões obscuras.

Quinta regra

E necessário consultar as passagens paralelas explicando as coisas espirituais pelas espirituais (ICo

2.13).





2-QUAL O MOTIVO QUE LEVOU O APÓSTOLO PAULO A ESCREVER A SEGUNDA EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS?

R. Os falsos mestres estavam menosprezando a autoridade de Paulo. Diziam que ele era orgulhoso e

desonesto. Por conta disso, não poderia considerar-se representante dos apóstolos, pois não tinha a

mesma autoridade que eles. Então, Tito é enviado a Corinto e, ao chegar lá, deveria transmitir a

mensagem de Paulo. Os cristãos respondem positivamente, pois reconhecem a autoridade apostólica

de Paulo. O título da carta é Pros Korinthious B, ou seja, “Segunda aos Coríntios”.



3- QUAIS ATRIBUTOS PESSOAIS DO ESPÍRITO SANTO PODEMOS ENCONTRAR NO NOVO TESTAMENTO? DÊ AS REFERÊNCIAS BÍBLICAS.

R. Atributos pessoais do Espírito Santo no Novo Testamento

• O Espírito Santo consola

“Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se

multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo” (At 9.31; ).

• O Espírito Santo ensina

“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas

as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”

(Jo 14.26; ).

• O Espírito Santo guia

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm 8.14; ).

/

• O Espírito Santo se entristece

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Ef

4.30;).

CURSO INTERDENOMINACIONAL DE TEOLOGIA-- MÓDULO III [ 13 }

Teologia Sistemática III

•C) Espírito Santo comissiona e nomeia ministros “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o

Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2; ).

• O Espírito Santo dá testemunho de Cristo

“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de

verdade. que procede do Pai, ele testificará de mim” (Jo 15.26; ).

• O Espírito Santo intercede “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas

fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito

intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26; ).

• OJEspírito Santo pode ser tentado

“Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito doUenhorl

Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti” (At 5.9;).

• O Espírito Santo fala

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da

árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus” (Ap 2.7; ).

• O Espírito Santo ordena “E, passando pela Frigia e pela província da Galácia, foram

impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. E, quando chegaram a Mísia,

intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito não lho permitiu” (At 16.6,7; ).

• O Espírito Santo regenera e renova

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela

lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5; ).

• O Espírito Santo clama

“E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba,

Pai” (G1 4.6).



4- APONTE NO ANTIGO TESTAMENTO, ALGUNS EXEMPLOS DE PESSOAS QUE TESTEMUNHARAM DE DEUS EM OUTRAS TERRAS. DÊ AS REFERÊNCIAS BÍBLICAS.

R. • ABRAAO - “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de

teu pai, para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1).

• JOSÉ - “E o Senhor estava com José, e foi homem próspero; e estava na casa de seu senhor

egípcio” (Gn 39.2).

• MOISÉS - “E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e

levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe” (Êx 3.1).

• DANIEL - “E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e

Azarias” (Dn 1.6).

• JONAS - “E levantou-se Jonas, e foi a Nínive, segundo a palavra do SENHOR. Ora, Nínive

era uma cidade muito grande, de três dias de caminho” (Jn 3.3).



5- QUAL A IMPORTÂNCIA DE CONSIDERAR O DESÍGNIO OU OBJETIVO DO LIVRO BÍBLICO NO ESTUDO DA HERMENÊUTICA?

R.

1.0 objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire lendo-o e estudando-o com seriedade,

repetidamente, sempre tendo em consideração em que ocasião, para qual pessoa e em que língua foi

originalmente escrito. Em alguns casos, o objetivo do livro encontra-se registrado em suas próprias

páginas. Por exemplo:

a.) Um dos objetivo de toda a Bíblia encontra-se expresso assim:

“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e

consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm 15.4; V. tb. 2Tm 3.16,17).

b.) O objetivo dos evangelhos pode ser explicado pelo seguinte texto:

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,

crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).

c.) O objetivo de Pedro encontra-se em 1 Pedro 3.2, o de Provérbios em Provérbios 1.1-4 etc.



2. Um estudo diligente nos fará alcançar o desígnio de um livro ou passagem, esclarecendo e

explicando pontos obscuros e contraditórios. Por exemplo, as epístolas dirigidas aos Gála-tas e aos

Colossenses foram escritas na ocasião em que os judaizantes ou “falsos mestres” procuravam

implantar seus erros doutrinários nas igrejas apostólicas. Portanto, estas cartas têm por desígnio

expor, com extrema clareza, a salvação pela morte expiatória de Cristo e não pelas obras

(observância de dias e cerimônias judaicas), a disciplina do corpo e a filosofia que mascarava a

falsidade.

3. Tendo um objetivo determinado, desaparecem as aparentes contradições. A contradição

superficial entre a declaração de Paulo, que diz que o “homem é justificado pela fé sem as obras”, e

a declaração de Tiago, que diz que “o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé”,

desaparece quando levamos em conta o desígnio diferente que trazem as respectivas cartas (Rm

3.28; Tg 2.24). Paulo combate e rejeita o erro dos que confiavam nas obras da lei mosaica como

meio de justificação, refutando a fé em Cristo, enquanto que Tiago combate o erro de alguns

indisciplinados que se satisfaziam com uma fé imaginária, descuidando e rejeitando as boas obras.

Paulo trata da justificação pessoal diante de Deus, enquanto Tiago se ocupa da justificação pelas

obras diante dos homens. Os dois escritores harmonizam a fé e as obras diante de Deus e dos

homens.



6- QUAL ERA A PROPOSTA INICIAL DE JUDAS AO ESCREVER O SEU LIVRO? QUAL É O SEU TEMA PRINCIPAL?

R. A epístola de Judas foi escrita como uma advertência a certos cristãos nominais que ameaçavam

prejudicar e destruir a comunhão dos crentes, mediante seu caráter e conduta imorais. Aqueles que

seguissem seus passos receberiam o justo castigo de Deus. Seu título é Iouda, ou seja, “De Judas”.



A intenção de Judas era escrever sobre a salvação por Jesus Cristo, porém, é levado a mudar os

planos, sob a orientação de Deus, e falar sobre a defesa da fé. Os falsos mestres estavam-se

infiltrando sutilmente entre os irmãos, o que levou Judas a agir rapidamente (v.3,4). Não obstante o

Senhor ter libertado o povo de Israel do Egito, aqueles que não creram pereceram. Judas passa a

falar da apostasia dos anjos, que se rebelaram diante do Criador e foram severamente punidos por

Deus.

Os leitores são alertados. Para tanto, Judas lhes escreve a respeito dos habitantes imorais de Sodoma

e Gomorra (v. 5-7). As más qualidades dos falsos mestres (v. 8-13), contra os quais o juízo divino é

eminente, quando, no futuro, hão de receber o castigo que merecem (v. 14-18). Os irmãos devem

permanecer no amor de Deus e ajudar aqueles que se encontram com dúvidas (v. 19-23).



7- RELACIONE E COMENTE DE QUE FORMA O ESPÍRITO SANTO ATUOU NA VIDA DE JOÃO BATISTA:

R. Ao nascer

Zacarias, o pai de João Batista, que até então estava mudo por não crer na mensagem que o anjo lhe

entregara a respeito do nascimento milagroso de João Batista, agora abre seus lábios e passa a

alegrar-se no Senhor: “E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo: [...] E

tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar

os seus caminhos; para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados”

(Lc 1.67,76,77).

No seu ministério

João Batista não tinha medo de chamar os “homens” incrédulos ao arrependimento: “E percorreu

toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados”

(Lc 3.3); anunciou a salvação de forma coerente e contundente (Lc 3.5,6); não se amedrontava em

usar toda a sua energia ao chamar a atenção dos pecadores (Lc 3.7-9). Dizer que João Batista

realizou tudo isso é descobrir que nele habitavam a pessoa e o poder do Espírito Santo.



8- ALISTE AS SETE CONSIDERAÇÕES ÀS QUAIS SOMOS CONFRONTADOS AO ESTUDAR A “JANELA 10X40”.

R. A “Janela 10x40” nos confronta com importantes considerações:

1. O significado histórico e bíblico.

2. Os países menos evangelizados.

3. O domínio de três blocos religiosos.

4. A predominância da pobreza./

5. Os grupos etnolingüísticos não-alcançados.

6. As cidades (megalopolis) menos evangelizadas.

7. As fortalezas de Satanás estão concentradas na “Janela 10x40”.



9- ESCREVA SOBRE A UNIDADE E A DIVERSIDADE ORGÂNICA DA BÍBLIA.

R. A unidade e diversidade na Bíblia

De uma forma inquestionável, a Bíblia é uma. Ela mantém a sua unidade e, ao mesmo tempo, a sua diversidade, que não é contraditória, antes, e uma diversidade com multiplicidade de riquezas literárias, metodológicas, doutrinais e propósitos de Deus. Eis alguns pontos:

A unidade orgânica da Bíblia

Os livros da Bíblia constituem uma “unidade orgânica”. “A Bíblia não é comparada a uma catedral construída de acordo com os planos de um arquiteto, porém, se compara a uma “árvore majestosa”. Trata-se do resultado de um crescimento progressivo desde Gênesis até Apocalipse. Como exemplos, temos:

a.) As passagens citadas para provar a inspiração da Bíblia mostram o fato de que ela tem um autor principal: o Espírito Santo.

b.) Sem ignorar sua variedade, vemos que o conteúdo bíblico apresenta uma unidade admirável. O centro de todos os livros da Bíblia é Jesus Cristo.

c.) A revelação progressiva de Deus também prova a unidade bíblica. Esse desenvolvimento, gradual marca os períodos e as épocas em que a Escritura foi sendo completada.

d.) As citações coletivas da Escritura também indicam sua unidade. Os escritores do Novo. Testamento, com freqüência, fazem referências ao Antigo Testamento.

e.) A unidade da Escritura é provada quando observamos que os autores do Novo Testamento, ao citar o Antigo Testamento, aplicam algumas das passagens citadas num sentido que não está evidente no Antigo Testamento sem, com isso, alterar a sua verdade.

A diversidade orgânica da Bíblia

Podemos enxergar a distinção entre o Antigo e o Novo Testamentos nos seguintes aspectos:

a.) Quanto ao conteúdo: o Antigo Testamento contém a promessa; o Novo Testamento, o cumprimento._0 primeiro aponta paraa vinda de Cristo e nos conduz a Ele, o segundo tem Cristo e o seu ponto de partida e contempla a sua expiação para perdoar o pecado do mundo.





b.) Quanto à forma: o Antigo Testamento é profético; o Novo Testamento é apostólico. O elemento simbólico, bástante salientado no primeiro, é pouco enfático no segundo. O fator divino é muito mais destacado no Antigo Testamento do que no Novo. No primeiro, o Espírito Santo age sobre os escritores externamente; no segundo, o Espírito Santo habita na Igreja e opera sobre os apóstolos internamente.



10- QUAL O MOTIVO LEVOU O APÓSTOLO PAULO A ESCREVER A EPÍSTOLA AOS GÁLATAS?

R. Depois de já terem abraçado o cristianismo, os gálatas voltam a viver novamente em função das

práticas de obras. Paulo lhes escreve justamente para defender o evangelho da fé, em contraposição

às obras. O título da carta é Pros Gálatas, ou seja, “Aos Gálatas”, sendo dirigida a todas as igrejas

da Galácia (1.2). A origem dos cristãos, cuja carta foi endereçada, era a Gália, antes de migrarem

para a Ásia Menor, por isso o nome gálatas.



11- COMO O ESPÍRITO SANTO ATUOU JUNTO AOS LÍDERES DO ANTIGO TESTAMENTO?

R. Na vida dos líderes do Antigo Testamento

José

A capacidade intelectual, espiritual e social de José só pode ser entendida mediante a manifestação

do Espírito Santo em sua vida. Nenhum mago ou adivinho conseguiu interpretar os sonhos de

Faraó, mas Deus deu a José esta habilidade, pois ele mesmo (José) disse a Faraó: “Isso não está em

mim; Deus dará resposta de paz a Faraó” (Gn 41.16). Ao interpretar o sonho de Faraó, e ao sugerirlhe

o que fazer, Faraó interrogou: “Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de

Deus?” (Gn 41.38; ).

Moisés

O Espírito Santo atuava na vida de Moisés. Podemos ler isso em Isaías 63.11: “Todavia se lembrou

dos dias da antiguidade, de Moisés, e do seu povo, dizendo: Onde está agora o que os fez subir do

mar com os pastores do seu rebanho? Onde está o que pôs no meio deles o seu Espírito Santo?”.

Bezalel

A Bíblia afirma o seguinte de Bezalel: “Depois falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Eis que eu

tenho chamado por nome a Bezalel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do

Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em todo o lavor, para

elaborar projetos, e trabalhar em ouro, em prata, e em cobre” (Ex 31.1-4). Toda a grandeza

do tabernáculo e suas implicações tipológicas foram obras da inspiração do Espírito Santo em

Bezalel, capacitando-o para tão grande tarefa.

Josué

Quão grande responsabilidade teria Josué em substituir o respeitado Moisés. Josué teria de provar,

por meio de suas conquistas e liderança, que era o homem ideal para conduzir o povo hebreu até a

terra de Canaã. Para tal tarefa, precisava também estar sob a direção do Espírito Santo. E é o que

exatamente a Bíblia revela - que Josué tinha em si o Espírito Santo: “Então disse o SENHOR a

Moisés: Toma a Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe a tua mão sobre ele”

(Nm 27.18).





12- QUAL É A FUNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO PROCESSO MISSIONÁRIO?



R. Quando Jesus esteve na terra, momentos antes de sua morte na cruz, prometeu aos discípulos que

não os deixaria “órfãos”, “desamparados” (Jo 14.18). O texto diz assim: “Não vos deixarei órfãos;

voltarei para vós”. Na ocasião, Jesus, evidentemente, estava se referindo ao Espírito Santo, pelo

qual oraria ao Pai, a fim de que o enviasse para ficar para sempre com seus discípulos e,

conseqüentemente, com a Igreja (Jo 14.15,16)

O Espírito Santo, uma das pessoas benditas da Trindade, é o motivador de missões. Não ^ podemos

fazer missões, não podemos evangelizar, sem a atuação do Espírito Santo. Ele não é só o

autor, mas também o patrocinador de missões (Cf. At 1.8).



13- COMENTE OS CINCO ARTIFÍCIOS EMPREGADOS NA COMPREENSÃO DO CONTEÚDO BÍBLICO.

R.

Primeira posição

A ênfase é dada ao texto em sua realidade presente, ou seja, o texto é entendido como o “lugar

teológico” em que se pode descobrir o Deus que fala e interpela o homem, colocando a Bíblia em

segundo plano, tendo-a como um texto desatualizado. Aqui as opções são mais importantes e não

faz falta consultar a Bíblia. Percebe-se, neste ponto, o problema de alguns teólogos que dão mais

valor à praxe sócio-histórica como modelo de reflexão teológica.

Segunda posição

A Bíblia é assumida como ela é, buscando correspondência entre as situações atuais e os eventos

nela narrados. Este posicionamento reflete a postura do concordismo empobre-cedor e superficial

que se faz das Escrituras. Afirma-se, aqui, que as coincidências são o sinal de que Deus está falando

por meio do evento arquétipo (modelo, padrão).

Terceira posição

A moderna crítica bíblica formulou os métodos exegéticos, abrindo novas perspectivas de

abordagem da Bíblia. Assim, “na medida em que ocorre o redescobrimento do horizonte histórico e

cultural no qual a Bíblia se originou, ocorre também a possibilidade de uma melhor

contextualização do sentido original de cada personagem”. A exegese crítica rompeu com as

leituras superficiais, “históricas” e concordistas da Bíblia que depositam o sentido real do texto.

Quarta posição

Mais recentemente, tem-se recebido das ciências de linguagem, uma atribuição aos estudos

teológicos, particularmente da lingüística e da semiótica narrativa (ciência dos sinais). A literatura e

a ciência da linguagem sempre contribuíram positivamente para o conhecimento das Sagradas

Escrituras. A análise estrutural está conseguindo bons resultados nos estudos bíblicos. Mas sua

desvantagem é o fato de ser reducionista ao abstrair a “vida” do texto, sua história, seu contexto

social, cultural e/ou teológico.



Quinta posição

O caminho certo para se obter acesso ao núcleo da mensagem bíblica é a hermenêutica. Para

compreender a hermenêutica em toda a sua riqueza e valor metodológico, é interessante adentrar

nas ciências da linguagem. É estimulante que a hermenêutica seja situada “sobre o fundamento da

semiótica, cuja expressão mais compreensiva é a linguagem em seu sentido restrito”. Também se

deve observar que tanto a hermenêutica como a semiótica prescrevem a leitura como produção de

sentido, e não de repetição. Daí, pode-se inferir que a hermenêutica está ligada à diacronia

(desenvolvimento de uma língua ao longo do tempo), ao dever do sentido e à semiótica ou

transformação do sentido das palavras ou dos textos. E a semiótica, por sua vez, abre espaço à

sincronia (conjunto de fatos lingüísticos num dado estágio, independentemente de sua evolução no

tempo), à simultaneidade e às leis estruturais que dirigem a realização de linguagem. Tudo isso para

enriquecer a metodologia da hermenêutica bíblica.

Finalmente, é necessário reiterar que a hermenêutica é a ciência e a arte de interpretar. E ciência

porque exige princípios seguros e imutáveis. É arte porque, além de estabelecer regras práticas, faz

do intérprete um artista que usa livremente os seus dotes e recursos pessoais. Também não se deve

esquecer que a hermenêutica bíblica é o estudo metódico dos princípios e regras de interpretação

das Sagradas Escrituras. Esta é a hermenêutica que urgentemente precisamos praticar.



14- QUAL MOTIVO LEVOU O APÓSTOLO PAULO A ESCREVER A PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS?

R. Nos dias de Paulo, Corinto era a cidade mais importante da Grécia. O apóstolo estabeleceu uma

igreja ali (At 18.1-17). Ia. sociedade de Corinto era pagã e a igreja enfrentava pressões e lutas

externas.Tinhávarios problemas internos precisando de solução. A epístola é conhecida por Pros

Korinthious A, ou seja, “Primeira aos Coríntios”.

15- O QUE FOI O PACTO DE LAUSANNE?



R. Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do

Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne (Suíça/l974)* louvamos a Deus

por sua grande salvação e nos regozijamos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos

ter com Ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em

nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e dasafiados pela tarefa inacabada da

evangelização. Acreditamos que o evangelho é as boas novas de Deus para todo o mundo e, por sua

graça, decidimos obedecer o mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer

discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e

tomar público o nosso pacto.

1. O propósito de Deus

• Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo, para fazer

discípulos de todas as nações (Mt 25.1 9; Jo 20.2 1; At 1 5.14).

2. A autoridade da Bíblia

• Como inerrante e infalível Palavra de Deus, afirmamos o poder das Escrituras Sagradas para

efetuar o propósito de Deus na salvação do homem (Rm 1.16; 2Tm 3.1 6).

3. A universalidade de Cristo

• Afirmamos que só existe um Salvador e um só evangelho, embora haja uma variedade de

maneiras de se realizar a obra de evangelização do mundo (At 4.12).

4. A natureza da evangelização

• Evangelização em si é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor,

com o propósito de persuadir os homens, para que por intermédio dele se reconciliem com Deus (At

20.47; 2Co 5.11, 20).

5. A responsabilidade social cristã

• “A fé sem obras é morta”, embora a reconciliação do homem com o homem não signifique a

reconciliação deste com Deus, nem ação social, evangelização, afirmamos que ambos são parcelas

do nosso dever cristão (Gn 1.26-27; Lc 6.27,35;Tg 2.14-26).

6. A Igreja e a evangelização

• A Igreja ocupa o ponto central do propósito divino. Ela é o instrumento para a difusão do

evangelho. A evangelização mundial requer que a Igreja toda, leve a todo o mundo, o evangelho

integral em trabalho mútuo de cooperação (Gn 17.21-23; At 1.8; Cl 6.14; Fp 1.27).

7. A urgência missionária

• Com mais de dois terços da humanidade ainda não eficientemente evangelizada, como

Igreja, sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente. Sendo cada geração

responsável pela sua geração, esta é a hora de a Igreja orar fervorosamente e lançarmos programas

visando a evangelização total do mundo (Jo 4.9; Rm 9.1-3; 10.11-16).

8. As culturas e a evangelização

• A evangelização mundial requer o desenvolvimento de estratégias e metodologias novas e

criativas, e a cultura de um povo, em parte, é boa e, em outra parte, má, devido à queda. Por isso,

deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras, para que possa ser redimida e transformada para

a glória de Deus (Mc 7.8,9,13; Rm 2.9-11; 2Co 4 em diante).

9. A educação e a liderança

• Reconhecemos a grande necessidade de melhorar a educação teológica, especialmente em se

tratando de líderes de igrejas, existindo em todo o povo enorme necessidade de ensino e

treinamento para seus pastores e leigos nativos (At 14.21-24; Tt 1.5,9).

10. O conflito espiritual

• Cremos que estamos envolvidos em guerra constante contra os principados e potestades do

mal, que buscam destruir a Igreja e malograr sua tarefa de evangelizar o mundo, disseminando

falsas doutrinas e mundanismo em nosso meio. O momento demanda vigilância e discernimento (Jo

17.15; Ef 6.10-20; 2Co 4.3).

11. Liberdade e perseguição

• A liberdade de praticar e de propagar o cristianismo, de acordo com a vontade de Deus, é

um direito nosso, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas não podemos

esquecer que Jesus nos advertiu de que a perseguição é inevitável, mas nem por isso devemos nos

intimidar (Mt 5.10-12; At 4.16.21).

12. O poder do Espírito Santo

• A evangelização mundial só se concretizará com uma Igreja cheia do Espírito Santo, sendo

Ele quem convence o homem do pecado. O Espírito Santo tem um profundo interesse missionário

(Jo 7.37-39; At 1.8; ICo 2.4,5).



13. O retorno de Cristo

• A promessa da segunda vinda de Cristo representa um incentivo a missões. Cremos que o

período intermediário entre a sua ascensão e o seu segundo retomo deve ser usado para o

cumprimento da nossa missão como povo de Deus. A obra missionária não poderá parar enquanto

Ele não vier (Mc 13.10; 2Pe3.1 3;Ap7.9).



16- COMO PODEMOS EXPLICAR A DIFERENÇA EXISTENTE ENTRE O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO?



R. 1° 0 fruto do Espírito Santo

Vale ressaltar que há distinção entre os dons do Espírito e o fruto do Espírito. Para que o cristão

tenha uma vida de santificação e repleta de grandes realizações, é necessário que esteja ativo nele o

fruto do Espírito. Por definição, fruto do Espírito são as virtudes e manifestações do Espírito Santo

na vida e personalidade do cristão.

E significante atentar que o fato de ser “fruto” (singular), e não “frutos” (plural), do Espírito remete

à necessidade de que todas as virtudes e manifestações devem ser únicas e total, fazendo do cristão

uma pessoa completa com estas virtudes, ou seja, não basta ter algumas destas qualidades, mas

todas, simultaneamente.

2° Dons do Espírito Santo

Podemos dizer queí os dons do Espírito Santo, manifestados especificamente entre os crentes da

igreja primitiva (conforme a posição tradicional) ou manifestados também nos dias atuais

(conforme a posição pentecostal), são habilidades e talentos dados a alguém pela influência interna

do próprio Espírito Santo (ICo 12.4-11).

Os dons espirituais não devem ser confundidos com habilidades ou talentos naturais^ A pessoa

nasce com certas disposições que podem ser ampliadas. Dons espirituais não são, desta forma, um

produto de nascença, inata ao cristão, mas do poder do Espírito Santo.

Regulamento dos dons

Observamos que os dons espirituais foram dados para o benefício do corpo de Cristo (a Igreja), e

necessitaram ser regulados, para que o seu objetivo fosse alcançado. Esta regularização era para que

não houvesse confusão, orgulho e arrogância espiritual (V. ICo 14).

Os estudiosos pentecostais classificam os dons descritos em ICoríntios 12.1-11 em três grupos: os

dons de revelação, os dons de poder e os dons de elocução.



17- FAÇA UM PARALELO ENTRE O EVANGELHO DE JOÃO E O ANTIGO TESTAMENTO.

R.

Jesus é o pão do céu (Jo 6.31, cf. Êx 16.4);

A entrada de Cristo em Jerusalém (Jo 2.15, cf. Zc 9.9);

Acrucificação de Jesus (Jo 19.24, cf. SI 22.18);

Cristo como o Filho de Deus (Jo 10.34, cf. SI 82.6);

A revelação de Jesus Cristo (Jo 6.45, cf. Is 54.13).



18 – QUAIS SÃO OS “PRÓS” E OS “CONTRAS” QUANDO SE PENSA EM MISSÕES URBANAS?

R. O desafio das missões urbanas

As cidades, com sua complexidade social, cultural, econômica, emocional e espiritual, constituemse

campo propício para a atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos

homens de bem ou dos assassinos. A cidade em que vivemos é um campo de batalha entre Deus e o

diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; tudo dependerá de quem agir com mais eficiência

e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo.

Os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais, entre outros, na cidade, estão sob a

influência dos demônios, das potestades das trevas. E preciso muito poder, muita oração, muito

jejum e muita ação para que as estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo.

Pontos favoráveis às missões urbanas

As cidades são pólos de influência sobre toda a área ao seu redor, sendo, por isso, mais favoráveis

para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões:

Evangelismo e missões

• Abertura às mudanças.

• Concentração de recursos.

• Potencial para contato relevante com as comunidades ao redor.

Pontos desfavoráveis às missões urbanas - ’

• Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são

quase impenetráveis aos que desejam realizar o evangelismo pessoal, corpo a corpo.

• Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em

cidades de médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão tirou as

pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado

nessas condições. O uso da televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas em suas casas.

• A concentração de igrejas diferentes, além das diversas seitas, causa confusão junto à

população; ou seja, cada pessoa sendo evangelizada com mensagens diferentes e contraditórias.

Parece que há um “supermercado da fé”. Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata,

em “promoção”, com descontos (sem exigências, sem compromissos), e há também os que

“cobram” caro demais, com exigências radicais. ^

• O elevado grau de materialismo e consumismo do homem urbano faz que o mesmo se sinta

auto-suficiente, sem a necessidade de Deus.

• Os movimentos filosóficos-religiosos, do tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta de

responsabilidades para com o Deus pessoal, Senhor de todos.











19- EXPLIQUE A FUNÇÃO QUE O PARÁCLÉTOS EXERCIA NOS ANTIGOS TRIBUNAIS.



R. No grego, a palavra “consolador” é

parácléctos, que remete a alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar, principalmente

nos processos forenses. O teólogo Myear Pearlmam explica que “era costume nos tribunais antigos

as partes aparecerem no tribunal assistidas por um ou mais dos seus amigos mais prestigiosos, que

no grego chamavam ‘parácleto’, e em latim, ‘advocatus’. Estes seus amigos compareciam no

tribunal, não pela recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração. A vantagem da sua

presença pessoal era a ajuda de seus sábios conselhos. Eles orientavam seus amigos quanto ao que

deviam dizer e fazer; falavam por eles; representavam-nos, faziam da causa de seus amigos sua

própria causa; amparavam-nos nas provas, dificuldades, e perigos da situação”.



20- DESCREVA O SENTIDO DA PALAVRA SALVAÇÃO NOS DIFERENTES TEXTOS BÍBLICOS DE ATOS 7.25, ROMANOS 13.11 – HEBREUS 2.3. APÓS TÊ-LO FEITO, DEMONSTRE QUAL REGRA HERMENÊUTICA FOI APLICADA NESTA ATITUDE DE INTERPRETAÇÃO.

R.

a.) O termo salvação e seus derivados são empregados, com freqüência, no sentido de salvação

do pecado com suas conseqüências. Todavia, em Atos 7.25 se lê que “E ele (Moisés) cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a salvação pela sua mão; mas eles não entenderam”. Pelo conjunto do versículo, compreende-se que, aqui, salvar significa uma libertação temporal.

b.) “Porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé”. (Rm 13.11). Nesta declaração, salvação significa o retomo de Cristo.

c.) “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação” (Hb 2.3). Pelo conjunto do texto, salvação aqui significa toda a revelação do evangelho.





Segunda regra da Hermeneutica

Tanto na literatura secular quanto na linguagem bíblica existem palavras que variam muito em seu significado, dependendo do sentido da frase ou do argumento de que se trata. Assim, é importante indagar qual é o pensamento específico do escritor para determinar o sentido viável da palavra que deve ser interpretada. Logo, a segunda regra diz:

E fundamental tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase, isto é, o versículo bíblico.



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